Ex-farmacêutico em Resende Costa, Orozimbo José de Resende recebeu homenagem em outubro

Emanuelle Ribeiro0

O Jornal das Lajes e a Fazenda Santo Antônio do Rochedo realizaram, no dia 31 de outubro último, um sarau (Tributo a Orozimbo) em homenagem a um antigo morador de Resende Costa, Orozimbo José de Resende. Atribui-se a Orozimbo, que foi farmacêutico em Resende Costa, a autoria da valsa “Saudade de Ouro Preto”, muito apreciada pelos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) ainda nos dias atuais. O evento aconteceu no espaço C&M, em Resende Costa, e contou com a participação de ex-alunos da Escola de Engenharia da UFOP e familiares do já falecido Orozimbo.

Na tarde do dia 31, Claret Rodrigues, proprietário da Fazenda Santo Antônio do Rochedo e ex-aluno da UFOP, ofereceu um almoço aos companheiros de universidade em sua fazenda, localizada na região da Micaela. Durante a confraternização, todos se lembraram de histórias dos tempos de faculdade e comentaram a bela valsa composta por Orozinho, com a qual todos conviveram durante o período dos estudos.

À noite, no espaço de eventos C&M, os ex-estudantes da UFOP e familiares de Orozimbo se reuniram para uma homenagem ao farmacêutico e músico. Claret Rodrigues abriu a celebração definindo-a como uma festa familiar: “A ideia deste evento surgiu de uma reportagem do Jornal das Lajes sobre a Rua Assis Resende, em que Orozimbo é citado. Achamos que ele merece esta homenagem, por isso hoje recebemos também ex-alunos da UFOP aqui em nossa cidade. Queremos conhecer essa pessoa que morou e trabalhou em Resende Costa”, disse ele. Em seguida, o editor-chefe do Jornal das Lajes, André Eustáquio, apresentou uma síntese textual versando sobre a história de Resende Costa.

O professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), também cronista do Jornal das Lajes e neto de Orozimbo, José Antônio Oliveira de Resende, foi o responsável por apresentá-lo. Orozimbo nasceu em 30 de novembro de 1885 na cidade de Belo Vale e formou-se na faculdade de Farmácia da UFOP em 1912. Ele não conheceu nenhum de seus netos, mas seu legado ficou: “É difícil o fruto falar da árvore sem ter conhecido a semente. Porém, tanto o fruto quanto a árvore são a realização da semente. Tanto o fruto quanto a árvore são desdobramentos da semente”, considerou José Antônio. Sua passagem pela terra deixou bons frutos: filhos, netos, bisnetos, valsas, fórmulas, remédios, exemplo. O neto destacou ainda alguns fatos curiosos sobre o avô, como sua devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sua facilidade em fazer música e tocar instrumentos, sua paixão por gatos, dentre outros. Com tantas histórias e legado, Orozimbo ainda vive entre nós, como concluiu o neto José Antônio: “Semente boa e viva, que ainda persiste na árvore e nos frutos a insistir pelos seus bons exemplos, sempre atuais”.

 

Encerrando a homenagem, José Antônio, no violão, acompanhou o flautista Nilson Padilha na execução da valsa atribuída a Orozimbo José de Resende, “Saudade de Ouro Preto”. Foi um dos momentos mais emocionantes da noite. O músico resende-costense, Max Lara, finalizou o evento com boa música para os convidados presentes no espaço C&M.

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