Evaldo Balbino lançará novo livro de crônicas em Resende Costa


Cultura

Da redação0

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“Apesar das coisas ásperas”. Este é o novo livro de Evaldo Balbino, que será lançado em Resende Costa no próximo dia 02 de julho, na Biblioteca Municipal, às 20 horas. É uma coletânea de crônicas prefaciada pela acadêmica Gerana Damulakis, da Academia de Letras da Bahia.

Os textos do livro assentam-se no tripé formado pelas memórias de infância, pelos assuntos sociais hodiernos e pela própria literatura. A sensibilidade do escritor e sua poesia – vale lembrar também os versos de Filhos da pedra (2012) – estão em cada texto, seja no mundo das recordações do menino, seja na indignação do adulto frente às injustiças sociais e, ainda, seja na leitura de um livro feita pelo professor doutor na área das Letras.

As crônicas do livro constroem-se numa aproximação do conto e principalmente da poesia. São reflexões poéticas sobre a vida, as coisas difíceis e belas da vida: “Em maio eu desmaio sempre, de amor”; “E fugindo do nada, vou narrando vidas (a minha própria também), sempre reinventadas. Vou tecendo colchas de palavras, para com elas esconder-me do frio do esquecimento”; “(...) olhar sempre para o Leste é estar constantemente amanhecendo”; “Assim nos amamos todos, entre cruzes, flores e insetos alados”; “Eu ficava feliz com duas coisas nos fins de ano: os desenhos natalinos que me eram dados na escola para colorir e os desenhos animados de Natal vistos na TV”; “E como era bom voltar da igreja em noites escuras, envolvido por colchas de retalho que mamãe tecia, e com as quais ela nos abarcava para nos proteger do frio lá no alto do Ribeirão”; “ (...) pois a morte está ali perto, entre bambuzais, deitada na casa de Seu Martins”.

 

A crônica que dá título ao livro, “Apesar das coisas ásperas”, simboliza o pensamento do autor, sua maneira de encarar a vida, sua compaixão e, talvez o mais importante, sua fé em Deus e na humanidade. A fé pode ser expressa em uma frase retirada da mesma crônica: “Unidos, apesar do que é áspero”. Evaldo Balbino prossegue sua carreira literária, explicitando para o mundo o seu maior desejo: “E escrevendo, neste meu ato solitário e solidário de amor, desejo comungar com o mundo inteiro a vibração maravilhosa da vida”.

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