Falhas constantes no sinal da Vivo prejudicam usuários do serviço em Resende Costa


Cidades

Emanuelle Ribeiro0

Torre da operadora Vivo em Resende Costa Foto André Eustáquio.

A empresa de telefonia móvel Vivo é, atualmente, a principal do setor atuando em Resende Costa. A maioria dos usuários de celular no município é cliente da companhia. Apesar disso, a Vivo não tem retribuído a confiança dos clientes, que frequentemente são afetados pelas falhas de sinal da operadora. O Jornal das Lajes conversou com alguns usuários do serviço de telefonia móvel da Vivo e todos eles se disseram insatisfeitos.

O vereador Lucas Paulo (PSD) avaliou negativamente a atuação da empresa em Resende Costa: “Sempre as ligações e a internet móvel estão caindo, além das falhas e cortes nas ligações também”. Segundo ele, o assunto já foi debatido em várias oportunidades na Casa do Legislativo, sendo que todos os vereadores apresentaram reclamações: “Foi redigido um documento, assinado por todos os vereadores, e enviado para a Vivo na busca por uma solução tanto para a torre de Resende Costa quanto para a do Distrito de Jacarandira, que também não está funcionando como deveria”, explicou Lucas.

Alessandra Ribeiro mudou-se para Resende Costa há algum tempo e também não está satisfeita com o sinal da operadora de celular: “O serviço da Vivo está muito ruim, sempre estamos sem sinal e, por ser a operadora predominante em Resende Costa, deveria ter mais compromisso com seus clientes”. Ela disse que usa o celular para várias atividades, que muitas vezes não podem ser cumpridas: “Pago a minha conta todo mês e não recebo desconto dos dias em que fico sem celular, muito pelo contrário, se eu atraso um dia já estão mandando mensagem cobrando. Em vez de descontos, eu tenho é que pagar juros. Espero que melhore esse serviço, pois a Vivo tem capacidade para isso. É muito descaso com as pessoas que precisam usar o celular”, disse indignada.

Os problemas com o sinal de telefonia móvel da operadora Vivo já duram alguns meses. Por se tratar de um serviço considerado essencial, as autoridades municipais têm tomado algumas providências. No mês de março, o prefeito Aurélio Suenes esteve em Juiz de Fora com representantes da empresa para esclarecer o ocorrido. “De acordo com uma representante da Vivo, o aparelho que transmite a frequência 2G parou de funcionar e, segundo ela, a manutenção seria feita no prazo máximo de 48 horas”, disse o prefeito. A manutenção foi feita, o sinal foi reestabelecido por alguns dias, mas voltou a falhar. Conforme o prefeito Aurélio, a representante da empresa informou que o desligamento total da frequência 2G deverá ocorrer dentro de algum tempo, mas isso somente acontecerá quando a companhia comunicar previamente os usuários. “O sistema 2G já é considerado ultrapassado e deverá ser desligado aos poucos, sendo que em breve irão prevalecer os sistemas mais modernos - 3G e 4G”, explicou Aurélio, citando a representante da Vivo.

Outra cliente ouvida pelo JL foi a costureira e comerciante Lúcia Vieira, que também considerou ruins os serviços da Vivo: “Fico sem sinal de celular mais de uma vez na semana e isso prejudica o meu trabalho. Às vezes preciso fazer alguns contatos fora da cidade e não consigo por falhas no sinal, atrasando os meus compromissos. A gente espera que isso mude”.

A empresária e advogada Laísa Lima Moreira classifica o serviço de telefonia da Vivo como insatisfatório: “Por diversas vezes nos deixa na mão, o que traz transtornos tanto para a comunicação pessoal quanto para o trabalho. Somos cada vez mais dependentes do telefone e, já que nós usuários pagamos caro pelo serviço prestado, o mínimo era garantir qualidade e constância deste”. Segundo ela, a operadora tem falhado com frequência, sendo que já houve situações de ficar até dois dias sem sinal: “Como trabalho com comércio, algumas máquinas de cartão de crédito funcionam através do chip da operadora. Logo, quando falha, causa bastante transtorno, tanto para o cliente quanto para nós comerciantes. Sem mencionar a falta de comunicação, que atrapalha qualquer pessoa. Deve ser levado em consideração que, como hoje a maioria das pessoas utiliza apenas o telefone celular e não mais o fixo, este é o meio usado para comunicar também serviços de urgência, podendo provocar fatalidades”. Para Laísa, seu investimento na operada, como aquisição de crédito e outros serviços que não são baratos, não está sendo retribuído: “Eu espero que haja mais constância na qualidade do sinal e, no caso de falta de sinal por tempo significativo, que fosse enviado algum comunicado para que pudéssemos evitar alguns transtornos”.

Para o vereador Lucas, a situação é muito complicada: “A Vivo apenas ignora o que vem acontecendo, pois nem os ofícios enviados pela Câmara são respondidos. O ideal seria trocar ou melhorar a antena que hoje atende Resende Costa. Acredito que, pelo aumento na quantidade de celulares, a torre já não atende como deveria atender. Trocar de operadora não é fácil, já que a maioria da população é cliente Vivo. Teria que ser uma troca geral, o que é difícil acontecer. Uma pena esse descaso, pois no mundo atual ficar sem sinal de celular e internet por horas ou até dias pode causar prejuízos há muitas pessoas que trabalham com tecnologia e dependem desse serviço para cumprir suas tarefas”, concluiu o legislador.

 

O Jornal das Lajes entrou em contato com a operadora Vivo através de seu site no dia 25 de abril e recebeu uma resposta vaga no dia 3 de maio. Gisele Oliveira, analista da empresa, informou que a Vivo estava realizando manutenções técnicas em determinado bairro da cidade e, por isso, as falhas de sinal, o que não foi verificado pela nossa equipe.

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