Materiais reciclados viram obra de arte em exposição


Cultura

Julia Benatti0

Frase de Antoine Lavoisier inspira exposição. Foto Iolanda Pedrosa.

Artistas que trabalham com materiais inusitados ganham destaque no Museu Regional

 

O Museu Regional de São João del-Rei inaugurou no dia 14 de maio uma nova exposição com as obras que são feitas por artistas locais a partir de materiais reciclados. A frase “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma... até o homem” foi utilizada como inspiração e divulgada pela instituição como prévia da mostra que ficará aberta ao público até o dia 15 de junho.

A inauguração contou com a presença de aproximadamente 240 pessoas que assistiram a um documentário sobre os artistas e ouviram Clebson Cunha cantar a música “Desejo de transformar”, escrita especialmente para a mostra. O conteúdo da exposição foi ligado a 13ª Semana de Museus, cujo tema é “Museus Para Uma Sociedade Sustentável”. O evento se deu em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, 18 de maio,

A exposição contou com oito artistas escolhidos a partir de visitas técnicas realizadas por colaboradores do Museu nas oficinas que trabalham com material reciclado. Segundo a assessoria da instituição a frase utilizada na divulgação foi escolhida cuidadosamente: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, de autoria do químico francês Antoine Lavoisier e nos serviu de inspiração, uma vez que, a exposição retrata obras feitas a partir de materiais que seriam descartados na natureza. Já o acréscimo “inclusive o homem” surgiu após uma visita técnica realizada à APAC (Associação de Proteção e Assistência a Condenados), na qual percebemos que naquela instituição o objeto de transformação seria o “homem”.

 

Sávio Tadeu de Paula é um dos artistas que expuseram algumas obras na mostra. Suas peças são raízes de árvores que se transformam em mesas e suportes. Ele começou a produção de suas obras há sete anos e já participou de várias exposições e feiras. Sávio comenta que foi tratado de maneira diferente nessa mostra: “Até brinquei com o pessoal do museu dizendo que o que estava em evidência não eram as peças, mas os criadores. Porque eles nos deram atenção, nos trataram com um carinho enorme”. Quanto ao processo de criação, Sávio afirma que depende muito do que a natureza fornece, mas tudo a sua volta o influencia. “A minha inspiração inicial foi o Hugo França (...) agora já temos uma base, já temos uma experiência própria”.

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