Microrregião das Vertentes tem baixa competitividade, segundo SEBRAE Minas


Economia

José Venâncio de Resende0

Dos municípios da microrregião das Vertentes, apenas São João del-Rei (58,29 pontos) e Tiradentes (44,96) estão entre as 198 cidades mineiras que investem mais em empreendedorismo. Os dois municípios obtiveram, em 2013, nível “médio” no chamado Índice de Competitividade dos Municípios Mineiros, elaborado pelo SEBRAE Minas desde 2010.      

Os demais municípios da microrregião ficaram no nível de “baixa” competitividade, entre os quais Resende Costa (nota 36,11), Lagoa Dourada (29,61), Coronel Xavier Chaves (24,54), Prados (30,26), São Tiago (32,99) e Ritápolis (25,22). Essas cidades fazem parte das 655 cidades do Estado (76,8% do total) que conseguiram o máximo de 40 pontos, sendo incluídas nos níveis mais baixos de competitividade.         

O indicador, chamado oficialmente de índice geral, ajuda a avaliar a capacidade de cada localidade no fomento ao empreendedorismo. O índice vai de zero a 100 pontos e é dividido em cinco níveis de competitividade: muito baixo (até 20 pontos), baixo (de 20 a 40), médio (de 40 a 60), alto (de 60 a 80) e muito alto (de 80 a 100). O estudo é elaborado pelo S

EBRAE  Minas a partir de análises de planilhas do poder público e de empresas de economia mista. 

A pontuação do índice geral leva em conta cinco fatores (ou subíndices): performance econômica (taxa de emprego, Produto Interno Bruto per capita etc.); capacidade de alavancagem do governo (aporte público e participação dos tributos na receita do município); suporte aos negócios (número de bancos oficiais e participação de trabalhadores qualificados); quadro social (expectativa de vida ao nascer, mortalidade infantil, analfabetismo etc.) e infraestrutura (urbanização, total de rodovias, ferrovias e aeroportos).

São João del-Rei, por exemplo, destacou-se nos fatores “quadro social” (88,11 pontos), “infraestrutura” (66,58 pontos) e “performance econômica” (61,97 pontos), mas apresentou mau desempenho em “capacidade de alavancagem do governo” (22,42 pontos). Já Resende Costa aparece bem no quadro social” (66,55 pontos), cai para a faixa de 40 pontos em infraestrutura (46,73) e performance econômica (41,97), mas está numa posição bastante ruim em capacidade de alavancagem do governo (9,02 pontos).   

No âmbito estadual, Belo Horizonte liderou com índice geral de 100 pontos, que corresponde ao nível de competitividade “muito alto”. Uberlândia, com 82,37, e Nova Lima (80,4) são os outros dois municípios que se enquadram na faixa mais alta.

 

Microrregiões. As microrregiões do Estado com os maiores índices gerais de competitividade foram Belo Horizonte (Regional Centro), com 74,93 pontos (nível alto); Uberlândia (Regional Triângulo), 59,66 pontos (médio); Uberaba (Triângulo), 54,08 pontos (médio); Juiz de Fora (Zona da Mata), 52,10 pontos (médio) e Poços de Caldas (Sul), 46,26 pontos (médio).

Já as microrregiões de São João del-Rei (31,73 pontos), Lavras (36,11 pontos) e Barbacena (33,27 pontos) figuraram no nível de “baixa” competitividade.

 

Os indicadores são baseados no Índice de Competitividade das Nações, do International Institute for Management Development (IMD), que mede a capacidade do país de criar e manter um ambiente competitivo para as empresas. “O Índice de Competitividade dos Municípios Mineiros tem como objetivo entender as características das cidades de Minas Gerais no que se refere à performance econômica, à capacidade de alavancagem do governo, ao quadro social, ao suporte aos negócios, à infraestrutura e a esse conjunto total de fatores (índice geral)”, diz o documento do SEBRAE Minas. “A partir dessas informações é possível avaliar em quais aspectos os municípios estão melhores e em quais apresentam resultados mais desfavoráveis”.

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