A posição de Resende Costa no ranking do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades

Apesar da média considerada baixa, a cidade se destaca nos níveis muito alto, alto e médio, em objetivos como "Saúde de qualidade", "Água potável e saneamento" e "Educação de qualidade".


Cidades

José Venâncio de Resende0

Praça da matriz, em Resende Costa (foto: Pedro P. R. Oliveira).

Entre os 5.570 municípios brasileiros, Resende Costa ocupa a 1669ª posição na classificação geral (2023), com pontuação 49,72, do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), gerado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) no âmbito do Programa Cidades Sustentáveis (PCS). O município paulista de São Caetano do Sul, com pontuação 63,42 (o máximo é 100), ocupa a primeira posição na classificação das cidades sustentáveis. Já Santa Rita do Sapucaí (pontuação 63,00), sexto no ranking nacional, é o primeiro município mineiro a aparecer na lista. 

A capital mineira, Belo Horizonte, está em 481º lugar, com nota 55,53. Na região do Campo das Vertentes, além de Resende Costa, São Tiago ocupa a 579ª posição (54,70), seguido de Coronel Xavier Chaves, 724º lugar (53,62); Santa Cruz de Minas, 943º (52,50); Prados, 1192º (51,41); Conceição da Barra de Minas, 1199º (51,39); Nazareno, 1231º (51,26); Tiradentes, 1785º (49,31); São Vicente de Minas, 1830º (49,18); Lagoa Dourada, 2289º (47,87); Ritápolis, 2299º (47,86); São João del-Rei, 2413º (47,55); Barroso, 2694º (46,79); Madre de Deus de Minas, 2793º (46,55); Dores de Campos, 2955º (46,09); e Piedade do Rio Grande, 3987º (43,23). 

De alto a baixo

Atualmente, Resende Costa está no nível de Desenvolvimento Sustentável considerado baixo, mas com algumas excelências. A cidade está avaliada no nível muito alto para o objetivo “Paz, Justiça e instituições eficazes”. Já no nível alto estão os objetivos “Saúde de qualidade”, “Água potável e saneamento”, “Energias renováveis e acessíveis”, “Trabalho digno e crescimento econômico”, “Cidades e comunidades sustentáveis” e “Ação climática”.

A avaliação no nível médio contempla os objetivos “Educação de qualidade”, “Igualdade de gênero”, “Redução das desigualdades” e “Produção e consumo sustentáveis”. Já no nível baixo, encontra-se o objetivo “Erradicação da pobreza” e no nível muito baixo sutuam-se os objetivos “Erradicação da fome”, “Indústria, inovação e infraestrutura”, “Proteção da vida terrestre” e “Parcerias para a implementação dos objetivos”.

O índice

O IDSC-Brasil tem “a dupla função de auxiliar as cidades a medir seu desempenho segundo os objetivos da ONU (Organização das Nações Unidas), bem como de permitir uma série de análises que vão além dos limites municipais”. Assim, permite às cidades perseguirem o cumprimento da Agenda 2030 (surgida em 2015) e oferece uma oportunidade para que se integrem à mais avançada agenda global de desenvolvimento sustentável. 

A ideia é oferecer as ferramentas necessárias para os municípios brasileiros superarem esse desafio, ao gerar um movimento de transformação na gestão pública municipal. Ou seja, a “intenção é orientar a ação política de prefeitos e prefeitas, definir referências e metas com base em indicadores e facilitar o monitoramento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) em nível local”. “Há um índice para cada objetivo e outro para o conjunto dos 17 ODS, de modo que seja possível avaliar os progressos e desafios dos municípios brasileiros para o cumprimento da Agenda 2030.”

O Instituto

O ICS, responsável pelo índice, atua voltado para o desenvolvimento justo e sustentável das cidades no Brasil. Busca melhorar a qualidade de vida das pessoas a partir do combate às desigualdades, da promoção dos direitos humanos, da participação social, da transparência e da defesa do meio ambiente. 

Por meio do PCS (Programa Cidades Sustentáveis), o instituto atua para implementar políticas públicas estruturantes nas cidades brasileiras. “O programa oferece uma agenda de sustentabilidade urbana que inclui metodologias, ferramentas e conteúdos de auxílio à gestão pública municipal, incluindo um conjunto de 260 indicadores alinhados aos objetivos e metas da Agenda 2030.” 

A metodologia

A metodologia do índice IDSC-BR, elaborada pela rede SDSN (UN Sustainable Development Solution Network), nasceu dentro da própria ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos da academia, da sociedade civil e do setor privado no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais. Os dados e as informações também permitem a elaboração do Relatório Voluntário Local (RVL) - um balanço do progresso das cidades no cumprimento da Agenda 2030.

O IDCS-BR, que apresenta uma avaliação abrangente da distância para se atingir as metas dos ODS, utiliza os dados mais atualizados disponíveis em fontes públicas e oficiais do Brasil. É composto por 100 indicadores, referentes às várias áreas de atuação da administração pública. 

A pontuação é atribuída no intervalo entre 0 e 100 e pode ser interpretada como a porcentagem do desempenho ótimo. A diferença entre a pontuação obtida e 100 é, portanto, a distância em pontos percentuais que uma cidade precisa superar para atingir o desempenho ótimo. O monitoramento de indicadores permite guiar as prioridades dos governos locais de acordo com os desafios identificados a partir da análise de dados. 

Além da pontuação e da classificação de cada cidade, o índice também apresenta os painéis ODS, que fornecem uma representação visual do desempenho – o nível de desenvolvimento – dos municípios nos 17 objetivos. O sistema de classificação por cores (verde, amarelo, laranja e vermelho) indica, portanto, em que medida um município está distante do objetivo. 

Para mais informações, acesse o portal https://idsc.cidadessustentaveis.org.br/

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