Comércio são-joanense está pronto para o retorno da Black Friday

Com o objetivo de atrair os consumidores, 29,9% do comércio varejista mineiro planejaram realizar ações para a Black Friday em 2021, mostra pesquisa da Fecomércio-MG


Economia

José Venâncio de Resende0

Comércio varejista mineiro aposta na Black Friday (Foto: IG Minas Gerais).

Ausente no ano passado devido à pandemia e com a inflação e alta, a Black Friday está de volta ao comércio de São João del-Rei no dia 26 de novembro. “Nós temos uma expectativa muito boa para a Black Friday”, disse Wainer Pastorini Haddad, presidente do SindComércio de São João del-Rei, em entrevista ao “Podcast em foco” da Rádio Emboabas. “Nós estamos preparados, com tudo já organizado. Eu acredito realmente nas promoções que venham atrair os nossos consumidores.”

Com estoque alto (foi reposto em outubro e início de novembro), o comércio dispõe de mercadorias que serão colocadas nas lojas “com preços atrativos porque elas precisam circular para que possa entrar novas mercadorias”, explica Haddad. “Para aumentar o nosso fluxo de caixa, nós precisamos ter essas vendas para fazer frente ao que temos de pagar no mês de dezembro.”

Por outro lado, esta é uma oportunidade de antecipação das compras de Natal. “Para o consumidor, é uma data que ele visa aproveitar pra poder fazer as suas compras de final de ano num valor mais acessível”, acrescenta o presidente do SindComércio. “Então, a Black Friday será uma data muito importante tanto para o empresariado como para os consumidores.”

Aposta

Com o objetivo de atrair os consumidores, 29,9% do comércio varejista mineiro planejaram realizar ações para a Black Friday em 2021, sendo que 17,5% oferecerão descontos superiores a 50%, segundo mostra pesquisa da Fecomércio-MG. A pesquisa foi realizada com 400 empresas de dez regiões do Estado (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas, Triângulo e Zona da Mata). A margem de erro da análise é de 5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

A Black Friday abriu novas possibilidades de negócios para o comércio varejista, em especial nos canais digitais, diz o economista-chefe da Fecomércio-MG, Guilherme Almeida. “O período movimenta uma série de atividades e proporciona a integração dos ambientes físicos e on-line. Não à toa, neste ano, 11,2% dos empresários pretendem realizar vendas on-line para a data, o que requer atenção especial aos canais de atendimento.”

Entre as ações a serem adotadas pelos empresários mineiros, estão a oferta de mais variedade de marcas e produtos (25,9%); a adoção de descontos e promoções (25,0%); o atendimento diferenciado (19,8%); a facilidade no pagamento (18,1%) e a divulgação/propaganda (14,7%).

Ao todo, 45,2% dos empresários esperam que as ações proporcionem um ganho nas vendas próximo a 25% em relação ao volume rotineiro. No entanto, alguns fatores como a crise econômica e o baixo fluxo no comércio (40,5%), o desemprego e a falta de dinheiro (25,9%) e a escassez de capital para investir (20,7%) podem impactar nos resultados para a Black Friday”, diz Almeida.

As principais ações para o período ocorrerão nos segmentos de móveis e eletrodomésticos (81,0%); equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação (75,0%); tecidos, vestuário e calçados (67,0%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (61,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (59,5%).

A Black Friday foi criada na década de 1990, nos Estados Unidos. A data foi incorporada ao calendário brasileiro em 2010, para aqueles que desejassem adiantar as compras de Natal ou adquirir produtos com preços e condições diferenciadas.

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