Doação de sangue tem grande queda durante a pandemia

Texto atualizado em 17 de junho de 2020, com acréscimo de informações sobre os doadores de Resende Costa.


Saúde

José Venâncio de Resende0

Doadores de RC: Roberto (Beto), Viviane, Vanderleia, Dabila, Olivia, Rosa, Geigmar, Fernanda, Donizete, Rosemeire e Cláudio (motorista).

O Dia Mundial do Doador, lembrado em 14 de junho, aconteceu este ano em meio à pandemia. A chegada do novo coronavírus agravou a queda nas doações do Hemominas de São João del-Rei, que normalmente acontece no inverno, lembra Maria Aparecida Giarola. “Já há uma queda muito brusca nas nossas doações por causa do tempo de espera depois de dada a vacina de gripe e dos problemas respiratórios que aparecem nessa época. A pandemia só veio piorar tudo.”

A própria rotina teve de ser mudada devido à pandemia, acrescenta a funcionária do Hemominas. Agora, os doadores devem agendar horário, seja individualmente ou em grupos das cidades da região. “Os nossos grupos agora são menores, nós estamos pedindo para trazer no máximo 10 doadores de cada vez.”

O Hemominas está tomando vários cuidados para proteger tanto os doadores quanto os funcionários. O agendamento de grupos menores é para evitar a aglomeração de doadores, explica Maria Aparecida. “Quando esses doadores chegam ao nosso hemonúcleo, nós oferecemos álcool gel logo na entrada, máscara para aquele que chega sem máscara e é verificada a temperatura logo que ele chega.”

Além disso, é mantido o distanciamento tanto no interior do Hemominas quanto na parte externa, quando há necessidade de os doadores esperarem fora da unidade, diz Maria Aparecida. “Dentro da sala de coleta também houve uma redução do número de doadores porque, para cada doador, há um técnico de enfermagem para colher o seu sangue.”

Antes da pandemia, o técnico colhia o sangue de dois doadores ao mesmo tempo. Dessa forma, evita-se o maior contato do funcionário com os doadores, antes de fazer a descontaminação e outros cuidados previstos, de acordo com Maria Aparecida.

Outra informação importante: até por conta da covid-19, qualquer pessoa que tenha sintoma gripal (dores de cabeça e de garganta, febre, nariz entupido etc.) fica impedida de doar por um mês, até a cura completa.

Em Resende Costa, a enfermeira Nivânia Mendonça, do Hospital Nossa Senhora do Rosário, continua organizando grupos de doadores para o Hemominas. Mas ela reconhece que muitas pessoas tem dificuldades de se deslocarem a São João del-Rei. 

Em geral, Nivânia conta com a ajuda de Viviane (da Aparecida do Zé Agenor) e com uma turma assídua de doadores (ver foto) que vai ao hemonúcleo de São João del-Rei a cada três meses. Para isso, tem o apoio da Secretaria de Transportes de Resende Costa, que fornece o carro e o motorista.  

O hospital não tem carro e nem ambulâncias. A secretaria de transportes que libera e graças a Deus eu pessoalmente quando liguei nunca me pegaram nada nem pra doações como transportes de pacientes

O Hemominas enviava, uma vez por ano a Resende Costa, uma equipe (médico, enfermeiro e auxiliares) para fazer coleta no hospital. “Nós estamos sem fazer esse tipo de coleta já há algum tempo, primeiro, por contenção de gastos e, agora, também por causa dessa pandemia”, explica a funcionária do hemonúcleo.

Apelo à doação

Maria Aparecida ressalta a importância da doação de sangue. “Sangue é um remédio que a gente não encontra na farmácia. Quando o médico prescreve uma hemotransfusão, nós precisamos dos nossos doadores para ter esse sangue para os nossos pacientes. O sangue salva vidas.”

Para a doação, os agendamentos podem ser feitos online na página principal do Hemominas ( http://www.hemominas.mg.gov.br/ ), pelo aplicativo MGapp ou ainda pelo telefone 155 (opção 1).

O agendamento de grupos pode ser feito ainda pelos telefones (32) 3322-2915 e 3322-2920.

 

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário