Duas chapas vão rememorar disputas acirradas na eleição da ACI del-Rei


Economia

José Venâncio de Resende0

fotoSede da ACI del-Rei, palco de mais uma disputa.

Promete ser acirrada a disputa pela direção da Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI del-Rei) para o triênio 2018-20, que envolve dois grupos tradicionalmente rivais. Há pouco menos de um mês, foram registradas as duas chapas que vão disputar a eleição, prevista para o dia 25 de outubro.

A chapa da situação é presidida pelo empresário e atual secretário municipal de Agricultura, José Egídio de Carvalho, e tem como candidatos a vice a atual presidente Aparecida Olga da Silva e Fernando Magno Mendonça.

Já a chapa da oposição é liderada pelo empresário Wallace Moisés Rodrigues (Serraria Paulo Márcio) - do grupo de João Afonso Farias que já dirigiu a entidade várias vezes - e tem como candidatos a vice Débora Delgado Cyrne Farias e o associado benemérito Luiz Carlos Costa.

Chapa da situação

José Egídio de Carvalho (Moda Solta), presidente; Aparecida Olga da Silva (Restaurante Chafariz) e Fernando Magno Mendonça (Sport Center), vices; Ronald Bauer Assunção (Academia Bauer) e Rosângela Aparecida da Costa (A Íntima D´Presentes), diretores administrativos; Eder Correa de Carvalho (Farmelhor) e Ivan Martins de Oliveira (Coisas e Tal), diretores financeiros; Miguel Geraldo de Carvalho (M Rose Boutique), diretor de CPD); Roney Geraldo da Costa (Art Lar), diretor de relações públicas; Maurício Alberto da Mata (Frigorífico São João del-Rei) e Anderson André Machado (LZ Presentes), diretores de SPC; Rodrigo de Oliveira Borges (Algo Doce), diretor de patrimônio; Maristela Aparecida de Oliveira Valadão (Loyd´s Boutique), diretora de promoções; Ronan Sade Haddad (A Colegial), diretor social; Sônia Moraes Haddad (Pousada Laço do Lavradio) e Rogério Zelotini (Rogério Tratores), diretores de turismo. Conselho fiscal: Osmar José Bianchini (Auto Sucatril), Eduardo Fantaguzzi Buccini (Cultura Inglesa), Júlio do Pilar Bolognani (Auto Bolognani), João Carlos Vasconcelos Froes (J. Froes Imóveis), Maria Cristina de Castro Bergo (Free Vest) e Eduardo José Bergo (Supermercado Bergão).

Chapa da oposição

Wallace Rodrigues (Serraria Paulo Márcio), presidente; Débora Delgado Cyrne Farias (Verona Móveis) e Luiz Carlos Costa (Ótica Colonial), vices; Paulo Lourenço (Paulo Papeis) e Cláudio Luiz Goddi (Bar Restaurante Agostinho), diretores administrativos; Fábio Nascimento (Supermercado Skinão) e Ana Paula Aparecida Detomi Monteiro (Supermercado Monterey), diretores financeiros; Alessandra Castanheira (Castanheira e Castanheira Comércio de Roupas), diretor de CPD; Denilson José da Silveira (Bemarc Comercial Pneus), diretor de relações públicas; Mauro das Mercês Castro (Padaria Trigo de Ouro) e Afonso Henrique Cyrne Farias (Greenville Móveis), diretores de SPC; Jair José da Silva (Choc Pop Alimentos), diretor de patrimônio; Luiz Alberto Moraes Cardoso (Facifesta), diretor de promoções; Cristiane Monteiro Costa (Ótica Colonial), diretora social; Ricardo Alves de Souza (Scalare Contabilidade) e Anthony Bassi Lourenz (Gráfica Thuagibelle), diretores de turismo. Conselho fiscal: Luiz Otávio de Souza Oliveira (Posto Maxxi), Liliane Aparecida dos Santos Dutra (Escola Caminho do Sol), Heliete de Castro Fagundes Lima (Tiradentes Turismo), Jorge Edgar de Lima (Comercial Vitolima), Elcio Euler Caldas Braga (Eletro Braga) e Fábio Raimundo dos Reis (Imperial Pewter).

História

No final de 1902, os comerciantes Diogo Nezi, Manoel Soares Azevedo, Joaquim Ernesto Cunha e Avelino Guerra reuniram-se na Confeitaria Glória e lançaram as bases para a fundação da entidade. Era um período de grande desenvolvimento do comércio impulsionado pela inauguração do primeiro trecho da Estrada de Ferro Oeste de Minas (1881) e por novas perspectivas decorrentes da Proclamação da República (1889), entre outros fatores.

Em primeiro de janeiro de 1903, estes comerciantes organizaram-se como associação beneficente, instrutiva e comercial. Nasce, assim, a “Associação dos Empregados no Comércio de São João del-Rei”. Na época, a maioria dos proprietários era formada pelos próprios funcionários dos estabelecimentos, daí a nomenclatura "empregados do comércio".

Em quatro meses de atuação, foi aprovado o estatuto. Em 19 de abril de 1903, foi eleita a primeira diretoria: Francisco de Paula Miranda, presidente; Lauro Almeida Cunha, vice; Joaquim Roque Teixeira e Joaquim Ernesto Cunha, secretários; Manoel Soares Azevedo, tesoureiro; Avelino Guerra, procurador; e João Pimenta Almeida, bibliotecário.

A entidade encerrou as atividades três anos depois, em 1906. André Bello, escritor e fotógrafo da época, relatou em seu livro de 1918: "três anos, mais ou menos, depois, deixou a associação de funcionar. Fato esse assas (sic) doloroso em um meio civilizado como São João del-Rei, onde a classe comercial é grande e distinta".

Novo nome

Dez anos depois, em 14 de maio de 1916, a associação foi retomada, em assembleia geral, e passou a funcionar no prédio que pertenceu à Filarmônica São-joanense. Entre suas finalidades, estavam a assistência médica, farmacêutica e jurídica aos seus sócios; manutenção de um gabinete de leitura; e uma escola comercial.

Cinco anos depois, em 14 de novembro de 1921, uma assembleia geral foi convocada para mudar o nome da entidade, que passou a ser denominada “Associação Comercial de São João del-Rei”. O nome antigo já não tinha mais sentido uma vez que a palavra "empregado" ganhara um novo significado: assalariado.

Em 1930, começou a construção da sede da Associação. Dois anos depois, em 31 de janeiro de 1932, foi inaugurado o edifício. Uma sede moderna e espaçosa que, ainda hoje, é considerada um importante acervo arquitetônico da cidade.

Nova fase

Entre o fim da década de 1950 e início dos anos 60, a Associação passou por um período crítico. Novamente, um grupo de empresários reuniu-se e decidiu reorganizar a Associação, cobrindo uma lacuna existente na cidade.

Em 1973, a diretoria da Associação retomou os tempos áureos com a realização da III Feira Exposição Industrial da Região de São João del-Rei.

Uma grande conquista desta nova fase foi a filiação da entidade ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), considerado o maior banco de dados da América Latina. O sistema ajuda os lojistas a tomarem a melhor decisão na concessão de crédito e na atuação da redução dos índices de inadimplência.

Entre o fim de 1998 e 2000, ao lado da sede, foi construído um novo prédio inaugurado em 5 de outubro de 2000. Com as novas instalações, chegou também o SEBRAE, trazendo inovação e parceria.

Em 2006, foi criada a Feira de Comércio, Indústria e Mostra Cultural de São João del-Rei (FECIC), que durou nove edições seguidas. O evento era organizado pela ACI del-Rei com o apoio de entidades públicas e privadas.

Em 2012, a entidade ganhou dois importantes parceiros: a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel). Em 2015, foi estabelecida parceria com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), que fortaleceu ainda mais a entidade.

Por várias décadas, a ACI del-Rei tem tido uma participação ativa na vida são-joanense, quer no apoio direto aos empresários, quer na promoção de eventos e no apoio a iniciativas da sociedade civil e dos governos.

 

 

 

 

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