E. E. Assis Resende elege nova direção

A professora de Língua Portuguesa, Roseni Maria Fernandes, foi eleita diretora


Vitória Cristina


Professora e diretora do Assis Resende, Roseni Fernandes(Foto Luana Chaves)

No dia 17 de junho último, foi realizada eleição de diretor na Escola Estadual Assis Resende. Para o pleito, foi apresentada chapa única (e vitoriosa), composta por três educadoras: Roseni Maria Fernandes (diretora), Carla Raquel de Resende e Karla Maria Lima (vice-diretoras). A nova direção do Assis Resende terá mandato de três anos.

Natural de Resende Costa, Roseni Fernandes, 48, é formada em Letras pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com pós-graduação em Educação Legislativa. Roseni atua há 25 anos como educadora e neste período lecionou Língua Portuguesa em escolas municipais e estaduais.

A diretora da E. E. Assis Resende, que neste mês completa 100 anos de fundação, falou ao JL sobre sua carreira de educadora e seus projetos para a escola.

 

Quais são seus planos para a Escola Estadual Assis Resende? Acredito que educação de qualidade seja a chave para a construção de uma sociedade mais justa e humana. Acredito também que, devido aos nossos conhecimentos adquiridos através de experiência e estudos diversos durante nossa trajetória de trabalho e da grande fé que possuímos no ser humano, nós possamos contribuir para o alcance dessa qualidade. Os bons laços criados durante esta trajetória, com professores e demais funcionários da escola, além de pais e alunos, contribuem para alcançarmos esse objetivo. Esta escola tem um ambiente acolhedor, com funcionários comprometidos com a aprendizagem dos alunos e sua formação cidadã. Esse ambiente de trabalho nos fortalece e nos incentiva a desejar a missão de nos tornarmos gestores desta escola, o que muito nos honra.

 

 

“Não podemos esquecer nunca que lidamos com pessoas”

 

 

Em sua trajetória como educadora e professora do Assis Resende, a convivência com alguma ex-diretora a inspirou a se candidatar a esse cargo? Não, na verdade o que me motivou e motiva sempre a trabalhar na Educação é a importância que ela teve em minha vida. Na verdade, ela mudou a trajetória do meu destino. Sou de uma família na qual a educação formal não era prioridade, fui a primeira pessoa da minha família a estudar e conseguir me formar num curso de graduação. E a partir daí, outros destinos foram mudados porque outras pessoas seguiram esse mesmo caminho. E se tenho de citar alguém, cito o nome de uma pequenina grande mulher, profissional e amiga, que foi a Tia Zainha. Ela foi fundamental nesse processo. E no nome dela, agradeço a tantos outros professores maravilhosos que passaram pela minha vida, cada um deles foi deixando uma sementinha. Guardo cada um num cantinho do meu coração e lhes sou muito grata. Agora, quanto ao envolvimento com o cargo de Direção, devo isso à dona Inácia (Maria de Resende Moreira, educadora aposentada, ex-secretária municipal de Educação, ex-presidente da APAE/RC), que me viu crescer como aluna e pessoa e, um dia no salão da prefeitura, me convidou para ser diretora da Escola Municipal Paula Assis. Lá aprendi a ver a Educação de forma mais ampla, envolvendo-me nas várias dimensões dessa profissão. Agradeço aos meus colegas, aos alunos e pais de alunos com quem convivi naquela época e que muito me ajudaram. Juntos construímos uma bela história.

 

 

“Um dos maiores desafios da Educação é atender aos anseios de uma nova geração”

 

 

A senhora tem algum projeto específico para desenvolver com os alunos? Temos vários projetos em mente, principalmente para este ano do centenário da escola. Tenho uma tabela com alguns destes objetivos divididos nas dimensões pedagógica, administrativa e de pessoal.

 

O que a senhora destaca como grande desafio a ser enfrentado atualmente na escola? Acredito que um dos maiores desafios da Educação é atender aos anseios de uma nova geração, com necessidades e anseios diferentes, usando ainda meios e instrumentos tradicionais que são o que temos. Precisamos mudar a nossa prática educacional, mas, para isso, precisamos reorganizar o tempo e os espaços na escola. A mudança necessária é mais ampla. É repensar a filosofia da Educação. Precisamos do envolvimento dos pais na vida escolar do filho, precisamos da ajuda de toda a comunidade e de todas as instituições de nossa cidade. Não podemos esquecer nunca que lidamos com pessoas e muitos dos problemas que chegam até a escola vêm das relações desenvolvidas fora dela, fazem parte de um contexto maior. 

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