Banda Uai Garotos se apresentou na noite de abertura da 40ª Exposição Agropecuária de Resende Costa

O grupo formado por músicos resende-costenses já tem quase dez anos de trajetória, vem conquistando o público da região e fala em novos projetos


Vitória Cristina e André Eustáquio


Banda UAI Garotos durante show na abertura da 40ª Exposição Agropecuária de Resende Costa (Foto Vitória Cristina)

Atualmente, no Brasil, o sertanejo é um dos gêneros musicais mais curtidos, sobretudo pelos jovens. O estilo que imortalizou duplas do tradicional “sertanejo raiz”, como Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano, Milionário e José Rico, entre outros, passou por transformações e vem consagrando novos artistas. O novo estilo sertanejo caiu nas graças do público de diferentes faixas etárias, conquistou a mídia e as redes sociais.

De julho a agosto, a região do Campo das Vertentes transforma-se em um badalado circuito sertanejo. As exposições agropecuárias realizadas em diversas cidades atraem uma multidão de pessoas que esperam o ano inteiro pelas festas marcadas pelos rodeios e pela música sertaneja.

O JL conversou com Anderson Vinni, acordeonista e produtor executivo da banda Uai Garotos, que está sempre presente na Exposição Agropecuária de Resende Costa e possui um estilo eclético que transita do sertanejo raiz aos sucessos atuais. Neste ano, o grupo formado por seis músicos resende-costenses (AndersonVinni, Allison Rodrigo, Cristiano Silva, Luis Paulo, Nathan Ferraz e Rodney Magela) se apresentou no dia 18 de julho na abertura da 40ª Exposição Agropecuária de Resende Costa.

 

Trajetória

“A banda existe há aproximadamente oito anos. Passamos por várias formações até chegarmos à atual e conseguirmos obter os resultados que temos hoje. Primeiro a gente começou com um projeto entre amigos na escola; depois esse hobby foi ficando mais sério e acabou virando profissão para todos os membros da banda que estão com a gente hoje.”

 

Participação nas Exposições Agropecuárias de Resende Costa

“Participamos das últimas três ou quatro edições de forma direta ou indireta, porque na banda, além de terem o trabalho oficial dela, os músicos também fazem trabalhos paralelos, ou seja, a gente faz freelancer para outros artistas. Então, de forma indireta a gente já vem participando da exposição.”

 

Apresentações em outras cidades

“Já nos apresentamos em todas as cidades da nossa microrregião, como Prados, Ritápolis, Coronel Xavier Chaves, Conceição da Barra de Minas, Lagoa Dourada, além de outras muitas cidades do nosso estado e até mesmo de outros estados.”

 

Agenda de shows

“Esse ano a banda voltou após um recesso para organizarmos algumas coisas do projeto e acertar alguns detalhes de trabalhos autorais. Nos últimos quatro meses, reiniciamos a temporada de shows com uma frequência de mais ou menos dois a cinco shows por mês. Entre agosto e outubro, temos uma agenda mais apertada de shows.”

 

Projetos inéditos

“Nós estamos com uma música para ser lançada ainda neste mês. Ela já está toda produzida, inclusive com videoclipe. Temos ainda outros projetos: fazer um EP e uma espécie de mini DVD, aqui no estúdio mesmo da banda, de apresentação do show para redes sociais, para os contratantes e para o público em geral. A ideia é que todos conheçam um pouco da banda, um teaser de todo o trabalho da banda Uai Garotos.”

 

Influências

“A gente busca muita influência. Como somos uma banda formada por seis músicos, cada um tem as suas influências. Por exemplo, eu, que sou sanfoneiro, gosto muito de música raiz, muita música de moda de viola; o Luís Paulo, nosso vocalista, tem uma tendência maior para o reggae, para o pop, ele gosta muito de coisas da MPB e do sertanejo também; e o Nathan, guitarrista, tem um gosto muito peculiar por músicas que possuem bastantes variações harmônicas, mais trabalhadas, musicalmente falando, ele gosta de coisas mais instrumentais. Quando a gente junta todas essas influências, conseguimos obter um leque amplo de variações dentro da banda. Tanto é que a proposta daqui para frente é justamente apresentar um show com várias tendências além do sertanejo, com o intuito de tentar agradar a todos os públicos e participar de mais eventos.”

 

Desafios para atingir o público fora de Resende Costa

“Pode-se dizer que a gente é mais conhecido em nossa cidade natal e tem um pessoal que fielmente sempre nos acompanha. Mas a gente tem também um pessoal que curte bastante a banda em Entre Rios, Lagoa Dourada, Coronel Xavier Chaves, Ritápolis, enfim, essa microrregião já nos conhece bem. A nossa dificuldade maior na região é não termos um mercado estável. Há muitos eventos nas cidades, mas, como o nosso mercado é todo descentralizado, ou seja, não temos um escritório e um empresário, às vezes surgem problemas com orçamento e com questões de logística. Mas, no fim das contas, sempre acaba dando certo.”

 

Um show especial

“Um show que me marcou muito e que acredito ter marcado muito os meninos foi no ano de 2016 ou 2017. A gente fez a quinta-feira da exposição daqui de Resende Costa. Colocaram-nos para ser o segundo show da noite e a nossa expectativa estava muito baixa por causa do horário. Começamos a tocar às duas horas da manhã. Preparamos um show bacana, fizemos toda uma cenografia e, quando a gente abriu a cortina do show, vimos que o Parque de Exposições estava lotado e a galera ficou até o final. Fizemos uma hora e meia de show, foi muito intenso, com o pessoal cantando o tempo inteiro. Isso foi muito bacana para a gente. Tem muitas cidades onde a gente gosta de tocar, onde a galera sempre nos trata muito bem e sempre fica bem ligada nos shows. Por exemplo, em Senhora dos Remédios: sempre que vamos lá, somos muito bem recebidos. Também em Ritápolis o pessoal gosta bastante. Aqui na nossa cidade e na região a gente tem um público bacana que está sempre nos acompanhando.”

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