Esgoto: obras finais da ETE de Itutinga, em meio à pandemia


Cidades

Da redação 0

Sistema australiano de lagoas em série (fonte: facebook da Prefeitura Municipal).

Em meio à pandemia, encontram-se em fase final as obras complementares da estação de tratamento de esgoto (ETE) do município de Itutinga, na microrregião do Campo das Vertentes com sede em São João del-Rei. Na prática, a ETE já opera por mais de um ano, tanto na sua função ambiental quanto na função de saúde pública.

A ETE de Itutinga pode ser considerada modelo, na América Latina, para cidades com menos de 10 mil habitantes, segundo a prefeitura municipal na sua página do facebook. As análises químicas e biológicas, realizadas todos os meses em laboratório especializado da cidade de Araxá-MG, confirmam o sucesso da ETE de Itutinga, complementa o documento “Saneamento básico em Itutinga”, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA, 16/12/2019).

Em primeiro lugar, as análises biológicas mostram um índice de eficiência de 99% para eliminação de organismos patogênicos (agentes causadores de doenças infecciosas), “demonstrando, cientificamente, que a ETE é sucesso total no seu componente de saúde pública”. Em segundo lugar, “as análises químicas já confirmam o sucesso da ETE também no seu componente ambiental, com cerca de 80% (exigência legal de pelo menos 60%) de redução de DQO (Demanda Química de Oxigênio) e de DBO (Demanda Bioquímica de oxigênio)”.

Assim, a água tratada na ETE de Itutinga, que vai para o Rio Grande, tem qualidade praticamente igual à da água que chega às casas de Itutinga para uso e consumo humano, conclui o documento da SEUMA, que considera estes resultados “muito bons” e que “tendem a melhorar ainda mais com o pós-tratamento químico adicionalmente implantado”.

Investimentos

Nos últimos três anos, foram investidos aproximadamente R$ 2,5 milhões, o que torna Itutinga “a campeã mineira mineira em investimentos de recursos próprios em saneamento básico, dentre as quase 500 cidades com população população de até 10 mil habitantes”, informa o documento SEUMA.

A ETE de Itutinga adota o sistema australiano de lagoas em série (lagoas anaeróbicas, facultativa e de maturação), com capacidade instalada de tratamento de mais de cinco milhões de litros de esgoto. Com a construção do Sistema de Filtração e de Cloração, a ETE passa a ter um pós-tratamento químico, “que representa representa importante avanço”, esclarece o documento da SEUMA.

“A filtração consiste basicamente na passagem ascendente da água por caixas azulejadas em sequência, preenchidas por materiais filtrantes de granulometria cada vez mais fina. Os materiais filtrantes são pedra granítica, brita grossa, brita fina, cascalho e areia grossa. Por sua vez, a cloração consiste no tratamento com cloro, de forma que o efluente tenha um teor de cloro na faixa de 1-3 ppm, segundo padrões internacionais, incluindo o Brasil.”

Fonte:

http://www.itutinga.mg.gov.br/noticia/21059#inicio_noticia

 

 

 

 

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