Na contramão do país, Resende Costa recupera empregos perdidos


Economia

José Venâncio de Resende0

Na contramão do restante do país, o município de Resende Costa recuperou em 2015 os empregos perdidos no ano anterior. Em 2015, houve 295 admissões de empregados e 234 desligamentos, resultando assim no aumento de 61  empregados, ou seja, um crescimento de 7% sobre 870 empregados em 1º de janeiro do mesmo ano. Já em 2014 foram fechados 49 postos de trabalho com carteira assinada, o único resultado negativo no período de 2007 a 2015. 

Para efeito de comparação, no município vizinho de Lagoa Dourada, houve aumento de 38 empregos em 2015, decorrentes da diferença entre 304 admissões e 266 desligamentos.

Os números sobre o emprego formal em 2015 acabam de ser publicados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. Os resultados foram analisados pelo professor Aluizio A. Barros, aposentado do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ, a pedido do JL.  

O comércio liderou a expansão do emprego formal, com acréscimo de 50 empregados sobre o total de empregados no início do ano (320), um aumento de 15,6%. A construção civil, a indústria de transformação e o setor de serviços tiveram acréscimos de, respectivamente, 10, 9 e 9 postos de trabalho. A mineração registrou redução de 16 empregados, ou seja, 32% do número de empregados em 1º de janeiro (50).

Mas Barros alerta: “É preciso muita cautela na análise dessas estatísticas, especialmente nas economias com pouca formalização dos vínculos de emprego (artesanato, agropecuária e outros). Resende Costa tem um admirável artesanato que emprega muitas pessoas, além daquelas registradas como empregados na indústria de artefatos de tecidos (129). Somente nos anos censitários (2010 foi o último) é possível ter uma ideia do total de pessoas (empregados com e sem carteira, trabalhadores por conta própria) ocupadas neste setor.”

 

São João del-Rei. Já o mercado de trabalho sãojoanense seguiu a tendência nacional, com forte resultado negativo, ou seja, redução de 401 empregos com carteira assinada em 2015. “O pior resultado nos últimos 15 anos”, observa Barros. Foram 5969 admissões de empregados contra 6370 desligamentos (demissões, aposentadorias,..).

Os setores que mais sofreram redução do emprego foram o comércio (-125 empregos), a indústria de transformação (-102) e os serviços de alojamento, alimentação, reparação (- 85). “Apenas dois dos 23 setores escaparam da forte recessão no país: serviços médicos, odontológicos e veterinários (+ 35 empregos) e a indústria de produtos alimentícios e bebidas (+62)”.

 

No cenário nacional, as estatísticas do Ministério mostram o fechamento de 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada, sendo o pior resultado da série histórica iniciada em 1992. Os setores mais atingidos foram a indústria de transformação, a construção civil, comércio e serviços.

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