Por mais segurança nas festas populares de Resende Costa


Editorial

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A reportagem de destaque desta edição (nº 189) do Jornal das Lajes é a Virada Cultural RC. A iniciativa de realizar um grande evento popular no feriado de fim de ano partiu do resende-costense e músico da Banda Santa Cecília, Gilson Ricardo. Ele idealizou uma série de atividades culturais, sociais e esportivas que pudessem contemplar um público diverso. A ideia do Gilson foi logo encampada pela Secretaria Municipal de Turismo, Artesanato e Cultura (SETAC) e pelo comércio da cidade, como mostra a reportagem.

O secretário responsável pela SETAC, Lucas Lara, disse ao JL que já estava ciente da necessidade de se resgatar o tradicional réveillon na Avenida Gonçalves Pinto, centro de Resende Costa. Segundo ele, a iniciativa de Gilson possibilitou à Secretaria de Cultura trabalhar junto no projeto. E deu certo. Foram quatro dias de evento valorizando cantores, esportistas e comerciantes locais. Quem sempre optou por brindar a chegada do ano novo na Gonçalves Pinto neste ano pôde comemorar ainda mais.

Mas, como diz o ditado popular, “nem tudo são flores”. Nos dias de maior movimento, sobretudo no sábado (31), alguns problemas, já conhecidos em Resende Costa em ocasiões de festas na avenida, insistiram em querer tirar o brilho da Virada Cultural, que tinha como meta reunir as famílias, chamar as crianças e o público de todas as idades para uma grande confraternização.

Infelizmente, houve registros de brigas. Moradores do centro da cidade postaram mensagens nas redes sociais, reclamando da quantidade de sujeira nas ruas próximas à Gonçalves Pinto e de pessoas que, à noite, urinavam sem pudor nas calçadas em frente às casas.

No dia 3 de janeiro, pela manhã, uma equipe da Prefeitura Municipal desmontava na Praça Nossa Senhora de Fátima a estrutura da iluminação de Natal e a Casinha do Papai Noel, ou melhor, o que sobrou da Casinha. De acordo com um dos funcionários da Prefeitura, vândalos quebraram a Casinha e ainda roubaram o Papai Noel que estava dentro dela.

Diante desses, reiteramos, recorrentes fatos de vandalismo que vêm sendo registrados durante algumas festas populares em Resende Costa, surge a preocupação com o carnaval que se aproxima. Tudo indica que a festa será realizada, como de costume, na Avenida Gonçalves Pinto, onde está cada vez mais difícil criar estrutura que ofereça segurança e conforto ao público. Não há banheiro químico suficiente e, mesmo com os poucos que a organização do evento disponibiliza, muitas pessoas ainda optam por usarem ruas e becos para fazerem suas necessidades.

No entanto, o que vem causando sérias preocupações são as brigas que acontecem na rua. Poucas ou muitas, não importa. Um tumulto pequeno no meio da rua pode generalizar-se e colocar em risco os cidadãos de bem, inclusive crianças, que querem somente se divertir. Os organizadores dos eventos populares de Resende Costa precisam se ater a esses problemas. Não é fácil para a Polícia Militar estar presente em todos os lugares. Uma solução, talvez, seja instalar, especificamente durante os grandes eventos, como réveillon e carnaval, câmeras de segurança em alguns pontos da cidade a fim de se inibir os brigões e os vândalos.

O ideal seria poder contar com a colaboração de todos para que durante as festas não ocorresse nenhum problema relacionado a vandalismo e segurança. O nosso povo é reconhecidamente ordeiro. Quem visita a nossa cidade sempre elogia a limpeza das ruas e praças, a hospitalidade do resende-costense, a animação e o brilho das nossas festas (Réveillon, Carnaval, Semana Santa, Exposição Agropecuária, Festas Rurais, etc.).

Não podemos aceitar que uma minoria desordeira, que lamentavelmente não sabe aproveitar as festas sem promover confusões e vandalismo, estrague a boa imagem que construímos ao longo de anos e que vem atraindo pessoas boas para curtir conosco as festas populares.

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