XX Enduro das Lajes foi realizado após três meses de adiamento e sem presença de público


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Enduro das Lajes aconteceu com atraso no calendário previsto para 2020 devido à pandemia de Covid-19 (foto divulgação)

Em 2020, o Enduro das Lajes chegou à sua vigésima edição. De acordo com o calendário inicial, a prova estava prevista para acontecer no mês de julho, porém, devido à pandemia da Covid-19, os pilotos aceleraram com três meses de atraso. A prova foi realizada sem presença de público no primeiro fim de semana de outubro e seguiu todos os protocolos de segurança do plano Minas Consciente.

O piloto resende-costense e um dos organizadores do Enduro das Lajes, Jonas Pinto, falou sobre a realização da vigésima prova. “Mudou muito a organização em relação ao que estávamos acostumados a fazer. Na verdade, a prova seria em julho, mas estávamos no pico da pandemia. A Federação Mineira de Motociclismo (FMEMG) buscou recursos, propostas e elaborou protocolos para a gente movimentar. O Enduro de Regularidade é considerado um esporte profissional, como o futebol, por exemplo. Mas nós não somos muito reconhecidos. Nós seguimos os passos do Enduro da Independência, que largou em Socorro (SP) e chegou a Caxambu (MG) no feriado do último dia 07 de setembro. Eu acompanhei a prova, fui no apoio e percebi, assim como as outras pessoas, que ocorreu tudo bem”.

Jonas relata que uma das maiores dificuldades para a organização do Enduro das Lajes foi aguardar a liberação para a realização da prova. “Só depois que tivemos o protocolo da FMEMG, a partir da realização do Enduro da Independência, é que conseguimos realizar essa prova. Inclusive, ela valeu para o Campeonato Mineiro, Copa Estrada Real e Copa Sul-Mineira. Mas, depois do projeto pronto, conseguimos realizar tranquilos. Contamos com o apoio das secretarias de Saúde de Resende Costa e de Coronel Xavier Chaves e da Policia Militar.”

O 20° Enduro das Lajes reuniu 98 pilotos, todavia não contou com a presença de público, que é tradicionalmente muito grande. Além disso, de acordo com Jonas, entre as medidas de segurança, constavam o uso obrigatório de máscaras, higienização com álcool em gel e distanciamento social recomendando. Todas as inscrições foram feitas on-line, assim como os pagamentos efetuados via depósito ou boleto bancário. “Pensamos em fazer o evento na Avenida Alfredo Penido, na área do artesanato, do turismo. Mas levamos para o Parque de Exposições para ser fechado, somente com a presença dos pilotos, da organização e da equipe técnica”, explica. Jonas destacou ainda que os pilotos já seguem um distanciamento de 30 segundos e isso contribuiu para evitar aglomeração. “Montamos também uma praça de alimentação no Parque de Exposições para que os pilotos não precisassem passar em restaurantes e padarias na cidade.”

Além da ausência do público, Jonas disse que os próprios pilotos buscaram, pessoalmente, os troféus a fim de evitar aglomeração. “Foi um pouco diferente. Não estamos acostumados a ver uso de máscara (em competições). Outra coisa que chamou a atenção foram os moldes da premiação, ficando os troféus sobre uma mesa. A gente anunciava o nome do piloto e a categoria à qual ele pertence. Por exemplo: “Categoria Elite – quarto lugar”, e o piloto se dirigia até a mesa e subia no pódio para fazer uma foto. Isso tudo sem abraçar e sem nenhum cumprimento. Sabemos que muitos pilotos vinham com a família, mas dessa vez não foi assim. Então foi algo meio seco, digamos assim”, descreve o organizador.

Devido à pandemia, muitas etapas dos campeonatos foram afetadas, conforme explica Jonas. “Os calendários estão todos atrasados e muitos organizadores não conseguiram realizar as competições por questões de falta de patrocínio entre outros empecilhos nos municípios. Por exemplo, um campeonato que tinha oito etapas caiu para quatro, ou até três para conseguir fechar esse ano. Em alguns casos, foi preciso alterar o regulamento do campeonato, e isso deu um pouco de trabalho”, finaliza o piloto.

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