Cenários da política são-joanense com ou sem Nivaldo Andrade nas próximas eleições municipais


Política

José Venâncio de Resende1

São João del-Rei vive um momento de“grande incerteza” a poucos meses das eleições municipais, na visão de políticos locais. É que as intenções do prefeito Nivaldo Andrade poderão ser frustradas por eventual condenação no julgamento de ação por improbidade administrativa por parte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que deve ocorrer em breve, antes das convenções partidárias. Neste caso, o político seria impossibilitado de se candidatar à reeleição, com base na Lei da Ficha Limpa que já começa a se tornar uma pedra no caminho de políticos são-joanenses. Tanto que recentemente cinco políticos locais foram condenados em segunda instância por improbidade administrativa.
 
Os advogados de Nivaldo apelaram ao TJMG contra decisão do juiz da 3ª Vara Cível da Comarca de São João del-Rei, Hélio Martins Costa, que, no final de julho do ano passado, suspendeu os direitos políticos de Andrade por 10 anos e pediu o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 208.040,00, bem como pagamento de multa de igual valor (http://www.jornaldaslajes.com.br/integra/integra.asp?p=noticias&codigo=327).
 
O impedimento de Nivaldo criaria um novo cenário, deixando o “campo aberto para novas lideranças”, observa o médicoe presidente de honra do diretório municipal do PSDBEuclides Garcia de Lima Filho, dr Tidinho. Especula-se inclusive que o deputado estadual Rômulo Viegas poderia ser o candidato do PSDB, apoiado pelo senador Aécio Neves e pelo governador Antonio Anastasia. O PT tem um único pré-candidato, o barrosense Helvécio Luiz Reis, ex-reitor da UFSJ, de acordo com o presidente do diretório municipal, Leo Silveira. Outro pré-candidato é Adenor Simões, presidente local do PSB.
 
Breve histórico
 
São João del-Rei tornou-se cidade em 6 março de 1838, depois de Vila durante 125 anos (desde 1713). No ano da emancipação, a Câmara era constituída pelos vereadores Antonio Fernandes Moreira (presidente), Domiciano Leite Ribeiro, Luiz Alves de Magalhães, Sabino de Almeida Lustosa e José Antonio Sobrinho. “Foi a sonhada capital dos inconfidentes e figurou vitoriosamente nas duas primeiras discussões do projeto para a mudança da capital de Minas. Só por dois votos, em terceira, logrou maioria o Curral del-Rei, hoje Belo Horizonte” (Augusto Viegas. Notícia de São João del-Rei, 3ª  edição, Belo Horizonte, MCMLXIX).
 
Já durante a República, exerceram a presidência da Câmara e a “agência executiva municipal” nomes como Joaquim Domingos Leite de Castro, Augusto das Chagas Viegas, Basílio de Magalhães, o empresário José do Nascimento Teixeira e Tancredo de Almeida Neves. Entre os prefeitos, destacaram-se Antonio das Chagas Viegas (duas vezes), Nelson José Lombardi, Milton de Resende Viegas, Lourival Gonçalves de Andrade (Zé Menino), Cid de Castro Valério, Octavio de Almeida Neves, Rômulo Antônio Viegas e Nivaldo José de Andrade (três vezes).     
 
Basílio de Magalhães foi repórter e colaborador do jornal “Pátria Mineira”, de propaganda republicana, no início do século 19, primórdios da “política democrática liberal”. Ele tornar-se-ia um grande inspirador de Tancredo Neves, conta dr. Tidinho.
 
Pensamento tancrediano
 
Os aspectos centrais do pensamento político de Tancredo Neves foram elaborados nos anos 1930 e 40, segundo o professor de filosofia José Maurício de Carvalho da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). “A estas ideias ele foi fiel até o fim da vida, quando foi eleito Presidente da República.”
 
No artigo “Os elementos centrais do liberalismo social de Tancredo Neves” (Revista Academia de Letras de São João del-Rei, Ano IV, nº 04, 2010), Carvalho diz que foi no período de nascimento da República Nova, nos anos 30, “que se forma o pensamento político de inspiração liberal, católico, republicano e democrático desenvolvido por Tancredo Neves nas décadas seguintes”.
 
Tancredo construiu seu pensamento político com o propósito de preservar a liberdade pessoal, fortalecer a República e assegurar sua independência, observa Carvalho. Tanto que, contra o rumo autoritário da revolução de 32, ele defendeu a convocação de Assembleia Constituinte “que assegurasse a preservação e aperfeiçoamento dos mecanismos da representação e a manutenção do estado de direito”.
 
O pensamento de Tancredo, segundo Carvalho, está calcado na defesa de ideias como reformas políticas/reforma do homem brasileiro; transformações da sociedade pela “maturação e, sobretudo, educação das pessoas”; liberalismo com “forte sentido histórico”; “representação” como base da República (“sociedade é uma reunião de sujeitos livres”) e, portanto, “eleições livres e democráticas”; questão moral na representação política; liberdade econômica com preocupação social; “noção de justiça (...) incorporada no liberalismo do seu tempo” em sintonia com as teses dos liberais europeus.
 
Carvalho lembra que Tancredo foi preso e afastado do cargo de vereador em São João del-Rei (havia sido eleito pelo Governo Revolucionário). Em aparente contradição, participaria no governo Vargas dos anos 50. Justificou sua participação naquele governo como “a oportunidade de melhor defender princípios liberais e democráticos”. Esclareceu que “o governo Vargas, eleito democraticamente, era, na prática e nos fundamentos, diferente do anterior que ele combatera”. Além da legitimidade conferida pelo voto popular e do respeito ao estado de direito, Tancredo viu no governo eleito “um instrumento de transformação social e econômica do país, preservada a ordem constitucional e outros princípios fundamentais do pensamento liberal”.      
 
Outros aspectos do pensamento de Tancredo eram o reconhecimento da autonomia municipal e o desafio dos liberais de consolidar o perfil ideológico dos partidos políticos, assinala Carvalho. “O aperfeiçoamento da representação pedia partidos sensíveis à tradição brasileira e com forte senso prático, de modo a resolver as questões mais urgentes da sociedade que eram: o regionalismo e o esquerdismo autoritário, no plano político, e a ignorância, a doença e a pobreza, no social.”
 
Nos anos seguintes, Tancredo esteve envolvido com as principais questões políticas da sociedade brasileira até a sua morte em meados dos anos 80, diz Carvalho, sempre fiel às ideias políticas que formou nos anos 30 e 40. À medida que ganhava projeção nacional, contudo, ele se consolidava como liderança regional importante, observa o professor da UFSJ. “Ele sempre foi liderança regional muito forte, principalmente pela projeção nacional.”
 
PSD e UDN
 
Quando dr. Tidinho, ainda jovem, começou a participar de política na década de 1940, o seu pai, o médico Euclides Garcia de Lima, já era secretário do Partido Social Democrático (PSD) em São João del-Rei. Dois partidos predominavam na época: o PSD, liderado por Augusto Viegas - que logo percebeu o potencial de Tancredo Neves para a vida pública e o convidou a deixar a Promotoria - e a União Democrática Nacional (UDN) cujas principais lideranças eram Mateus Salomé e Gabriel de Rezende Passos. Um terceiro partido, o Partido Republicano (PR), era liderado por Cristovão Braga.
 
Esses três partidos mantinham a tradição política são-joanense que extrapolava as fronteiras municipais, observa dr. Tidinho. “Inspirado nela, São João del-Rei tornou-se polo referencial de política salutar, ideológica, sempre voltada para o bem comum. Acho que o dom para a política dos inconfidentes de São João del-Rei e região impregnou a mentalidade de nossa gente de exercer a política saudável em nome do bem-estar do povo.” Nesse sentido, destaca dr. Tidinho, “os políticos não eram inimigos, mas sim adversários. E não existia a famigerada corrupção porque os políticos lutavam por ideais”.
 
Alguns desses políticos eram empresários principalmente do setor de tecelagem. É o caso, por exemplo, de José do Nascimento Teixeira que, segundo Augusto Viegas, dirigiu, a partir de 1906, a fábrica de tecidos originária da Companhia Industrial Sanjoanense, instalada em 1891 por Antônio Moreira da Costa Rodrigues e outros. Em 1919, passou à Fábrica de Tecidos Esperança – mais tarde Cia Têxtil São-Joanense – dirigida por José Couto Filho. Chegou a ter 500 operários na fiação de algodão e na tecelagem especial de zefires, cobertores e flanelas.
 
A Fiação e Tecelagem João Lombardi S.A. – resultado da fusão da Fábrica de Tecidos Brasil com a Fiação e Tecelagem Matozinhos S.A. – era presidida por João Lombardi e gerida pelo filho José Lombardi. Com 600 a 650 operários, produzia brins, flanelas, colchas e cobertores.
 
A Fiação e Tecelagem São João Ltda., fundada em 1946, teve Tancredo Neves como presidente, João Hallack como gerente e Acíbio Hallack como tesoureiro. Ocupou mais de 500 operários na produção especialmente de flanelas. Já a Fiação Dom Bosco, cujo presidente foi César Gonçalves e gerente, Osmundo Lodi, era especializada na fabricação de tecidos finos e chegou a empregar cerca de 200 operários.
 
Entre os dirigentes da Associação Comercial de São João del-Rei, fundada em janeiro de 1903, figuram nomes ligados à política como o próprio José do Nascimento Teixeira e Agenor Simões Coelho.   
 
Partidos sem ideologia  
 
Dr. Tidinho recorda dos comícios – não existiam showmícios – nos quais “o ideário político era difundido através de belíssimos oradores que encantavam multidões com a sua oratória”. Influenciadas por este ambiente, famílias tradicionais começaram a participar da política, dividindo-se basicamente entre os dois principais partidos. Assim, nas fileiras do PSD alinhavam-se famílias como Lombardi, Viegas, Baccarini, Hallack, Garcia de Lima e Neves. Já na trincheira da UDN aninharam-se as famílias Mateus Salomé, Nascimento Teixeira e Simões Coelho, entre outras.
 
Com a ditadura militar, houve migração natural do PSD para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e da UDN para a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) - o PR já não existia - e suas sublegendas. Nessa migração, houve algumas defecções do MDB rumo à ARENA, “provavelmente temendo cassações ou em busca de benesses”. A chapa Octavio de Almeida Neves e dr. Tidinho (vice), por exemplo, foi eleita em 1976, ao derrotar três candidatos em sublegendas da ARENA. Eles usaram o slogan “3 contra 1 e o povo contra os três”.       
 
Com o fim do bipartidarismo, a legislação eleitoral estimulou a proliferação de pequenos partidos, “pessoas que mudam de partido simplesmente em busca de vitória”, critica dr. Tidinho. “A ideologia está relegada ao segundo plano, nesta altura do campeonato.”
 
Dr. Tidinho lembra com saudade de 1988, quando participou de reunião em Belo Horizonte, coordenada pelo então deputado Pimenta da Veiga, para ouvir lideranças nacionais, como Fernando Henrique Cardoso, José Richa, Franco Montoro e Mário Covas, sobre a fundação do PSDB. Ele foi indicado para coordenar a criação do partido em São João del-Rei, cujo grupo foi  integrado por Milton Viegas, Diomedes Garcia de Lima, Roberto Veloso, Francisco de Barros e Afonso Nogueira. A primeira reunião foi no consultório do médico, e o grupo conseguiu 600 assinaturas para a comissão executiva municipal provisória. A família Neves permaneceu no PMDB, inclusive Aécio Neves que em 1989 se juntou ao novo partido.  
 
A esta altura, as famílias tradicionais de modo geral já abandonavam a política são-joanense. “Aquele ritual de famílias na política já estava acabando”, resume dr. Tidinho. “Hoje, as famílias já não participam com a intensidade de antes. As grandes lideranças ideológicas perderam o entusiasmo, os partidos perderam muito do seu potencial, a cidade ficou entregue a lideranças individuais.” Exemplo é o prefeito Nivaldo Andrade para quem partido (no caso o PMDB) não importa. “O partido é ele, o poder é ele”, sintetiza dr. Tidinho.
 
Jogo político
 
O prefeito Nivaldo Andrade pretende disputar a reeleição, em caso de o resultado do julgamento do TJMG ser favorável a ele. E para isso espera o apoio do PSDB e conta com a proximidade com o senador Aécio Neves e o governador Antonio Anastasia, segundo reportagem do jornal “Ora Pro Nobis” (edição 04, Ano 01, nov./dez. de 2011) do curso de Comunicação Social da UFSJ.  Outro ponto favorável ao peemedebista é a base de apoio majoritária na Câmara Municipal, de acordo com a vereadora Magui Fátima Silva Nascimento, presidente do PMDB de São João del-Rei.   
 
Nivaldo Andrade ainda é um candidato muito forte em São João del-Rei, admite dr. Tidinho. De fato, existe a “possibilidade” de coligação do PSDB com o atual prefeito nas próximas eleições, dependendo do resultado do julgamento no TJMG. Mas a maioria do diretório tucano prefere candidato próprio, “nem todo mundo aceita com bons olhos essa coligação com o Nivaldo, de acordo com minhas conversas na rua.”
 
O atual presidente do diretório municipal do PSDB, Ivan Augusto Assunção, confirma a possibilidade de acordo com Nivaldo, para evitar o risco de vitória do PT na terra do senador Aécio Neves, pré-candidato à presidência da República. “Seria “desagradável.”   
 
Oficialmente, tanto dr. Tidinho quanto Ivan dizem que os tucanos são-joanenses trabalham por candidato próprio a prefeito. Um dos três pré-candidatos é o empresário da construção civil e da contabilidade Renato Luiz Baccarini Filho, neto de Luiz Baccarini (Construtora Baccarini) e sobrinho de José Luiz Baccarini.
 
A família dos Baccarini chegou a São João del-Rei no início do século 20, conta Renato. “Meu avô era do PSD, muito amigo do Tancredo e estava sempre ao lado dele.” Já o tio José Luiz começou como vereador pelo PSD, foi deputado estadual (três mandatos) e deputado federal (parte dos mandatos já no MDB). 
 
Em 1970, o pai de Renato foi candidato pelo MDB a prefeito de São João del-Rei, convidado por Tancredo Neves, contra Mário Lombardi (ARENA), “sabendo que ia perder, mas o Tancredo precisava de um candidato de oposição”. Agora, Renato busca apoio dentro do PSDB para ser o candidato escolhido, mesmo sabendo da incerteza quanto ao futuro do partido na próxima eleição.     
 
Os outros dois pré-candidatos são o economista Aloísio de Barros, professor aposentado da UFSJ, e o jovem Altamiro Gonçalves, que desenvolve trabalhos na área social, com apoio do ex-governador Aécio Neves e do atual, Antonio Anastasia. “Vamos ver qual deles se viabiliza, com possibilidades de vitória”, diz Ivan Assunção.  
 
Ficha limpa     
 
O maior problema é se o julgamento no TJMG ocorrer depois das convenções partidárias, admite Assunção. Em caso de condenação, Nivaldo só poderia ser substituído por candidato do mesmo partido, no caso o PMDB. Por isso, Ivan acha que qualquer acordo deve ter via dupla, ou seja, tanto os tucanos poderiam apoiar candidato do PMDB quanto ser apoiado por ele. De qualquer forma, dr. Tidinho sente falta mesmo é do “grande maestro Tancredo Neves” que, nestes momentos, mantinha a “orquestra afinada” e, do alto da sua autoridade, dava o tom da música a ser tocada.
 
Um fato novo como a ficha limpa, próximo das convenções partidárias, pode mudar o rumo das alianças, concorda Adenor Simões. Além de Nivaldo Andrade, Simões aponta o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) como as duas outras lideranças de São João del-Rei “que devem ser respeitadas”. E lembra que o PSB está na base de apoio tanto do governo federal quanto do estadual, o que facilita coligações. “Estamos buscando alianças com outros partidos pra fortalecer a nossa chapa. Então, nos sentimos bastante à vontade pra estar fortalecendo as alianças.”
 
Simões deixa a porta aberta para uma aliança com os tucanos, depois de ter lançado candidatos próprios, em 2006 e 2010, a deputado federal e concorrido como cabeça de chapa para a prefeitura em 2008. “Nas últimas eleições para o pleito municipal, caminhamos juntos ao PSDB. Na de 2004, junto com o PT também. Construímos uma grande afinidade com o senador Aécio Neves. Isso nos faz candidatos a parceiros naturais do partido.”

PT vai de Helvécio
 
O professor José Maurício identifica no PT - não no PSDB - “o papel social-democrata de Tancredo”, que “naquele tempo era o liberalismo mais afeito às questões sociais dessa corrente”. Dr. Tidinho admite que o PT cresceu muito sob a liderança do deputado Reginaldo Lopes, mas lembra que  o pré-candidato Helvécio Reis “jamais participou de movimento político em São João del-Rei”.
 
O PT é o partido mais organizado da cidade, diz Leo Silveira, “e o que representa o perfil do povo sanjoanense, por ter em seu interior representantes dos vários setores da sociedade”. A confirmação da pré-candidatura à prefeitura ocorreu no dia 19 de maio, devendo ser homologada na convenção partidária de junho. Silveira espera ainda fazer acordo com outros partidos “que também concordam que a cidade pode mais e merece uma administração competente para resolver seus problemas”.
 
Independente do resultado do julgamento da ação contra Nivaldo Andrade, o presidente do PT local afirma que é “consciência corrente” dentro do partido de que “não podemos escolher nosso adversário e estamos preparados para enfrentar os cenários mais difíceis possíveis, e em ambos vemos com clareza a real possibilidade de vitória”.
 
Desafios
 
Com a campanha “Que cidade nós queremos?”, Simões, PSB, quer buscar respostas para a perda, ao longo do tempo, do valor da história são-joanense, das infinitas riquezas presentes em seu patrimônio e cultura. “Em cada canto, há sinais de descaso. Ruas sujas e mal cuidadas, esgoto a céu aberto, falta de segurança, ausência de políticas públicas para jovens e idosos, entre outros sinais de desinteresse à comunidade.”
 
Já na visão de João Afonso, presidente da ACI del-Rei e candidato do Partido Verde (PV) a vice-prefeito na última eleição, o maior desafio é criar uma “identidade econômica” para a cidade, como por exemplo Ubá (polo moveleiro), Nova Serrana (polo calçadista) e Resende Costa (artesanato do tear), “para que politicamente e estruturalmente direcionasse o seu crescimento”. O potencial de São João e região é muito grande, explica, pois “temos história, artesanato, turismo, cultura, indústria, mineração, religião e comércio, mas nada bem trabalhado ou explorado; o que temos visto sucessivamente são políticas simplesmente assistencialistas, sem resultados. Não conseguimos resolver problemas básicos de saneamento, segurança, educação, saúde e lixo, dentre outros.”
 
Saúde, transporte público (“caro e de baixa qualidade”), drogas e estrutura urbana (“não comporta mais a realidade da cidade”) são problemas emergentes que não podem esperar, de acordo com Leo Silveira, PT. “Estes são alguns exemplos estruturais que não excluem os outros, como os de cunho social como emprego, educação e principalmente a inclusão social.” Assim, entende, é preciso iniciar “o planejamento e a formatação do nosso programa de governo que tratará mais pormenorizadamente de todos os problemas da cidade e os projetos para solucioná-los”.    
 
Uma das conseqüências da falta de direcionamento adequado da economia da cidade, na opinião de João Afonso, é a perda de competitividade e de arrecadação compatível com a necessidade de aprimoramento urbano-social. “Enfim, fica submissa ao favorecimento baseado no prestígio político de alguns; melhor explicando, passa a ser cidade do político tal, ao invés de, como citei, polo moveleiro, turístico, histórico, industrial etc.”
 
Por isso, Ivan Assunção, PSDB, afirma que um grande desafio é a reestruturação administrativa da prefeitura são-joanense. Faltou às últimas gestões, explica ele, mentalidade e vontade política de promover uma revolução administrativa no município. Assim, Ivan acredita que é preciso modernizar a gestão pública, o que exigirá pelos menos três administrações, para atrair investimentos e melhorar os serviços prestados, de maneira a melhorar as condições de vida da população.

Comentários

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    Chega de sasá mutemas, Precisamos de 1 bom administrador público e novos vereadores.
    Aécio precisa apoiar Helvécio reis para Prefeito.
    Precisamos de 1 administrador que permaneça no prédio da prefeitura trabalhando arduamente e não em casa.
    Revovação Já!


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