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Educação ambiental não formal: o caso do IRIS

27 de Marco de 2024, por Instituto Rio Santo Antônio

Nos últimos anos, as questões ambientais têm se tornado frequentes na mídia. Problemas como aquecimento global, eventos climáticos extremos e poluição em todas as suas esferas têm sido recorrentemente apresentados como consequências das atividades humanas cada vez mais intensas e predatórias dos recursos naturais. Diante dessas contradições ambientais intensificadas pela sociedade em que vivemos, urge a necessidade de repensarmos nossa forma de convivência com o planeta e certamente um caminho promissor é a educação ambiental. Nesse sentido, em Resende Costa, o IRIS (Instituto Rio Santo Antônio) tem sido referência.

A educação ambiental pode ser compreendida em três modalidades: formal, informal e não formal. A educação formal é institucionalizada e é regida por legislação específica, sendo a única modalidade obrigatória e legalmente legitimada, realizada geralmente dentro do ambiente escolar. Na educação informal, os indivíduos aprendem com o processo de socialização diário, acontecendo em situações e em espaços diversos. Já na educação não formal há maior flexibilidade nos objetivos, métodos, conteúdos, público-alvo e ambientes de atuação. Até a década de 1980, a educação não formal no Brasil tinha pouca importância, as atenções se voltavam para a educação formal. A partir de então, os processos de educação não formal se ampliaram.

A educação não formal é flexível no uso de espaços e pode se utilizar de diferentes cenários para atingir seus objetivos. Nesse sentido, locais cotidianos das comunidades podem ser espaços de atuação, tais como: praças, parques, praias, hortos, rios etc. Destaca-se que a finalidade da educação não formal é “abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais.” Assim, trabalha-se com a interação de informações visando à formação política e sociocultural do indivíduo.

A prática da educação não formal está muito relacionada com o terceiro setor, no qual atua a sociedade civil organizada, com destaque para as Organizações da Sociedade Civil, comumente conhecidas como ONGs. As Organizações Não Governamentais são entidades privadas sem fins lucrativos, com finalidade pública e contam com participação voluntária. Com a realização da Eco-92 no Brasil e a promulgação da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal 9.795/99), o viés da educação não formal voltado para a questão ambiental tomou fôlego e se diversificou, especialmente com apoio das ONGs.

Atuando na questão ambiental em Resende Costa, destacamos a Associação Instituto Rio Santo Antônio, fundada no dia 29 de dezembro de 2009.  Nos seus quatorze anos de atuação, o IRIS já realizou vários eventos e ações com um viés ambiental e educativo. Dentre os principais estão: realização de bloco de Carnaval com temática ambiental, distribuição de materiais educativos, participação em seminários de meio ambiente, Luau nas Lajes, projeto Cine Mirante, caminhada ecológica na Fazenda do Pombal, ação voluntária de limpeza das Lajes de Cima, elaboração de projeto socioambiental do manancial de abastecimento da cidade, participação em comitês de bacia hidrográfica, Revista IRIS, coluna ambiental no Jornal das Lajes, projeto lixeiras artesanais recicláveis, coleta de lixo eletrônico, gincana ecológica em escola, projeto Renascentes, Projeto de  institucionalização do Parque Capoeira Nossa Senhora da Penha, inauguração de um Playground Ecológico, projeto Ecoturismo nas Montanhas e participação no Colmeia de Resende Costa.

Apesar da vitrine da ação coletiva e altruísta das ONGs ambientalistas, os desafios são significativos. O IRIS, por exemplo, enfrenta questões, como: pouca participação da população nos eventos realizados, dificuldades em renovar o quadro de filiados da associação e na articulação com órgãos públicos e com outras entidades para a realização das ações, morosidade nas ações que dependem de terceiros, falta de recursos financeiros e de equipamentos para vistoria em campo e para produção de audiovisuais.

Por fim, para termos mudanças significativas em nosso planeta, precisamos avançar nas causas coletivas, sendo que as associações do terceiro setor são um caminho promissor nesse quesito. Junte-se a nós do IRIS na causa ambiental, você faz toda a diferença.

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