BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: 7 de setembro de 2022: 200 anos da Independência do Brasil


Política

Paula Chaves Teixeira Pinto*0

No último dia 7 de setembro de 2022, comemoramos os 200 anos da Independência do Brasil. As ruas do centro da cidade de Resende Costa foram tomadas por estudantes, professores, pedagogas, administrativos e operacionais das escolas do município que, ao som da “Canção do Expedicionário” e de alguns dobrados entoados pela Banda Santa Cecília, desfilaram e embelezaram a festa da Independência do Brasil. No dia da maior festa cívica do país, celebramos com desfile escolar o Brasil. Estavam presentes autoridades e servidores do executivo e do legislativo municipais e servidores do judiciário e segurança pública, além, é claro, de nossos munícipes que foram participar da maior evento cívico do país.

Comemorar os 200 anos da Independência do Brasil significa recordar o nascimento do Estado Nacional do Brasil e a formação da nação brasileira. A Independência proclamada no dia 7 de setembro de 1822 teve como fundamento a luta pela liberdade política, a luta pela soberania do Reino do Brasil frente às Cortes portuguesas e o direito de autogoverno dos brasileiros, princípios iluministas que ainda se fazem presentes no nosso Estado.

Na época da Independência, o Brasil fazia parte do Império Ultramarino português, que mantinha como ideal a grandeza de Portugal e suas colônias. No entanto, formas de entendimento diversas sobre a formação e os objetivos do “Glorioso Império” ultramarino português desencadearam disputas entre os reinos de Portugal e do Brasil, que culminaram com a ruptura dos laços que os uniam. Com suas particularidades que deixaram marcas no desenvolvimento futuro da nação brasileira, a independência do nosso país forjou o nascimento do Império do Brasil, um reino e uma nação soberana.

Como nação soberana, tudo estava por fazer: desde a constituição, as leis e os códigos até a formação da nação, passando pelo esforço empreendido para a manutenção da unidade territorial.

Construir a nação brasileira, o povo brasileiro, era criar uma identidade que uniria homens e mulheres que viviam nessa terra, que até o ano anterior, 1821, eram portugueses e, a partir de sete de setembro de 1822, passaram a ser brasileiros. A missão era difícil. Mas, ela foi cumprida!

200 anos após o grito do Ipiranga, nós temos nos elementos de nossa identidade aquilo que nos une: nossos traços culturais, linguísticos, artísticos, a nossa história, a nossa geografia, a nossa natureza, enfim, uma série de elementos que nos destacam como brasileiros e brasileiras.

Resgatando a “Canção do Expedicionário”, devemos nos unir e comemorar nossa soberania, nossa liberdade, nossa democracia, nosso Estado de Direito e buscar mais, buscar melhor e tornar o nosso país melhor. Assim como os políticos portugueses, diante da crise instaurada pela expansão de Napoleão Bonaparte pela Europa (destituindo as monarquias absolutistas), viram a oportunidade de recriar no Novo Mundo o poderoso império, vamos, nesta festa cívica, comemorar a grandeza do Brasil, as boas qualidades dos brasileiros e a nossa riqueza. Como cantamos no Hino Nacional, “o Brasil, um sonho intenso, um raio vívido/ De amor e de esperança à terra desce”, é “Gigante pela própria natureza, és belo, és forte, impávido colosso” e em nosso futuro espelha toda essa grandeza.

Para encerrar, volto à “Canção do Expedicionário”, que, ao relembrar as diferentes origens dos pracinhas, reforça a grandeza e a beleza do Brasil. Homens que vieram do morro e do engenho, da selva e dos cafezais, da terra do coco, das montanhas alterosas, das praias sedosas, dos pampas e dos seringais, das margens crespas dos rios e dos verdes mares bravios... sejamos orgulhosos de sempre voltarmos para casa, para o nosso lar, para o nosso país, para o nosso Brasil. Que por mais terra que percorramos, sempre possamos reconhecer nossa grandeza e nosso brilhantismo.

Que a comemoração dos 200 anos da Independência reforce em nós, brasileiros e brasileiras, sentimentos positivos do Brasil. Afinal, o Brasil embeleza a América, iluminado ao sol do Novo Mundo! E “nossos bosques têm mais vida e nossa vida no teu seio mais amores”.

 

* Doutora em História, Secretária Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Resende Costa.

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