Já se passaram alguns anos que ele começou, se não me engano em 1985, quando adiantaram o fuso horário em algumas regiões, no sentido de economizar energia.

No meu tempo de criança (faz pouco tempo) já tínhamos este calor, chamado por alguns de veranico. Para aproveitar mais o tempo, no final da tarde, junto com os colegas da rua, ficávamos a jogar bola e brincar de pique-esconde, rouba-bandeira, pegador e queimada. Também andávamos de bicicleta (ainda que para alguns, ter bicicleta era artigo de luxo) jogávamos baralho (mau-mau), bolinha de gude, finca e as meninas brincavam de amarelinha (clube da Luluzinha). Também andávamos na enxurrada (às escondidas de nosso pais que preocupados ficavam, receosos de gripe ou constipação). Era bom pegar o bodoque (estilingue) e guerrear com as mamonas. Sem falar nas árvores, sendo elas frutíferas ou não, que estávamos sempre a escalar.

Mas tínhamos a nosso favor, a Maria Branca (mais que empregada e babá de alguns; era nossa protetora, pois sempre estava a nosso favor, com a sua gargalhada diferente. No intervalo destas brincadeiras de verão, tínhamos pipoca, fosse salgada ou adocicada com pó de chocolate, para alguns hoje, NESCAU. Refrigerante? Só em época de aniversário. Podíamos também comer banana frita ou assada na manteiga e canela. Ainda assim, o calor era atormentador. Hoje, não temos mais a nossa Maria Branca, que foi chamada para o andar de cima, para merecido descanso...

O tempo passou e as brincadeiras de criança são outras: Noteboke nas mãos, Facebook, WhatsApp e diversos jogos eletrônicos, seja onde estiver. No restaurante, na fila do cinema, na porta do shopping à espera da “galera”. Enfim, novos tempos, novas idéias... Será que as crianças de hoje trocariam estas diversões pelas nossas? Duvido!

Enfim, o calor continua e o horário de verão está para terminar neste próximo sábado, com promessa de chuva

Resta saber, quando a humanidade vai se conscientizar da importância da água, pois o que vemos a todo instante, seja nos condomínios de luxo ou em algumas instituições, o desperdício é constante. É mais fácil, ligar a mangueira sobre os passeios do que fazer a varredura para tirar o pó. Tomara DEUS que haja mudança, pois a água de que tanto precisamos pode virar artigo de luxo...