Nossas escolhas constroem o futuro


Editorial

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A edição deste mês do Jornal das Lajes, a primeira de 2024, traz como destaque de capa um balanço de 2023 e aponta perspectivas econômicas para o ano novo. Reportagens elaboradas pelo jornalista e editor-regional José Venâncio de Resende destacam as tendências para o mercado imobiliário em Resende Costa e São João del-Rei. Se em 2023 notou-se uma mudança de perspectivas na procura por imóveis urbanos (lotes, residências etc.), superando a demanda por imóveis rurais, o que esperar de 2024?

Não é novidade nenhuma afirmar que a economia é a locomotiva que traciona os rumos da sociedade, influenciando a política, o desenvolvimento humano e social. Ela determina os preços dos bens e serviços que consumimos, afetando, assim, o emprego e a renda, moldando, por conseguinte, políticas governamentais.

Considerando, portanto, essa premissa, é oportuno iniciarmos o ano com nossos olhares atentos e voltados para a economia e seus movimentos. Quais setores serão mais impactados? Como o mercado se comportará ao longo deste ano frente aos fatores ambientais, sociais e políticos no Brasil e no mundo? E as eleições municipais, até que ponto a economia influenciará na escolha dos eleitores para prefeitos e vereadores? Perguntas para as quais temos somente conjecturas, previsões, perspectivas. Não há para elas, evidentemente, respostas afirmativas e conclusivas.

Quando nos propomos a fazer um balanço de fatos pretéritos a fim de tentar alçar perspectivas para cenários futuros, um caminho nos torna luminoso. Trata-se de um exercício que nos impele a elaborar planejamentos, ainda que o que colocamos em nossas planilhas, seja na vida pessoal e/ou profissional, não se concretize conforme almejamos. Mas é importante iniciar uma nova empreitada de vida partindo de um planejamento.

O ano de 2023 iniciou-se de forma conturbada com a invasão, no dia 8 de janeiro, dos prédios do Congresso Nacional, do STF e o Palácio do Planalto. Mal começara o ano e já se sentia certa instabilidade política pairando nos ares de Brasília. Um ano se passou, a democracia se sustentou e, de trilho e em trilho, o Brasil caminhou até 2024 sem tantas turbulências.

Diferentemente do início de 2023, o que esperamos para este início de ano é que a política colabore com a economia. Que não haja instabilidade grave a ponto de ranhuras ideológicas influenciarem negativamente os rumos do desenvolvimento econômico e social no país.

Quando falamos em política e economia, não podemos dissociar do comportamento humano essas duas ciências que se entrelaçam. Somos nós, enquanto atores políticos viventes em sociedade, quem fazemos a política e movimentamos a economia através de nossas escolhas, dos nossos empreendimentos e, sobretudo, da nossa participação no contexto e na vida da sociedade.

Por enquanto, o que podemos vislumbrar para o ano novo são tendências medidas por estatísticas, números, comparações e gráficos. Porém, o que de fato acontecerá vai depender decisivamente das posições de cada um de nós no complexo tabuleiro do xadrez social. Quais jogadas faremos? Quais serão nossas estratégias no jogo da vida e da sociedade neste ano que se inicia?

Ao virar o velho calendário e iniciar uma nova página, temos, mais uma vez, a oportunidade de assumir o senhorio da história, o protagonismo social, político e econômico que nos é dado enquanto cidadãos livres, porém responsáveis pelas decisões que tomamos.

As conquistas e prosperidades que desejamos para 2024 dependem das escolhas que faremos. Façamos, pois, boas e inteligentes escolhas; priorizemos o coletivo em detrimento do individualismo; saibamos cultivar e tornar fecundos os momentos de paz; fujamos das instabilidades e tormentas e plantemos ações que geram frutos maduros de harmonia, crescimento, tolerância e cordialidade.

A pax que desejamos para nós, para nossas famílias e para o mundo precisa ser construída por e a partir de cada um de nós. Não deixemos para dezembro o que podemos começar a edificar em janeiro.

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