De 2 a 13 de fevereiro, Resende Costa mergulhou no Carnaval. Neste ano, o RC Folia apresentou algumas novidades, porémmanteve as tradições, agradando a maioria dos participantes.
O prefeito em exercício Lucas Paulo avalia a realização da festa mais popular do país. “O Carnaval desse ano foi muito positivo em todos os segmentos. A gente sabe da dificuldade de organizar uma festa com tantos dias, mas acreditamos que o resultado foi muito positivo. A sensação [que tivemos] dos foliões é que o Carnaval de Resende Costa está, mais do que nunca, vivo. Tivemos uma grande participação da comunidade local, inclusive com a criação de novos blocos. Nos dias oficiais, contamos com a participação da comunidade nos blocos tradicionais e também de foliões visitantes vindos para a nossa cidade, isso foi muito importante”.
O secretário de Turismo, Artesanato e Desenvolvimento Econômico, Edmar Assis, destacou o aumento significativo no número de turistas e a diversidade de atrações como pontos altos da festa. “Constatamos um aumento significativo de turistas que curtiram os dias de folia em nossa cidade”. Ele ressaltou o papel da divulgação nas redes sociais e a participação da iniciativa popular na criação de novos blocos. “Através de redes sociais, com artes criativas, vídeos e folders, fizemos uma bela divulgação de todas as atrações previstas para este ano, tivemos participações de DJs, bandas musicais, blocos no pré-carnaval, além da criação, por parte da iniciativa popular, de blocos nos dias oficiais, um diferencial que caiu nas graças de todos. As estruturas utilizadas neste ano foram fundamentais para que os foliões pudessem ter o maior conforto possível e curtirem o Carnaval com segurança”.
Já para o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, André Eustáquio, houve uma virada de jogo em 2024. “Tivemos a sensação muito forte de que o nosso Carnaval neste ano agradou a maioria dos foliões, dada a grande participação do povo nos blocos do pré-carnaval e, principalmente, nos dias oficiais, entre 9 e 13 de fevereiro. Percebi não só um aumento considerável de foliões na rua Gonçalves Pinto, especialmente nas noites de sábado e segunda-feira de Carnaval, mas um público animado. Havia muitos anos que eu não presenciava um público tão grande e animado nos dias oficiais do Carnaval de Resende Costa. Portanto, trazer de volta os foliões para a avenida tornou-se um desafio para nós organizadores. E neste ano conseguimos começar a virar o jogo, atraindo, através de uma programação diversa e que contempla os mais variados gostos e públicos.Afinal, carnaval de rua, como o nosso, é manifestação popular, ou seja, dependemos da animação dos foliões”.
André destaca a participação e o papel do Poder Público na organização do evento.“É claro que é dever do Poder Público oferecer segurança, estrutura e também programação, mas quem faz a festa na rua são os foliões. Neste ano, tive a nítida sensação de que conseguimos trazer de volta o público e, principalmente, a animação para os dias oficiais do nosso carnaval”, avalia.
As novidades na programação
Quem gosta de Carnaval se esbaldou com uma programação extensa. No entanto, para fazer uma festa de muitos dias são necessárias atrações que chamem a atenção. E além daquelas mais tradicionais é preciso inovar. O secretário de Cultura, responsável pela organização do evento, disse todo o planejamento da programação e da estrutura foi articulado e discutido pela Comissão Organizadora. “Desde o começo do planejamento da festa, quando montamos a Comissão Organizadora, discutimos sobre o que inovar e o que manter, sobretudo em se tratando de programação. Entre tantas ideias, chegamos ao consenso de que é importante oferecer atrações que contemplam os mais diversos gostos. Neste ano, incentivamos a criação de blocos nos dias oficiais. E conseguimos resultado. Desfilaram os bloco da Sangue Azul, o Cabeção, o Túnel do Tempo, o Fogão e o Galoucos. Com certeza a presença de blocos nos dias oficiais fez toda a diferença no quesito animação. Destaco também o carnaval das crianças, as matinês. Que bom ver de volta as crianças brincando carnaval com seus pais nas tardes das matinês! A animação das crianças no Bloco dos Palhacinhos, organizado pelo Douglas Cobucci e pelo Osvaldo Otelo, do IRIS, foi algo sensacional. São essas manifestações culturais que somam para que tenhamos um carnaval animado e diverso”, avalia André.
Blocos do Cabeção e do Fogão na avenida
O Bloco do Cabeção voltou para a avenida. De forma diferente, sem os tradicionais bonecos cabeçudos, mas com uma novidade: uma bateria criada pelo povo. André Eustáquio elogiou a iniciativa dos organizadores. “O que dizer sobre o retorno do Bloco do Cabeção na segunda-feira de Carnaval? A animação dos foliões que o bloco arrastou diz por si só. Foi muito emocionante ver de volta esse tradicional bloco que faz parte da folia resende-costense. Parabenizo os organizadores pelo trabalho sensacional que fizeram. Neste ano, em pouco tempo, conseguiram criar uma bateria. Isso é maravilhoso. Falei com alguns organizadores que o Bloco do Cabeção não pode acabar. Ele faz parte da cultura carnavalesca de Resende Costa. O povo gosta, o folião espera pelo bloco na segunda-feira de Carnaval. Tomara que a iniciativa dos organizadores do bloco de criar uma bateria inspire novas ideias em nossa cidade, para diversificarmos e criarmos novas atrações, novos blocos nos dias oficiais de carnaval”. E destacou o tradicional Bloco do Fogão.“O Bloco do Fogão está presente no nosso Carnaval desde 1998. E, mais uma vez, foi um sucesso na segunda-feira, mantendo a tradição e atraindo novos adeptos. Muita gente acompanhou o fogão pelas ruas da cidade, inclusive eu, comendo linguiça com angu e tomando uma cachaça. Isso é tradição, isso é carnaval popular que devemos sempre incentivar”.
Adrielle Fonseca Barros é de Belo Horizonte, mas tem parentes em Resende Costa e aproveitou as férias para curtir a festa. Ela aprovou a programação. “Eu não sou a maior foliã que existe, mas gosto de Carnaval. Gosto de ver as pessoas se divertindo. E foi possível curtir de uma maneira legal a festa em Resende Costa. Acho que a programação musical foi boa e deu para agradar o público. O tempo colaborou também. Achei muito bom o momento para as crianças, durante o dia. Tá aprovado”, disse a mineira.
Sandra Santos também elogiou o Carnaval da cidade natal. “Foi muito bacana. Os melhores dos últimos anos. Sei que nem tudo agrada a todos. Na minha visão, os blocos de segunda e terça-feira são desnecessários, porque não tem muita gente. Mas é só essa a minha crítica, na verdade não é crítica, é uma consideração. Achei muito bacana tudo. Muitas pessoas vão para Prados, Tiradentes ao invés de prestigiarem a festa daqui. Eu acho que esse ano mostrou que as pessoas podem e devem ficar em Resende Costa, o nosso Carnaval é lindo, assim como o de Belo Horizonte e de outras cidades, e aqui estamos em casa. Isso é maravilhoso e o mais importante”.
Sobre o número de blocos, André Eustáquio destaca. “O nosso Carnaval é popular. Sem a participação ativa e animada do povo, a festa não acontece de fato. Por que o pré-carnaval é tão animado? Porque o povo adora os blocos, as pessoas se fantasiam, acompanham a bateria do Rifugo e a Fanfarra Furiosa. São oito dias de bloco e vemos os foliões animados. Claro que há dias com menos participação; contudo, de forma geral, especialmente neste ano, a presença dos foliões nos blocos fez de novo a diferença. Destaco a quantidade de gente nos blocos do Pijama e no das Domésticas. Essa participação do povo traz um desafio maior para nós organizadores, que é incentivar cada vez mais o pré-carnaval, investir em melhorias e garantir a segurança. Afinal, a cidade vem recebendo inúmeros visitantes que querem curtir os blocos e o intervalo deles em frente ao Posto São José, na rua Padre Joaquim Carlos. Precisamos incentivar cada vez mais essa iniciativa popular que consagrou o nosso Carnaval”.
