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Tinha que ser você / A Onda / Xeque-Mate

13 de Julho de 2010, por Carina Bortolini

Tinha que ser você

Começo me desculpando pela ausência no mês passado, que se deveu a uma pós-graduação que me tomou mais tempo que o desejado. O fato é que os filmes foram se acumulando e demorei a decidir quais escolheria para indicar nesta edição. Escolha feita, espero que gostem!

TINHA QUE SER VOCÊ (Last Chance Harvey, Inglaterra/EUA)
Gênero: Romance / Drama / Comédia
Direção: Joel Hopkins
Tempo de duração: 92 min.
Ano: 2008


Chega a ser engraçada a classificação do gênero, mas é por aí mesmo: há romance, há drama, há humor. Kate (Emma Thompson) é uma inglesa de meia-idade que vive às voltas com sua mãe controladora e encontros arranjados (invariavelmente mal-sucedidos). Harvey (Dustin Hoffman), um decadente compositor de jingles publicitários nos EUA, vai a Londres para o casamento de sua única filha. O encontro dessas duas pessoas solitárias e com muitas decepções e frustrações na bagagem resultará numa sensível e engraçada história, com a qual o telespectador facilmente se identificará por sua verossimilhança. A leveza e a naturalidade das atuações dos consagrados Hoffman e Thompson conferem elegância e profundidade ao que poderia ser mais uma comédia romântica. Sem qualquer traço de pateticismo ou pieguice, o filme aborda de maneira genuína o que muitos dizem ser o mal do século: a solidão. Classificação: 12 anos.

A ONDA (Die Welle, Alemanha)
Gênero: Drama
Direção: Dennis Gansel
Tempo de duração: 107 min.
Ano: 2008


Em 1967, numa escola secundária americana, o professor William Ron Jones realizou um audacioso experimento em sua sala de aula. Com fins pedagógicos, ele simulou a criação de um regime totalitário fascista com seus alunos. As inesperadas consequências desse simulacro inspiraram o diretor Dennis Gansel, que situou na Alemanha hodierna o desdobramento de tais acontecimentos. Em uma aula sobre autocracia, o professor Rainer Wegner (Jürgen Vogel) se sente desafiado quando um aluno afirma não haver possibilidade de ressurgimento de um Estado nos moldes nazistas. Propondo uma experiência, a princípio, de uma semana, Wegner começa exigindo o uso de uniformes e tratamento formal quando os alunos se dirigissem à sua pessoa. Reforçando dia-a-dia nos estudantes o sentimento de pertencerem a um grupo, faz com que adorem um símbolo, uma saudação e um padrão de comportamento hierárquico. É assustador perceber como os alunos aderem à referida “onda”, atingindo rapidamente um fanatismo eufórico. Até o professor se rende, inconscientemente, às armadilhas do poder. O uso de um microcosmo para refletir como Hitler alcançou uma quase unanimidade entre os alemães, especialmente entre os jovens e foi a melhor forma de chamar a atenção para o perigo atual do totalitarismo. Chega a ser didático. Classificação: 14 anos.

XEQUE-MATE (Lucky Number Slevin, EUA)
Gênero: Ação / Suspense
Direção: Paul McGuigan
Tempo de duração: 109 min.
Ano: 2006


Quando este filme fora lançado, tive grande interesse em assistir a ele, mas não calhou à época. Tendo agora essa oportunidade, posso dizer que tal produção muito me empolgou! O elenco é estelar: Bruce Willis, Morgan Freeman, Josh Hartnett (colírio para os olhos femininos, muitos o comparam a Brad Pitt), Ben Kingsley e Lucy Liu. É aquele tipo de filme feito para entreter, e que cumpre muito bem seu papel. O jovem Slevin (Hartnett) é confundido com um amigo atolado em dívidas de jogo e acabará caindo nas mãos de dois chefões do crime nova-iorquino: os arquirrivais interpretados por Kingsley e Freeman. Para completar essa enrascada, Slevin se verá às voltas com uma charmosa vizinha aparvalhada (Liu) e um onipresente e misterioso homem (Willis). A ação competente e as bem engendradas reviravoltas do enredo fazem a diferença que destaca Xeque-Mate da maioria dos filmes do gênero. É diversão na certa. Classificação: 16 anos (cenas violentas).

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