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O Censo e os dados sobre religiãoem Resende Costa

23 de Agosto de 2023, por Edésio Lara

A história dos censos remonta aos tempos antigos e o mais remoto deles, de que se tem notícia, é o da China. Em 2238 a.C., o imperador Yao mandou realizar um censo da população e das lavouras cultivadas. Há também registros de um censo realizado, posteriormente, no tempo de Moisés, cerca de 1700 a.C., e de que os egípcios faziam recenseamentos anualmente, no século XVI a.C. Essas informações eu as busquei na internet, na página do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Censo vem do latim census e quer dizer “conjunto dos dados estatísticos dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação”. É a única pesquisa em que os recenseadores visitam todos os domicílios dos municípios brasileiros(cerca de 58 milhões em 5570 municípios, incluindo oDistrito Federal e Fernando de Noronha, distribuídos em 8.514.876,599 km² do país).

A história do censo no Brasil é antiga. Na segunda metade do século XVIII (a partir de 1750), a Coroa portuguesa, necessitando de pessoas capazes de atuar em defesa da Colônia, procurou saber como e onde encontrá-las. O censo daquela época, cuja coleta de dados se deu de forma direta, baseou-se em dados de pessoas livres e adultas fornecidos pela Igreja Católica, ou consultando número de funcionários públicos, entre outras fontes obtidas de organizações constituídas naquele momento. O objetivo da pesquisa foi de interesse estritamente militar.

Naquele período, o IBGE não existia. Ele foi criado em 1938 e realizou seu primeiro trabalho em 1940, quando, a partir de então, ficou decidido que a coleta de dados seria feita sempre a cada dez anos. Outras pesquisas realizadas anteriormente, como a primeira de 1872, não foram feitas com tanta organização e critérios estabelecidos desde a fundação do IBGE. Muita coisa mudou ao longo do tempo. Uma das novidades, por exemplo, foi a substituição do papel pela digitalização dos dados ocorrida em 2000, oportunizada pela inovação tecnológica, quando a população brasileira atingiu o número 169.799.170 pessoas. Em 1872, o primeiro censo apurou uma população de 10.112.061.

Agora, volto-me para um dos dados que interessam a muitas pessoas. Ele diz respeito à religiosidade dos resende-costenses. Em 2010 o instituto realizou o 13º Censo brasileiro e apurou que havia na cidade 5540 mulheres e 5373 homens, totalizando, portanto, 10.913 habitantes. Para 10.913 pessoas, havia 9637 declarados católicos apostólicos romanos, e 5 católicos ortodoxos. 127 disseram-se espíritas. Os 878 evangélicos se dividiram em 67 missionários, 463 pentecostais e os demais 348 não determinaram uma linha que seguiam. 46 eram Testemunhas de Jeová.18 não souberam responder e 167 declararam não ter religião. Os números mostram a maioria absoluta dos católicos, mas, sabemos todos que esses números vêm mudando.

Em 2010, 86,8% da população se disse cristã. O número de católicos era de 64,6 e os evangélicos 22,2%. Observou-se, então, que o número de evangélicos cresceu, enquanto a de católicos diminuiu. Em dezembro de2019, o Instituto de Pesquisa do Grupo Folha (Datafolha) fez umapesquisa e revelou que 50% dos cristãos brasileiros são católicos, enquanto os evangélicos são, 31%. O número de mulheres evangélicas superou ao de homens, sendo elas 58% e eles 51%.

É notório o crescimento de evangélicos no Brasil e nós teremos a chance de, em breve, saber como esses números foram apurados no Censo realizado no ano passado em Resende Costa. Mas não só o de evangélicos, mas, também, o de espíritas e outras religiões e daqueles que declararam não ter religião alguma. Tudo isso deverá trazer novidades, quando poderemos fazer uma comparação com o que foi levantado pelo IBGE em 2010 e com o que foi apurado pelo Datafolha há quase quatro anos.

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