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Anotou a placa?

15 de Agosto de 2018, por José Antônio

Segundo consta, o primeiro carro do mundo apareceu em 1886. Desde então, todo ano algo em torno de 60 milhões de carros aparecem no nosso planeta. São 165 mil carros por dia!

O impressionante é que a quantidade de carros no mundo aumenta num ritmo mais acelerado do que a população. As pessoas morrem e acabam sendo consumidas embaixo da terra ou nos crematórios. Mas... e os carros?

Ficam por aí. Uns até andam por aí.

Com tanto carro na história, o homem passou a entender melhor desses veículos. Mais do que entender, passou a amá-los. O carro é a extensão do homem. Somos tão íntimos de nossos carros que passamos a conhecer seus detalhes mais recônditos: alguém mexeu na posição do banco, o motor parece diferente, o retrovisor está esquisito...

Por outro lado, os carros passaram a entender e a traduzir o homem. Fazem isso pela sutileza das placas. Algumas são muito sinceras.

Foi o que aconteceu com o Pacheco quando se casou com a Zildinha. Pacheco tem fama de garanhão e a Zildinha é toda fogosa. Casal perfeito. Tão perfeito quanto a sintonia das placas dos carros do casal: o da Zildinha é CIO e o do Pacheco é PAU.

Parado no semáforo, vi um carro com a placa NUA e o carro ao lado com a placa OBA.

Já tive um carro com a placa KCT. Ao lado da minha vaga, estacionava sempre minha colega de departamento, com a placa DEU. Pra evitar a placa DNA, resolvi mudar de vaga...

Um dia viajando, dois carros me cortaram: TNT e BUM!

Ano passado, o dono de um lava-jato me contou que lavou, desinfetou e desodorizou um carro que tinha fezes em seu interior. A placa? Perguntei. Era KHI... (Duvido nada que o carro anterior do dono era PUM! Assim na placa como na biologia intestinal!)

E o PVC? Não é placa, é apelido de um conhecido meu: Paulo Vinícius Carvalho. O PVC se casou e comprou um carro com a placa BIA. Sua mulher é a Soninha e seu carro tem a placa LEO. Chumbo trocado não dói!

 Assim caminha a humanidade... Caminha não: dirige! Sobre quatro rodas, a vida sempre mostra que o mundo não tem quinas, pois é redondo. O mundo gira e, nesse carrossel de carrinhos motorizados, o existir se mostra ao mesmo tempo surpreendente e previsível. Se olhamos para cima, está escrito nas estrelas. Se olhamos para baixo, está registrado nas placas.

Ora direis, ouvir estrelas... ora direis, decifrar placas... Se bem que o primeiro acidente de carro no Brasil foi em 1897, no Rio de Janeiro. Um carro bateu contra uma árvore. Quem estava dirigindo era o Olavo Bilac!

Qual era a placa do carro dele? Ora direis...

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