Resenha

JL recomenda: “Turismo Macabro”

16 de Agosto de 2020, por Camila Chaves 0

Turismo Macabro é uma série documental produzida em 2018, cujo enredo principal trata da saga de um jornalista neozelandês chamado David Farrier, que viaja pelo mundo visitando pontos turísticos que contêm algumas histórias sombrias e inusitadas. Segundo David, ele sempre foi atraído pelo lado bizarro da vida. Então, decidiu investigar e se igualar às pessoas que viajam pelo mundo procurando destinos excêntricos e evitando o comum. Na série, ele visitou o México, Japão, EUA, Cazaquistão, Indonésia, entre muitos outros países.

No primeiro episódio, David visita Medellín, na Colômbia, e vai até a prisão onde Pablo Escobar esteve preso entre junho de 1991 e julho de 1992. Lá, o jornalista é guiado por Poppeye, Jhon Jairo Velásquez, um dos maiores capangas do narcotraficante. Também participa de uma simulação para atravessar a fronteira México–EUA ilegalmente. É uma atuação muito real, na qual os turistas são ameaçados com armas enquanto estão deitados no chão. Segundo ele, o intuito do passeio é desencorajar a população e mostrar o quanto a travessia da fronteira é perigosa.

Essas são apenas duas das visitas que ele realiza. Entre as outras, há um passeio até a floresta de Aokigahara, no Japão, muito conhecida pelo número de suicídios já realizados no local. Ele conhece também, em outro destino, pessoas que bebem o sangue umas das outras; um lago formado por uma explosão atômica, onde as pessoas nadam e pescam; passou pelo trajeto realizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos John Kennedy no dia do seu assassinato; entre outros lugares.  

Com alguns episódios muito mais interessantes e relevantes do que outros, David usa uma maneira descontraída para retratar as situações bizarras que são divididas em oito episódios.

Por não serem episódios muito grandes, são fáceis de “maratonar” e também muito válidos para quem se interessa pelo tema “viagem a lugares inusitados”.  

JL apresenta: História – direto ao assunto

12 de Julho de 2020, por Camila Chaves 0

“História: direto ao assunto” é um documentário lançado na Netflix em 2020 e que possui 10 episódios de aproximadamente 20 minutos cada. O documentário conta uma pequena história sobre diversos temas. Os episódios possuem formatos que remetem às videoaulas de história.

Cada episódio retrata um tema diferente, como a trajetória do fastfood e o quanto a população tornou-se dependente dele, além dos problemas de saúde que o mesmo acarreta às pessoas; a corrida espacial entre os EUA e a antiga URSS durante a Guerra Fria; a ascensão da China, que se torna potência econômica global; os plásticos, que se transformaram num grande problema ecológico; os robôs, que a cada dia substituem os homens em diversas atividades; o feminismo e a luta constante pela igualdade, entre outros.

Por não se tratar de episódios muito longos, é uma série fácil de maratonar. Os recursos didáticos favorecem a rápida compreensão sobre os diversos temas históricos tratados.

O documentário possui narrativa clara e instiga a pessoa a cada minuto. Vale muito a pena tanto para quem não domina os assuntos abordados, mas deseja se informar, quanto para quem quer apenas aprimorar o conhecimento a partir de diferentes curiosidades.

JL apresenta: Sergio

14 de Junho de 2020, por Camila Chaves 0

Produzido pela Netflix, o filme é baseado no livro “O homem que queria salvar o mundo”, de Samantha Power, e retrata a história do diplomata das Nações Unidas, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. O diplomata foi morto em 2003 em um bombardeio na sede da ONU em Bagdá, e é interpretado no filme pelo ator brasileiro Wagner Moura. O longa foi dirigido por Greg Barker, que produziu um documentário sobre o mesmo diplomata em 2009, também disponível na Netflix. São introduzidos tons românticos ao filme para se mesclarem com a história e mostrarem outros aspectos de sua vida, apresentando o romance do brasileiro com a argentina Carolina Larriera, interpretada por Ana de Armas.

O atentado terrorista em Bagdá vitimou 22 pessoas, incluindo Sérgio Vieira de Mello, que estava liderando um trabalho no Iraque. O brasileiro, literalmente, dedicou sua vida a esse trabalho humanitário que possuía grande importância, reforçando a impressão de alguém que amava o que fazia, mas que teve sua vida interrompida enquanto buscava planos e projetos para gerarem uma melhoria no mundo.

Apesar de quase duas horas de duração, o filme deixa um pouco a desejar por focar muito mais no romance dos protagonistas do que na real atuação de Sérgio nos mais de 30 anos representando a ONU. Mas, mesmo assim, é muito bom e possui uma narrativa bastante interessante. Vale a pena assistir para entender um pouco melhor o que se passou na época.

O Milagre na Cela 7

10 de Maio de 2020, por Camila Chaves 0

“O milagre na Cela 7” é um filme turco, lançado em 2019, e se encontra em 4º lugar no Top 10 de filmes vistos no Brasil hoje na Netflix. Trata-se de um remake de um filme sul-coreano que foi lançado em 2013.

O personagem principal, Memo, é interpretado por Aras Bulut Iynemli e representa um homem com deficiência intelectual, que vive com sua filha Ova (Nisa Sofiya Aksongur) e a avó Fatma (Celile Toyon Uysal). A família mora num pequeno vilarejo no interior da Turquia. A história se passa em 1980.

Eles levam a vida normalmente até que Memo vivencia o acidente da filha de um comandante e é taxado como culpado. Devido à sua deficiência, possui grande dificuldade em se explicar, sendo condenado à morte injustamente. Memo é espancado várias vezes antes de entrar na prisão e também ao chegar lá, quando seus colegas de cela descobrem o crime que, supostamente, ele cometera. Após passar por inúmeras dificuldades dentro da prisão, Memo convence a todos que convivem com ele que não é culpado, apenas mostrando o seu jeito de ser, sua inocência e leveza que carrega em seus atos e falas.

Proibido de receber visitas, seus amigos de cela fazem de tudo e até quebram regras para fazer com que Ova possa visitá-lo. A menina acaba comovendo todos que dividem cela com seu pai, fazendo amizade com eles. No final da história, Memo conta com a solidariedade e a ajuda de um dos colegas de cela, que está disposto a passar pelo pior só para ajudá-lo e fazer com que ele seja inocentado e livre para viver sua vida e não deixar sua filha sozinha, já que a avó Fatma falecera enquanto ele se encontrava preso.

O filme causa muita emoção a todos os telespectadores devido à linda relação que pai e filha mantêm entre si, principalmente por possuírem a mesma idade mental, o que mostra que Ova é muito madura e entende bem a situação do pai.

Vale a pena assistir para descobrir o final do enredo, ver como tudo aconteceu e como o filme tem se mantido no Top 4 da Netflix, chamando a atenção de todos.

Investigação Criminal

12 de Abril de 2020, por Camila Chaves 0

Na primeira edição da coluna de resenhas que o Jornal das Lajes apresentará a partir deste mês, trouxemos a série Investigação Criminal. Teve seu lançamento em 2018 no Netflix, quando seus direitos de exibição foram adquiridos pela plataforma, já que se tratava de um programa de televisão. Até agora, totalizaram oito temporadas com oito episódios cada. São vários documentários formados no formato de série e neles estão presentes casos de crimes famosos e que obtiveram grande repercussão no Brasil, como o dos Nardoni, Suzane Von Richthofen, Mércia Nakashima, Farah Jorge Farah, Champinha, Eloá Cristina, Caso Yoki, entre outros.

A série foi produzida pela Medialand e conta com a descrição dos investigadores, delegados e médicos legistas que foram responsáveis pelos casos. Em alguns episódios, a própria família ou amigos participam e falam sobre a vítima e como foi a tensão no momento real. Apesar de se tratar de um documentário que usa e abusa de termos técnicos, também há o uso de uma linguagem mais informal, o que facilita o entendimento.

A série possui a classificação etária de 16 anos, pois contém cenas fortes. Para melhor demonstrar a situação ocorrida, é apresentada uma ilustração que simula exatamente como foi o ocorrido e também sons, como de pessoas gritando e/ou crianças chorando. Os espectadores estão em dois extremos: ao mesmo tempo em que algumas pessoas acham bom, por deixar o mais perto possível da realidade, outras julgam desnecessário e dizem sentirem-se desconfortáveis.

Em uma visão geral, fez bastante sucesso. É muito admirada não só por pessoas que, assim como eu, são fascinadas pela área de investigação, como também por milhares de cidadãos que apenas prezam pela justiça e gostam de se inteirar das coisas que acontecem em nosso país. Vale muito a pena assistir.