Mais uma vez Flamengo! O ano de 1992 foi colorido de vermelho e preto com outra conquista do Urubu no Campeonato Brasileiro. A final foi emocionante: Flamengo e Botafogo fizeram uma decisão carioca. O Fla venceu na ida por 3x0 e empatou na volta em 2x2. Essa foi a segunda vez em que dois clubes cariocas decidiram o Brasileirão, a exemplo de 1984, quando Vasco e Fluminense fizeram a final. O Flamengo foi campeão vencendo 12 jogos, perdendo sete e empatando oito. Foram 44 gols pró e 31 sofridos. A artilharia também ficou no Rio de Janeiro, mas com o vascaíno Bebeto, que balançou a rede em 18 oportunidades. O craque era flamenguista: Júnior. E a grande revelação, também originada do Rio, foi Edmilson, do Vasco. Comandados pelo técnico Carlinhos, Gilmar, Charles Guerreiro, Júnior Baiano, Wilson Gottardo, Piá, Júnior, Uidemar, Zinho, Nélio, Paulo Nunes (Júlio César) e Gaúcho levantaram a taça.

A CBF resolveu "virar a mesa", mudar as regras e inchar o campeonato para 1993, que passaria a contar com 32 clubes já na primeira fase. A regra que definiu que subiriam 12 clubes para a Série A do ano seguinte foi definida em janeiro de 1992, antes do início da competição. Por conta da ascensão de 12 clubes, o Campeonato Brasileiro de 1993 teve também o seu formato alterado.

Cruzeiro e Atlético não fizeram um bom campeonato. A Raposa foi melhor e terminou em oitavo lugar. O Galo encerrou a temporada na 13ª colocação.

O mico também foi carioca. O Botafogo perdeu a cabeça com a arbitragem. Brito deu um soco em José Aldo Pereira após o árbitro marcar um pênalti seu no clássico com o Vasco, e Nilton Santos, então diretor alvinegro, agrediu Armando Marques na final.

 

O ano de 1992 marcou o reinado de Roberto Carlos na música. Os anos 1960 da Jovem Guarda passaram. O Rei, porém, não perdeu a majestade. A música mais tocada no ano foi "Detalhes", de Roberto Carlos, que, ainda hoje, tem seus versos conhecidos: "Não adianta nem tentar me esquecer...".