A historiadora resende-costense Larissa Ibúmi Moreira lançou, no dia 31 de janeiro na cidade de São Paulo, o livro “Vozes Transcedentes. Os novos gêneros na música brasileira”, da Editora Hoo. O evento aconteceu na Livraria Cultura, que fica no Conjunto Nacional na Avenida Paulista.

O livro retrata o surgimento, nos últimos anos, do movimento musical encabeçado por artistas LGBT. “Há muita coisa envolvida nesse movimento, não só a questão de gênero, mas de raça e classe”, disse Larissa em entrevista a Paloma Vasconcelos do site ponte.org.

Larissa reúne crônicas de 14 artistas, com gêneros e sexualidades diversas, abordando temas como o enfrentamento social, a luta por igualdade e a quebra de barreiras de gênero e sexualidade. Entre estas artistas estão as vocalistas trans Raquel Virgínia e Assucena Assucena, do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira, amigas de faculdade de Larissa (ela estudou História na Universidade de São Paulo-USP).

Larissa foi responsável por “conduzir e compilar num livro essas vozes”, como ela mesma sintetizou o trabalho em sua página no Facebook. “A sensibilidade deste livro está em lidar com vozes ainda muito silenciadas”, observa Larissa. “É preciso sempre lembrar que o Brasil é o país que mais mata a população LGBTQI+. É preciso lembrar de Dandaras, Luanas Barbosas, de tantos "meninos Alex". A lesbo/homo/trans/bi - fobia, o machismo, a hetenormatividade, a misoginia e o racismo matam cotidianamente tantas possibilidades de ser.”

Por isso, prossegue Larissa, “Precisamos usar nossos lugares de privilégio e procurar contribuir cotidianamente nessa luta. Precisamos exercer o lugar da escuta!”

Além de Raquel e Assucena, o livro conta as histórias de Rico Dalasam, Liniker, São Yantó, Linn da Quebrada, Tieley, Luana Hansen, Jup do Bairro, Tássia Reis, Erick Barbi, Luedji Luna, Paula Cavalcink e Johnny Hooker.

Link relacionado: https://ponte.org/vozes-transcendentes-fala-de-diversidade-na-nova-cena-musical-brasileira/