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Não ao negacionismo

15 de Julho de 2021, por Edésio Lara

Desde o início de 2020, convivemos com a disseminação do Coronavírus a partir das primeiras notícias que nos vieram da China. Conhecido como Covid-19, o vírus rapidamente se espalhou pelo mundo. E com a sua circulação, deu-se início ao que todos temiam: a morte de muitos que contraíram o vírus, principalmente os mais idosos. Tornou-se necessário conter o avanço desenfreado da pandemia.

Rapidamente, algumas palavras tornaram-se muito faladas por nós: pandemia, aglomeração de pessoas, quarentena, isolamento social, lockdown, isto é, o fechamento de tudo, além de home office, transferir o trabalho realizado fora (no local de trabalho) para o ambiente residencial...

De pronto, os especialistas começaram a nos informar da necessidade de adotarmos procedimentos fundamentais para evitarmos a contaminação pelo vírus: usar máscaras e álcool em gel, manter distanciamento social, lavar bem as mãos. Cumprimentar as pessoas, apertando-lhes a mão, trocar beijos e abraços, atitudes tão comuns para nós, brasileiros, nem pensar. Muitas pessoas levaram isso a sério, outras nem tanto. Começamos, então, desde março de 2020, a deixar de ir à escola, de frequentar igrejas, clubes, bares e restaurantes. As academias de ginástica fecharam suas portas, os salões de beleza também, mediante medidas restritivas impostas por autoridades governamentais. Não tivemos Carnaval, nem Semana Santa. Até festas em família precisaram ser evitadas. Desde então, nossa vida ficou complicada.

Enquanto isso, nossa atenção estava no noticiário promovido pelas rádios, TVs e jornais. E o nosso olhar fixo nos gráficos, que apontavam para o aumento da circulação do vírus e, o pior, para a sua curva ascendente indicando o número dos que vieram a óbito. A pandemia, ou “gripezinha”, assim chamada pelo Presidente da República, mostrou sua força quando passamos a conviver com centenas ou milhares de mortes diárias no Brasil. À velocidade dessa curva ascendente do gráfico, responderam os cientistas determinados a produzir, em tempo curtíssimo, uma vacina que pudesse nos tornar imunes à Covid-19.

Aqueles gráficos mostrados na televisão, que indicavam os número crescentes de infectados e de mortos ocorridos nos grandes centros urbanos, aos poucos tornaram-se realidade para as pequenas cidades, muitas delas sem a menor condição de dar assistência adequada aos que demandavam atendimento especializado de equipes médicas. Superlotação de UTIs, falta de insumos, de oxigênio e de pessoal para tratar os doentes contribuíram para que o número de mortes atingisse o meio milhão no último mês de junho.

E foi nos últimos três meses que vimos crescer o número de resende-costenses vitimados pela Covid-19. Nas redes sociais, as notícias de pessoas que contraíram o vírus e das que faleceram em decorrência dele nos deixaram assustados e temerosos. A perda de pessoas conhecidas nos foi impactante. Sem as costumeiras cerimônias de despedida dos mortos, a dor tornou-se ainda maior.

Foi nesse momento que o comportamento das pessoas também mudou. Atentas ao que recomendava o serviço de saúde municipal, o que vimos foi a diminuição de pessoas circulando pelas ruas à noite. Percebemos que a adesão da população ao uso de máscaras e ao distanciamento físico entre pessoas tornou-se realidade. Muitos que davam ouvidos às falas dos negacionistas, que não acreditavam nem recomendavam a vacinação como solução para o combate eficaz da pandemia, ao que parece, mudaram de opinião. Com o aumento de pessoas vacinadas e a mudança no comportamento (de respeito às recomendações simples, porém eficazes dos especialistas), notamos o declínio da curva do gráfico, que agora nos mostra número menor de infectados e, consequentemente, de mortos.

Vacina, sim! Cloroquina ou ivermectina ou ainda outros procedimentos comprovadamente inadequados parao combate ao Coronavírus, não! O que há de preventivo para conter a pandemia é a vacinação da população.

E viva o SUS!

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