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VIOLÊNCIA contra animais

12 de Fevereiro de 2019, por Edésio Lara

Um vídeo que circula pelas redes sociais, WhatsApp principalmente, é de dar nojo, de deixar qualquer um revoltado. Nele, um homem assentado em um bar se levanta e, gratuitamente, vai até um cachorrinho e lhe aplica algumas facadas. O indefeso animal não morreu na hora. Ficou se contorcendo de dor enquanto o covarde voltou para o lugar em que estava, pouco se importando com o sofrimento do pequeno cão. O sujeito foi identificado e posteriormente assassinado, com várias facadas, segundo informações da mesma rede social. Essa situação me pôs a pensar sobre maus tratos contra animais, principalmente aos cães. Seu abandono é um deles.

Sejam eles de raça ou não, são companheiros dos humanos. Não distinguem cor, raça ou classe social à qual pertence seu dono (pai humano). Fiéis e inseparáveis, podem ser ao mesmo tempo dóceis, ou extremamente violentos. Pitbul, hottwailer, dobermann, dogue canário, malamute-do-alasca, chow-chow, dogue alemão, são-bernardo, husky siberiano, pastor-alemão, formam uma lista de cães com características diversas que vão da fidelidade para com seus pais humanos à ferocidade quando têm seu espaço invadido por estranhos. Por outro lado, há os dóceis, fáceis de serem domados e verdadeiros companheiros para quem os tem: labrador, pug, poodle, beagle, maltês, shitzu e o bulldog inglês, entre outros.

Em Resende Costa, temos histórias envolvendo os cães e seus donos. Muitos ainda guardam na memória o Leão, um cachorro feroz da família do senhor Barbozinha, o farmacêutico. Tínhamos medo de passar pelo “Beco do Barbozinha” devido à brabeza demonstrada no latido retumbante do animal. Ele era uma fera e a família, corretamente, o mantinha sempre no quintal da casa. Sabiam que não era prudente deixá-lo solto. Por outro lado, contracenando com o Leão, havia o simpático e amigável Tanque. Esse cão, da família do Duque e da dona Hercília (dona Ciloca), circulava alegremente pela cidade com o seu dono. Sua mansidão o fazia a alegria das crianças e dos adultos, que não deixavam de acariciar e brincar com o simpático e dócil animal.

O exemplo de famílias que cuidam bem dos seus animais não é tão comum. Há aqueles que judiam dos indefesos cães. Não lhes fornecem a atenção e os cuidados mínimos de alimentação e higiene, por exemplo. Às vezes estão presos a correntes, mas completamente abandonados. Quando se tornam um incômodo, são deixados soltos, isto é, abandonados nas ruas da cidade. O exemplo disso é a quantidade desses animais que andam por aí, atacando os motociclistas, latindo e correndo atrás de automóveis. E quando surge uma cadela no cio, a coisa fica feia. A disputa pela fêmea causa brigas terríveis entre os machos que assustam as pessoas que estão por perto e fazem uma barulheira danada durante dias.

Tempos atrás, e isso é sabido por todos, havia quem matava esses animais dando-lhes, na calada da noite, comida com veneno. Bastava oferecer aos famintos e indefesos animais almôndegas envenenadas para se ter no dia seguinte vários deles mortos e espalhados pela cidade. Ao que parece, essa prática ficou para trás, faz parte de um passado que não deve ser revivido. Por outro lado, o que fazer com os que andam soltos e vivem na rua às vezes doentes e famintos?

Cães-guia, pata-therapeutas, farejadores, de assistência emocional, de guarda e de caça, cada vez mais nós precisamos deles. Ora, por qual motivo maltratá-los? Aqui em nossa cidade, há exemplos de pessoas que isoladamente ou em grupos cuidam da assistência a cães abandonados e doentes. Lembrando que maus tratos a animais são atos repugnantes; temos leis que tratam do assunto no Brasil, sugiro a leitura do primeiro Decreto 24.645 de 1934 e dos seguintes. 

Por fim, vai a sugestão para os que têm cães e gostam de dar um passeio com os mesmos pela cidade: levem um saquinho plástico para recolher as fezes dos cachorros. Sabemos que esse procedimento já é utilizado por alguns indivíduos. Assim a cidade fica mais limpa e a convivência entre pessoas mais tranquila. Não é legal andar por aí e deparar com a sujeira deixada pelos cachorros nas ruas da cidade. Esse costume de recolher as fezes dos animais e se desfazer das mesmas em local apropriado já é comum em muitas cidades do Brasil. Resende Costa precisa copiar essa ideia. 

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