Aproximação do verão pede cuidados reforçados contra o Aedes aegypti

Segundo levantamento do Setor de Epidemiologia da Prefeitura Municipal de Resende Costa, foi confirmada no município a presença do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zica vírus


Cidades

Vanuza Resende0

Instalação de tela mosquiteiro em caixas d’água mal vedadas pelos moradores

Com a chegada do verão, período chuvoso e época mais quente do ano, é preciso redobrar a atenção no combate aos criadouros (caixas d’água, tonéis, galões, vasos de plantas, garrafas vazias, pneus velhos, etc.) do Aedes aegypti. Isso porque, mesmo com a redução neste ano no número de casos da dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, o período do verão é propenso para a proliferação do vetor dessas doenças.

Em Resende Costa, durante 2018, foram feitas cinco visitas, uma a cada bimestre, em domicílios, comércios, terrenos baldios e demais imóveis pelos agentes de combate a endemias, visando à eliminação de criadouros e orientação da população quanto ao combate ao mosquito.

Além disso, foram realizadas 23 visitas das duas programadas, durante as quais são executadas vistorias quinzenais em locais de maior probabilidade de proliferação do mosquito como, cemitérios e ferros-velhos, tendo como objetivo a eliminação de criadouros e avaliação da infestação pelo mosquito.

 

Mobilizações nas escolas

Ao longo dos meses, foram realizadas diversas atividades educativas contra o Aedes, como distribuição de revistinhas, panfletos, apresentações de vídeos para os alunos da Escola Infantil Aquarela, além de palestras para os alunos das escolas municipais Paula Assis e Conjurados e estudantes da Escola Estadual Assis Resende. “O tema das palestras, ‘Febre Amarela e Combate ao Mosquito Aedes’, foi abordado pelo agente de combate a endemias Douglas Cobucci Fagundes e pelas estagiárias de medicina do Internato Rural, Paula Costa Sousa e Laura Aisha Paulino Kuttel. Todas as turmas foram contempladas, totalizando aproximadamente 2.000 alunos”, explica Reginaldo Magalhães, coordenador do Setor de endemias da Prefeitura Municipal de Resende Costa.

 

Dengue, chikungunya, zica vírus e febre amarela

Segundo Reginaldo, o município possui um comitê responsável por planejar ações contra o Aedes. “São feitas reuniões bimestrais com representantes da sociedade e do setor público, durante as quais são discutidas medidas para conscientização da população e controle da dengue, chikungunya, zica vírus e febre amarela.” Ainda de acordo com o coordenador do setor de endemias, “nessas reuniões, diversas atividades foram planejadas e executadas, tais como: palestras em igrejas evangélicas e na Associação de Moradores do Bairro Nova Resende”, informa Reginaldo.

Com o aumento no número de casos de febre amarela, ocorrido no primeiro semestre de 2018, entre os dias 3 de abril e 3 de junho foi realizada uma busca ativa em Resende Costa, nas áreas urbana e rural, por pessoas que ainda não tinham sido imunizadas contra o vírus da doença. “Na ocasião, visitamos todas as residências do município a fim de buscar a imunização total da população, pois no período ocorria um surto em nossa região”, explica o coordenador.

 

LIRAs

Segundo informações do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Resende Costa, em 2018 foram feitos no município quatro levantamentos do LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes). Os dados confirmaram a presença do mosquito no município, mas a infestação foi considerada de baixo índice.

No entanto, Reginaldo Magalhães alerta a população para o combate diário dos focos do Aedes Aegypti: “Cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão localizados nas residências. Esse número demonstra a importância da vigilância da população em suas casas e, para que essa vigilância seja eficaz, recomendamos uma vistoria semanal no quintal e também dentro de casa. Em 10 minutos é possível verificar a existência de recipientes que acumulem água e eliminar os focos do mosquito”.

 

Cuidado redobrado

Segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), pesquisas realizadas em campo indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem Aedes aegypti e, portanto, os mais perigosos. Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros.

O Aedes aegypti coloca seus ovos, preferencialmente, nas paredes de criadouros com água limpa e parada, bem próximos à superfície da água. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado.

 

Fonte: Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

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