Uma decisão em conjunto dos prefeitos da região, para a realização do carnaval em 2022, é o que defende o vice-prefeito em exercício de Resende Costa, Lucas Paulo de Assis Vale, “já que, se nossa cidade não fizer o Carnaval e as demais próximas fizerem, haverá uma grande evasão para estas cidades, aumentando muito o risco de contaminação”.
Está definido “que não faremos o reveillon e, no momento certo, (tomaremos) a decisão da realização ou não do Carnaval”. Ele lembra que “o poder público sempre trabalha com planejamento, então é importante planejar tanto para ter como também para não ter”. Assim, “se o Carnaval fosse hoje, seria NÃO, claro, mas ainda está cedo, ao meu ver, para qualquer decisão definitiva”.
Lucas Vale observa que estamos a três meses do carnaval e que “três meses atrás pouco se falava de terceira dose e nem era liberado vacinação para 12 a 17 anos; agora já temos uma nova variante vindo da África do Sul, então os cenários mudam para positivo ou negativo de um dia para o outro; (é) difícil falar como estaremos daqui dois, três meses.
Por isso, ele considera que o carnaval deve ser tratado “no momento certo, em conjunto com a Secretaria de Cultura, equipe de saúde, policiamento e, principalmente, com nossa população, já que nosso Carnaval é popular; decidiremos o que será melhor”. Para Lucas Vale, o foco, nesse momento, é “avançar o máximo com nossa vacinação”.
Enquete nas redes sociais
“Devemos ter carnaval em 2022 (em Resende Costa)?” Enquete realizada pelo vereador Fernando Chaves, no facebook (pessoal e do vereador) e no instagram, mostra que 59,7% disseram NÃO frente ao SIM de 40,3%. No facebook pessoal, 159 inquiridos (73%) manifestaram-se contrários à realização da festa do Rei Momo, em relação a 60 (27%) respostas favoráveis. No instagram, houve empate com 165 votando pelo sim e 164 pelo não. Já no facebook do vereador, foram 10 respostas todas contrárias ao evento.
“Seguimos com o nosso propósito de usar a internet para promover um mandato democrático e participativo”, disse Fernando Chaves que é contra a realização do Carnaval 2022. Diante do resultado, o vereador defende que qualquer decisão do prefeito deve levar em conta a opinião pública, de um lado, e um parecer da assessoria técnica, de outro; neste caso, a Secretaria de Saúde e o Comitê de Enfrentamento da Covid no município.
“Tendo em vista que a gestão pública precisa decidir de forma fundamentada, eu como vereador vou requisitar que o secretário de Saúde se posicione técnica e publicamente sobre a situação de realizar, ou não, o carnaval. Vou pedir também que o Comitê de Enfrentamento da Covid se posicione de forma técnica. E, ao mesmo tempo, seguirei ouvindo a população nos próximos meses”, informou o vereador na sua página no facebook.
Minas e SP
Em Minas, dezenas de cidades já decidiram cancelar o carnaval em 2022, outras estão em processo de avaliação. Nova Resende e as outras 15 cidades que integram a Associação dos Municípios da Microrregião da Baixa Mogiana (AMOG), por exemplo, decidiram cancelar a festa, de acordo com o g1 Sul de Minas (26/11/2021). A preocupação é não promover fluxos de foliões de outras cidades e evitar o impacto sobre internações hospitalares.
No Estado de São Paulo, mais de 70 cidades suspenderam o carnaval, entre elas São Luiz do Paraitinga cujo tradicional carnaval leva multidões para a rua, segundo o g1 SP e GloboNews. Apesar do avanço na vacinação, estes municípios preferem a cautela devido ao risco de nova onda de contaminações.
Nas capitais brasileiras com grande tradição em festas do Rei Momo, há suspense sobre a realização do carnaval 2022 devido ao risco de retomada na pandemia, de acordo com o Correio Braziliense (24/11/2021). As prefeituras de Salvador, Recife e Fortaleza ainda avaliam a situação. Belo Horizonte já decidiu que não vai patrocinar a festa. Florianópolis e Manaus confirmam o carnaval, embora os casos de covid-19 tenham voltado a subir, mas podem rever a decisão. A cidade de São Paulo deve tomar a decisão final sobre a realização do carnaval de rua até o fim de dezembro.