Força às parcerias e busca por economia diversificada


Economia

José Venâncio de Resende0

Asseturc lança plano de metas para 2021.

A incerteza decorrente da pandemia não impediu que a Associação Empresarial e Turística de Resende Costa (Asseturc) definisse uma programação para 2021, focada no incentivo ao crescimento e ao desenvolvimento do comércio local, tendo como carro-chefe o seu cartão postal, que é o artesanato. O intuito é, com segurança e cautela, avançar na consolidação da indústria do turismo, de maneira diversificada (compras, aventura, lazer, rural, religioso etc.), informou a diretoria da entidade.

O plano de metas da Asseturc prevê melhorar o receptivo turístico de Resende Costa, implementar o CAT (Centro de Apoio ao Turista), em parceria com o poder público e o empresariado local/regional; obter o Selo de Procedência do Artesanato Têxtil de Resende Costa junto ao INPI (e sua utilização pelos produtores e comerciantes do artesanato local); implementar o Site Destino Resende Costa (e outras ações publicitárias para intensificar o fluxo turístico e a demanda pelo produto local); ampliar as ações de capacitação voltadas para o empresariado local e para o Trade Turístico; reformular a Mostra de Artesanato e Cultura de Resende Costa; promover o comércio local e fortalecer a Asseturc.

A diretoria da Asseturc acredita que a chave para o sucesso estará em solidificar e profissionalizar parcerias já existentes com a Prefeitura Municipal, o Sicoob Credivertentes, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

 

Diversificação. Uma das vantagens da economia do Campo das Vertentes é a sua diversificação, com destaque para as atividades de turismo, artesanato, indústria e agronegócio, além de outros tantos setores com grande potência, diz Luiz Henrique Garcia, diretor executivo-financeiro do Sicoob Credivertentes.

A pandemia contribuiu para que o artesanato explorasse a sua potencialidade através do e-commerce, enquanto os setores hoteleiro e de bares e restaurantes (bem como os artistas que se apresentavam nesses lugares) passam por momentos críticos, avalia Garcia. Com associados praticamente em todos os nichos, a Credivertentes continuará a apoiar esses setores com ações de capacitação em parceria com o Sebrae eo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/FAEMG). Além disso, adapta e amplia suas linhas de crédito, “tornando-as ainda mais flexíveis e com prazos mais adequados ao atual momento”, de maneira a “continuar impulsionando” o desenvolvimento regional.

Entre os setores contemplados está o estratégico agronegócio, cuja expectativa é de novo recorde na produção de grãos, com preços ainda elevados, principalmente de milho e soja, diz Garcia. “Essas culturas têm impulsionado, assim, o comércio de máquinas e implementos. Também a valorização da arroba de boi tem instigado alguns criadores a melhorarem geneticamente seu gado, enquanto após o primeiro impacto do isolamento vários horticultores retomaram suas atividades.”

 

São João del-Rei. O comércio são-joanense deposita sua esperança na vacina e no apoio do poder público para ultrapassar a crise sanitária e econômica, de acordo com Emanuel Vitoreli, consultor jurídico do Sindcomércio. Depois do final de ano com um movimento de vendas um pouco mais aquecido, embora “aquém do que se esperava”, 2021 começa sem um norte para o comércio.

“A cidade perde muito, economicamente, por conta desse movimento em ´W´ do comércio, que abre e fecha, amplia e restringe... Então, isso é muito temerário para a economia”, alerta Vitoreli. Daí a esperança de que as instituições, especialmente o poder público, consigam “fazer a economia local retornar ao crescimento e que consigamos vislumbrar um futuro econômico para São João del-Rei”.

 

Vacina. Enquanto o país não tem um plano nacional de vacinação, os prefeitos da região antecipam-se para garantir o abastecimento de vacinas. Uma das últimas ações em 2020 da diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saúde das Vertentes (CISVER) foi a encomenda, em 23 de dezembro, de 260 mil doses da vacina Coronavac à Fundação Butantan, de São Paulo.

O documento, assinado por Reinaldo Aparecida Fonseca e Sinara Rafaela Campos, respectivamente presidente e vice do CISVER, considera que essa quantidade de vacinas atenderia aos 16 municípios da microrregião das Vertentes. São eles: Barroso, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Ibituruna, Itutinga, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São Tiago e Tiradentes.

No dia 28 de dezembro, o prefeito reeleito de São João del-Rei, Nivaldo Andrade, anunciou nas redes sociais que também iniciou os trâmites para a aquisição de 40 mil doses, no valor de R$ 1 milhão, da vacina do Instituto Butantan, produzida em parceria com a chinesa Sinovac Biotech. Confirmadas as compras, seriam 300 mil doses da Coronavac para a região. Neste salve-se quem puder, alguns dos novos prefeitos também correram para encomendar vacinas ao Instituto Butantan.  

O Butantan informa que tem um estoque de 10,8 milhões de doses da Coronavac entre importadas e envasadas no próprio Intituto. Mas a briga política entre o governador João Dória e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, gira em torno da posse de seis milhões de doses do imunizante aprovadas pela Anvisa e que o governo federal adquiriu para iniciar a vacinação nacional. Assim, ainda resta um lote de 4,8 milhões de doses envasadas em São Paulo, a ser aprovado pela Anvisa.  

A quantidade já liberada (seis milhões importadas da China e dois milhões da Fiocruz/AstraZeneca-Oxford aguardando importação da Índia), acrescida deste estoque adicional, está longe de atender as necessidades de uma vacinação em massa. Tudo vai depender da produção regular destes fármacos pelas fábricas do Butantan e da Fiocruz, o que estará condicionado pela importação de insumos da China (texto atualizado em 18/01/2020).    

 

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