Do jornal Notícias de Resende (edição de abril/2022).
O Edifício Termal de Caldas de Aregos, no município de Resende, norte de Portugal, vai receber cerca de 6 milhões de euros (R$ 32,2 milhões) para investimento em obras de reabilitação e reconversão parcial. Trata-se do maior aporte de recursos dos últimos 24 anos, que vai avançar depois de o Tribunal de Contas ter concedido o visto prévio. A obra tem o apoio de fundos comunitários, através do Programa de Valorização Econômica dos Recursos Endógenos (PROVERE), e será realizada pela empresa Arcelino Cardoso Costa Lda.
A intervenção permitirá modernizar a oferta termal atual, aumentar o número de valências funcionais e criar outros serviços complementares. Dessa forma, vai ao encontro da sua estratégia de localização na região do rio Douro e da existência do seu melhor recurso que é a água natural mineral, reconhecida, desde tempos medievais, para tratamentos de saúde e bem-estar.
A concretização deste investimento é motivo de satisfação para o presidente da Câmara Municipal de Resende, Garcez Trindade. Ele sublinha que, “após um intenso trabalho por parte do município, vai avançar no terreno brevemente. Trata-se de uma obra muito importante para o concelho e do maior investimento realizado desde a construção da Ponte da Ermida, sendo, também, a obra mais imponente, do ponto de vista financeiro, da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa”. Para ele, “este investimento irá permitir dar nova vida a Caldas de Aregos, transformando-a na Estância Termal do Douro e afirmando-a como um destino preferencial na área da saúde e bem-estar, aumentando a atratividade turística no concelho”.
As obras
Todo o edifício será alvo de reabilitação, redefinindo e modernizando o seu programa base de tratamentos termais nas suas cinco tipologias (banhos, duches, vapores, O.R.L. e lamas), bem como aumentando a diversidade de tratamentos de cada grupo. Em complemento, será acrescentado o setor de bem-estar/SPA com um conjunto de valências capazes de atrair novos públicos.
Também será introduzido o alojamento termal, através da criação de unidades individuais de diferentes tipologias, de maneira a aumentar o conforto dos usuários, proporcionar condições ao prolongamento da sua permanência e anular o efeito da sazonalidade. Serão, ainda, criadas novas valências, como piscina exterior, sauna/banho turco, cosmética, espaços de apoio (sala de conferências, cafetaria e esplanada); terraços para estabelecer ligação direta com o Douro; parque exterior terapêutico com poças de água quente, equipamento de manutenção e anfiteatro ao ar livre.
Este investimento juntar-se-á aos que estão a ser realizados em Caldas de Aregos, principalmente as obras de requalificação urbana e as obras de melhoramento da mobilidade urbana sustentável, integrados nos programas do PARU e PAMUS do Portugal 2020. Também está previsto, futuramente, o aproveitamento geotérmico das águas quentes de Aregos, bem como o projeto das Águas Cálidas de Aregos, que ligará a Avenida das Tílias ao Balneário Termal, após a sua requalificação.