O que bairros resende-costenses esperam dos próximos eleitos


Política

José Venâncio de Resende1

Resende Costa a partir da estrada de acesso aos Campos Gerais (Foto André Eustáquio)

Renovação, sem abrir mão dos políticos experientes e realizadores; novos líderes com capacidade de enfrentar os novos desafios. É o que pensam lideranças de bairros em Resende Costa sobre as próximas eleições municipais.  

É o caso, por exemplo, da Câmara Municipal. “Precisamos de novos vereadores determinados, que pensem à frente, que estimulem as inovações e que impulsionem a cultura, projetos sociais, o desenvolvimento da saúde e da educação municipal, o bem-estar da população”, diz César Henrique Resende Guedes, o Cesinha, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Tijuco (AMAT). “Mas é preciso manter, em parte, os vereadores que nesses últimos anos trabalharam arduamente, fazendo bons trabalhos. Assim, somam-se a experiência de quem lá já está e o gás novo de quem está por vir.” Ao que acrescenta Mariselia Resende Maia Chagas, ex-presidente da Associação: “Este é o momento e a hora em que os cidadãos podem fazer a diferença com a sua participação, votando com consciência.”

Novas lideranças, tanto no Executivo quanto no Legislativo, à altura para conduzir o município em anos difíceis, marcados pelos desdobramentos de uma crise pandêmica, diz Marina Aparecida Delgado, presidente da Associação de Moradores do Bairro Nova Resende (ARNOVA). “Há muitas coisas a se fazer, principalmente na educação e na saúde, em meio à crise que estamos vivendo. É importante que os novos líderes cuidem do bem-estar do povo e administrem bem os recursos, tanto municipais quanto estaduais e federais.”

 

Valorização

A crise mostrou a importância de ações em setores como a saúde pública, observa Cesinha. “É momento de pensar à frente, de entender que todo o sistema está sujeito a falhas e de ter sempre mais de uma solução viável em mãos.” Ele acha que a administração deve ter novo olhar, por exemplo, sobre “projetos sociais visando à saúde mental durante e no pós-pandemia”.

A crise mostrou a importância de “valorizar cada vez mais o funcionalismo público, com capacitação profissional nas suas áreas de atuação”, diz Cesinha. “São profissionais das áreas de saúde, inclusive familiar, saneamento básico, entre outros, que enfrentarão o desafio da prevenção da saúde mental, ante uma pandemia ou epidemia e uma crise mundial”, complementa Mariselia.

Outra área citada é a geração de empregos e oportunidades, pois “já passou da hora do artesanato ter mais valorização, faltam políticas públicas sobre o tapete e os tecelões, que são nosso patrimônio”, pondera Cesinha. Também Marina Delgado realça a necessidade de se priorizarem novas oportunidades de trabalho. Alta taxa de desemprego, combinada com inflação alta, será desafio dos novos governantes, ao lado de deficiências em áreas como saúde, educação, transporte, cultura e lazer; enfim, os novos administradores públicos terão de manter a estrutura da cidade em meio à crise, complementa Mariselia.

 

Bairros

Cesinha pede que se olhe “com mais atenção e carinho” para o bairro, “mais políticas públicas que desenvolvam aspectos educacionais, capacitação e geração de renda, estimulando os moradores a uma ascensão financeira e a uma melhor condição de vida”. Outra demanda é a revisão dos valores taxados nos serviços básicos de saneamento, água e luz. “Além de não atrasar o processo de pavimentação e calçamento de ruas, manuntenções rotineiras e limpeza dos pontos públicos.”

Mariselia enfatiza os projetos sociais que valorizem o cidadão e deem oportunidades e suporte às famílias mais vulneráveis, incluindo cursos profissionalizantes, oficinas, espaços de esporte, lazer e cultura, entre outros. “Serão bem-vindos projetos que beneficiem principalmente crianças, adolescentes e que cuidem com atenção de nossos idosos.” Outra demanda é que “prefeitos e vereadores sejam participativos nos bairros, e que não apareçam só em período eleitoral”.

Marina pede mais cuidado com a limpeza de ruas e com as áreas públicas dos cemitérios (fonte de doenças), bem como o ajuste no horário da coleta seletiva para facilitar a vida dos moradores, evitando, assim, que o lixo seja depositado na noite anterior à passagem do caminhão da prefeitura.

 

ARCOSTA

A realização de eleições é sempre uma boa oportunidade para “surgirem novas ideias”, resume Benoni José de Lima, presidente da Associação de Pequenos Produtores e Trabalhadores Rurais de Resende Costa (ARCOSTA). Independente de quem sejam os eleitos, ele acha que se “deve manter os mesmos rumos porque o trabalho que está sendo feito é muito bom”.

Benoni espera que seja mantido (e ampliado) o convênio da ARCOSTA com a prefeitura, renovado anualmente. Atualmente, o convênio abrange compra conjunta de calcário, vacinação de brucelose e pagamento de diesel. Ele espera que os novos convênios incluam veterinário e agrônomo. “Os produtores do nosso município estão fazendo grandes investimentos em novas tecnologias e genéticas, mas isso não é visto pelos meios de comunicação do nosso município”, diz Benoni.

Comentários

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    Acho importante os projetos sociais, principalmente com crianças e adolescentes. Construção de parquinhos em todos os bairros, valorização do artesanato local (as lojas da cidade têm vendido muitos produtos de outros lugares e não artesanais). O vereador deve ser trocado em todas as eleições, o cargo acaba virando emprego e o salário deve ser o mínimo. Renovação traz novas ideias e interesse nos problemas da cidade. E, quando eleito, o vereador deveria fazer um curso sobre a legislação municipal e,se possível, estadual e federal. Estar preparado para o cargo.


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