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E temos rock também

15 de Abril de 2020, por Renato Ruas Pinto

Nas primeiras dicas para a quarentena falei sobre discos de MPB. Voltarei ainda bastante nela, mas não posso deixar o rock de lado. O ritmo que causou uma verdadeira revolução de costumes ainda embala as horas felizes de muita gente. Poderia fazer listas infindáveis sobre grandes bandas ou discos, mas hoje prefiro falar de alguns discos e grupos menos conhecidos. Quer dizer, são bandas que tiveram seu destaque em seus dias, mas aqui no Brasil não ficaram tão conhecidos, ou no máximo emplacaram uma música ou outra no rádio. É sempre bom poder ouvir discos interessantes e menos batidos.

“Face to Face”, The Kinks: os Kinks foram um grupo de rock inglês dos anos 60 e fizeram parte da chamada “Invasão Britânica”, quando os grupos da terra da rainha Elizabeth dominaram as paradas de sucesso nos EUA, berço do rock. Não era fácil para um grupo inglês se destacar com a concorrência de pesos-pesados como os Beatles e os Rolling Stones, mas os Kinks conseguiram certo sucesso. O disco citado é totalmente autoral e conta com ótimas canções como “Sunny Afternoon”.

“Music From Big Pink”, The Band: a The Band ficou famosa por ser, por algum tempo, a banda de apoio de Bob Dylan. Eles eram um grupo de músicos experientes e requisitados por vários artistas, de modo que escolheram o despretensioso nome de “A Banda” como de batismo. Quando começaram a trabalhar com Dylan se animaram a lançar um disco e a estreia foi em grande estilo, o ótimo “Music From Big Pink” de 1968. O disco conta com algumas faixas assinadas em parceria com Dylan, mas a banda mostrou competência também na composição. A faixa “The Weight”, uma canção lindíssima, foi o grande sucesso do álbum.

“Forever Changes”, Love: ter um grande disco no currículo não coloca uma banda entre os grandes do seu tempo e o Love e seu álbum mais notório são o melhor exemplo. O Love é um grupo pouco conhecido e tem alguns bons trabalhos no cartel. “Forever Changes”, entretanto, é um disco de alto nível. Lançado em 1967, capturou muito do espírito da época da Califórnia (de onde veio a banda) em pleno Verão do Amor e auge do movimento hippie. É um disco de ótimas composições e trabalho de estúdio apurado e que nos transporta para aqueles tempos onde se sonhava com a criação de um mundo melhor através do poder da flor e da libertação da mente.

Ouça com cuidado os álbuns citados. Eu garanto a satisfação. E até a próxima dica.

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