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Mais para a quarentena

03 de Abril de 2020, por Renato Ruas Pinto

E vamos de mais dicas. Minas sempre foi solo fértil para a música. Infelizmente, para um grande público a imagem da música mineira ficou parada no tempo no Clube da Esquina. Em tempo, o Clube e os músicos associados a este movimento merecem toda reverência e ainda serão ouvidos e aplaudidos por muitos anos. Porém, a produção mineira nunca parou, revelando vários artistas e álbuns incríveis (aliás, já escrevi sobre vários nesta coluna). Nas dicas de hoje vamos falar de alguns destes novos artistas e da interação com um dos “pais” do Clube.

“Irene Preta, Irene Boa”, Irene Bertachini: já escrevi nesta coluna sobre outros trabalhos desta artista incrível. Até uso a palavra “artista”, mais abrangente, porque Irene é uma compositora inspirada, dona de uma voz linda e instrumentista de talento que manda bem no violão e flauta. Conheci o seu trabalho no disco coletivo ANA “Amostra Nua de Autoras” (outro disco excelente para se ouvir) e depois fui descobrir o seu disco solo “Irene Preta, Irene Boa”, que recomendo de olhos fechados e ouvidos abertos. É um disco de beleza ímpar, em que ela nos brinda com sua voz cristalina em canções nas quais mostra seus predicados de compositora.

“Dínamo”, Lô Borges: este acabou de sair do forno (lançado em fevereiro deste ano). Citei no começo os novos talentos de Minas e é justamente um dos artistas mais proeminentes da nova geração que assina as letras deste álbum de Lô Borges, o talentoso Makely Ka. O cantautor Makely foi um dos catalisadores do movimento em BH que ficou conhecido como “Reciclo Geral”, quando lançou, em conjunto com Pablo Castro e Kristoff Silva, o álbum “A Outra Cidade”, pedra fundamental do movimento. Lô Borges anda produzindo bastante (no ano passado lançou um disco de parcerias com Nelson Ângelo) e no novo álbum trouxe suas ótimas melodias e harmonias não convencionais para se juntar às letras sempre elaboradas de Makely. É um encontro de gerações muito simbólico e que vale a audição.

É só correr nas plataformas de streaming para curtir as dicas. E se tiver alguma sugestão de álbum deixa a sua contribuição lá na página da Trilha Sonora no Facebook: @TrilhaSonoraBR.

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