Artista plástico são-joanense é o autor da capa do livro do “3º Festival de Poesia de Lisboa”


Cultura

José Venâncio de Resende 0

fotoCapa de autoria do são-joanense Mauro Kersul.

O artista plástico são-joanense Mauro Marques Kersul é o autor da capa da antologia “A vida em poesia III”, criada exclusivamente para o 3º Festival de Poesia de Lisboa, que acontecerá nos dias 13 e 14 de setembro na capital portuguesa. O livro, que reunirá todas as poesias inscritas no festival, será lançado durante o evento pela Helvetia Edições, que ainda vai oferecer prêmios exclusivos às três melhores criações.

A ideia da capa do livro surgiu por uma iniciativa da organização do festival. O convite foi inspirado nas exposições que Mauro Kersul faz na Europa e na temática constante da sua obra, que são as questões do ser humano. “O bonde 28 é todo poesia e escreve pela ruas de Lisboa as voltas que a vida dá, carregado de histórias de cada gente iguais mas diferentes, tantas que não é possivel imaginar. Na praça, livre sob o olhar da justiça imponente e quisera cega.”

O festival

O objetivo do festival é incentivar a criação literária e disseminar a Língua Portuguesa através da poesia. A Helvetia Edições, que atua no Brasil e na Suíça e promove a literatura lusófona na Europa, está preparando importantes atividades para os três dias de programação, que constarão de oficinas, mesas redondas e palestras, além do lançamento oficial do livro de poemas. Haverá, ainda, a entrega de prêmios aos três melhores trabalhos poéticos.

O festival será realizado no Palácio Conde de Penafiel, sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). É que a CPLP reconheceu a iniciativa como uma promoção da aproximação entre os agentes da cultura dos estados-membros, além da divulgação da diversidade cultural existente entre eles.

Mauro, poeta

Desde que se mudou para São Paulo aos 14 anos de idade, Mauro Kersul já gostava de escrever crônicas e poemas. “Falava sobre a vida, sonhos, condição social e sobre liberdade. Andava sempre com um caderno tipo brochurão e a todo momento estava escrevendo.”

O artista plástico revela que nunca se atreveu a mostrar seus poemas “pois a insegurança era minha crítica severa”. Com o tempo, Mauro foi transformando alguns poemas em música, na banda da qual participava como compositor e se atrevia na percursão. “Participamos de alguns festivais em cidades do interior de São Paulo. A banda acabou, e um amigo músico costumava cantar minhas letras nos bares do bairro Bexiga em São Paulo.”

Um dia, porém, Mauro esqueceu seu caderno em uma loja, e com isso também esqueceu muito do tinha escrito. “Afinal, o momento era outro e não fiz muita questão de reescrever. Sobraram vestígios, pequenos poemas, frases perdidas.”

Mauro começou a colocar estas questões em seus quadros e esculturas, “transformando as palavras em pinturas para me desafogar. Ainda escrevo, coleciono palavras, belas, absurdas, raivosas, livres e às vezes caladas. Perdidas, às vezes as reencontro aos pedaços, anotadas aqui ou ali e elas são um replay da minha vida, assim como fotografias amareladas, que me abduzem àquele momento e me aprisionam em viagem no tempo onde me demoro a sair”.

LINKS RELACIONADOS:

Facebook do Festival - https://www.facebook.com/festivaldepoesiadelisboa/

Primeira obra de Arte de Mauro Kersul surgiu aos 11 anos de idade -  https://www.jornaldaslajes.com.br/integra/primeira-obra-de-arte-de-mauro-kersul-surgiu-aos-11-anos-de-idade/2460

 

 

 

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário