A taça do mundo já foi nossa: Brasil – 5 vezes campeão


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Camilo Vale0

fotoPelé, o maior jogador de todos os tempos (foto Conmebol - divulgação)

Foi-se o ano de 2022. Perdemos a Copa do Mundo e também o maior craque brasileiro de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, falecido em 29 de dezembro. Tudo começou lá em 1940, quando Pelé nasceu na cidade mineira de Três Corações. Em 1950, menino com 10 anos, viu o pai chorar a perda da Copa pelo Brasil no Maracanã. O Brasil perdeu por 2x1 para o Uruguai na grande final daquele ano. O menino, que já havia ganhado o apelido de Pelé, prometeu ao seu pai Dondinho que um dia ajudaria o Brasil a ganhar uma Copa do Mundo.

E a conquista veio então em 1958, diante da Suécia. Em 29 de junho daquele ano, o Brasil conquistava pela primeira vez a Copa, derrotando a Suécia na grande final por 5x2. Os gols foram de Vavá (2), Pelé (2) e Zagalo. Pelé, próximo de completar 18 anos, ganhava junto a outros craques sua primeira Copa do Mundo.

A segunda conquista viria 4 anos depois, em 1962, no Chile. O Brasil foi para a final, venceu a Checoslováquia por 3x1 e ainda ficou sem o Pelé em alguns jogos, por causa de uma distensão. Amarildo o substituiu e, junto com Garrincha, Gilmar no gol, Djalma e Nilton Santo, Mauro, Didi, Vavá e Zagalo, conquistaram mais uma vez a Copa.

A conquista definitiva da Taça Jules Rimet viria em 1970, no México, já que em 1966 o Brasil fracassou e a Inglaterra conquistou a Copa daquele ano. Chegamos então em 1970, Copa do Mundo do México. Foi a primeira Copa transmitida ao vivo pela televisão em preto e branco. A narração foi de Geraldo José de Almeida na TV Globo, com comentários de João Saldanha, que viria a ser o técnico da Seleção, depois sendo substituído por Zagalo.

Diversas casas em Resende Costa ainda não tinham TV, o jeito era assistirmos aos jogos na casa do vizinho. Assisti aos jogos do Brasil e, menino ainda, pude ver Pelé jogar pela Seleção ao lado de outros craques. A Seleção era formada por: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivelino; Jairzinho, Pelé e Tostão.

A conquista da Copa veio com a vitória de 4x1 sobre a Itália na final, com gols de Gérson, Pelé, Jairzinho e Carlos Alberto. A música que caiu na boca do povo foi a marcha “Pra frente Brasil”, escrita pelo jornalista e compositor Miguel Gustavo. O público não cansava de cantar os versos. “Noventa milhões em ação/Pra frente Brasil/Do meu coração”.

No entanto, a música recebeu críticas por causa do ufanismo exagerado num país que vivia sob o domínio de uma ditadura militar. Ao fim da partida, Pelé anunciou que não jogaria mais Copas do Mundo, embora ainda estivesse com 30 anos e daria, portanto, para disputar na Alemanha em 1974. Com isso, sem Pelé, Tostão e outros craques, o Brasil ficaria 24 anos sem ganhar mais uma Copa do Mundo. Só voltaríamos a vencer mais duas Copas em 1994, nos Estados Unidos, derrotando a Itália na final, numa disputa de pênaltis, e em 2002, na Coréia e Japão. Assim, o Brasil se tornou pentacampeão, vencendo a Alemanha no jogo da final por 2x0.

Outros craques surgiram com o passar do tempo, como os goleiros Taffarel e Dida, além de Dunga, Gilberto Silva, Cafu, Rivaldo, Kaká, Romário, Bebeto, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Zico etc.

Na mais recente Copa, em 2022, como acompanhamos pela TV, o Brasil parou nas quartas de final, perdendo nos pênaltis para a Croácia. A Argentina foi a grande campeã de 2022.

Assim foi a trajetória da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, com Pelé e depois dele. Pelé foi considerado o atleta do século, o maior de todos, o filho de dona Celeste e Dondinho, que trouxeram ao mundo aquele que é considerado o rei do futebol.

Dedico esse texto ao meu saudoso irmão “Tonho da Santa”, como era conhecido e que foi um dos melhores goleiros que já jogou pelo Expedicionários, time da nossa terra.

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