AMG Mineração inaugura projeto para melhor aproveitamento do Lítio, mineral estratégico na indústria de alta tecnologia

Na primeira fase do projeto, a planta de concentração de espodumênio vai produzir 90 mil toneladas anuais em Nazareno, divisa com São Tiago.


Economia

José Venâncio de Resende0

Inauguração da primeira fase do Projeto Lítio (foto: Fabrício Guedes).

Atualizado em 18/05/2018

Executivos da empresa holandesa Advanced Metallurgical Group deslocaram-se, no dia 15 de maio, até Nazareno – na microrregião dos Campos das Vertentes com sede em São João del-Rei – para a inauguração da primeira planta do Projeto Lítio da AMG Mineração Brasil na unidade industrial da mina de Volta Grande, divisa com o município de São Tiago. Nesta primeira fase do projeto, a planta de concentração de espodumênio vai produzir cerca de 90 mil toneladas por ano desse concentrado que tem o lítio na sua composição química.

O lítio é um metal de grande demanda por parte da indústria de baterias de telefones celulares, tablets, notebooks e automóveis elétricos. Atualmente, a China é um dos maiores importadores.

O Projeto Lítio permitirá maximizar o uso deste recurso mineral e, consequentemente, reduzir a geração de resíduos provenientes da produção de tântalo, do qual a mineradora é a principal produtora certificada do mundo, de acordo com o presidente da AMG Mineração no Brasil, Fabiano Costa. Além disso, a primeira planta deve acrescentar cerca de 100 novos postos de trabalho na unidade, que já emprega 500 pessoas.

A segunda fase do projeto (início do segundo semestre e conclusão prevista para 2019) deve dobrar a capacidade anual de produção do concentrado de espodumênio. O investimento nas duas fases do Projeto Lítio foi estimado em cerca de R$ 650 milhões por Fabiano Costa, em entrevista ao jornal O Tempo.

O projeto deverá englobar ainda uma terceira fase, com a implantação de planta química para transformar o concentrado de espodumênio em produtos como carbonato e hidróxido de lítio. A ideia é agregar valor e obter vantagem competitiva com redução de custos, disse ao jornal O Tempo o presidente da empresa.

Estimam-se, na região de Nazareno e São Tiago, reservas de 23 milhões de toneladas da rocha multiminerálica pegmatito (tântalo, estanho, nióbio e lítio). Na unidade industrial de São João del-Rei, a empresa produz óxidos de tântalo e nióbio e ligas especiais de alumínio.

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