Em poucos meses, Resende Costa obteve duas grandes conquistas: foi reconhecida pelo Governo de Minas como a Capital Mineira do Artesanato em Tear e, no último dia 10, recebeu oficialmente o selo de indicação de procedência do seu artesanato, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Além de atestar a procedência do produto, o Selo de Indicação Geográfica auxilia na valorização cultural e no fomento às atividades efetivamente artesanais e ao desenvolvimento do turismo.
A certificação foi obtida a partir de iniciativa da Associação Empresarial e Turística de Resende Costa (ASSETURC) e contou com o apoio técnico do mestrado em inovação tecnológica da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), sob coordenação do pesquisador Bruno Diláscio, que escolheu o artesanato de Resende Costa como tema de seu mestrado.
É um certificado muito importante, uma conquista para Resende Costa, comemora o vereador Fernando Chaves, que participou do grupo de trabalho que elaborou o projeto como representante da Asseturc. “O selo permite que os consumidores tenham a certeza de estar adquirindo um produto diferenciado.” Os outros membros do grupo de trabalho foram Bruno Diláscio, pela UFSJ, e Luciene Cardoso, pelos produtores.
Uma grande conquista para Resende Costa, concorda Luciene. “Uma das coisas boas que aconteceram em plena pandemia foi a aprovação do Selo de Indicação Geográfica, cuja importância é estritamente relevante para proteger, divulgar, valorizar e fazer perpetuar o nosso grande patrimônio imaterial: o nosso artesanato. Estou imensamente feliz em ter feito parte desse projeto e, com certeza, colocarei o selo em meus produtos, com muita honra. Apoio e sempre apoiarei o desenvolvimento cultural, econômico e turístico de Resende Costa. Aproveito para agradecer a todos os envolvidos, principalmente, Fernando Chaves e Bruno Diláscio”.
Bruno espera que um leque de oportunidades se abra para Resende Costa investir na atividade turística a partir do selo de procedência: “A atividade do artesanato manual em tear é preponderante no município, sendo base do desenvolvimento econômico local. Ao se pensar numa forma de manter o artesanato manual em tear da cidade, o instituto das Indicações Geográficas despontou como uma alternativa plausível. Cabe agora trabalharmos para que essa conquista traga vários benefícios para o turismo da cidade.”
Incentivo ao turismo
“O selo servirá para valorizar o trabalho manual e distinguir o produto de Resende Costa. Já temos uma marca extremamente reconhecida em Minas Gerais e no Sudeste. Então é muito importante ter o produto exibindo a marca do município, a gente quer estimular isso”, explica Fernando Chaves.
Ele alerta que nem todos os produtos artesanais do município estão aptos a receber o selo. “Para possuí-lo, o produto deve seguir um regulamento. Basicamente, precisa ser um produto têxtil, efetivamente feito a mão e produzido em Resende Costa, seguindo as técnicas tradicionais de artesanato local.”
O projeto do selo de procedência do artesanato de Resende Costa contou também com o apoio do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. Paralelamente à busca pela certificação, Resende Costa vem investindo na estruturação da cidade para o turismo. Além do selo de procedência do artesanato obtido pela Asseturc, está sendo construído pela prefeitura um Centro de Atendimento ao Turista (CAT). A previsão é de que o local possa ser inaugurado até o início de 2022
