Prados realiza 43º Festival de Música com sucesso de público e participação


Cultura

José Venâncio de Resende0

Uma das apresentações no Festival de Música de Prados (Foto: Lira Ceciliana).

Cerca de 150 alunos participaram das diversas oficinas do 43º Festival de Música de Prados, que aconteceu entre 17 e 30 de julho. O evento, dedicado à música de concerto, marcou a retomada das apresentações presenciais e atividades normais interrompidas pela pandemia. Com uma novidade: este ano a programação foi estendida às cidades de Tiradentes e Barbacena.

O Festival foi considerado pelos organizadores um sucesso de público. Muita gente subiu a serra para apreciar a boa música, fosse um chorinho na praça em um fim de tarde ou apresentações no novo coreto ou ainda um recital nas matrizes de Tiradentes e de Prados.

Mas o forte do Festival é a união entre música e educação. Foram cerca de 17 apresentações, incluindo concertos e recitais; 18 oficinas de instrumentos e musicalização, além de uma oficina de choro, improvisação e prática em conjunto; e duas palestras com Flávia Camargo Toni, professora titular e pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros da USP.

Idealizado há 45 anos pelos maestros e compositores Olivier Toni e Adhemar Campos Filho, o Festival reúne grandes nomes da música inclusive premiados internacionalmente. Entre os expoentes da música, participou do evento o violonista pradense Octávio Deluchi, vencedor do IBLA Grand Prize International Music Competition, e que já se apresentou no Carnegie Hall, em Nova York. Desponta-se como um dos maiores talentos do violão brasileiro na atualidade. 

Este ano, o Festival de Música de Prados celebrou o centenário da Semana de Arte Moderna, com boa parte da programação destacando obras do compositor Heitor Villa-Lobos, principal nome da música brasileira presente na semana de 1922.

Vocação

A vocação que distingue o Festival de Música de Prados é a educação musical voltada à comunidade, que é tão importante quanto os concertos, recitais e demais apresentações. Um dos idealizadores do Festival, o maestro e compositor Olivier Toni, fundou duas escolas que são referências na área - o Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da USP e a Escola Municipal de Música de São Paulo -, além de quatro orquestras: a Sinfônica Jovem de São Paulo, a Orquestra de Câmara de São Paulo e as Orquestras Sinfônica e de Câmara da USP. 

O Festival de Prados foi criado para fomentar e apoiar a atividade musical na cidade, oferecer concertos gratuitos e pesquisar a música produzida na região durante o período colonial, de acordo com o seu coordenador Eduardo Toni Raele. “Ao longo dos anos, observamos um aumento da participação da comunidade, as apresentações têm casa cheia, assim como as atividades pedagógicas.” 

De fato, um dos maiores motivadores do evento é estimular o convívio em torno do fazer musical, de maneira visível também para a população local. “Criamos uma atmosfera de inclusão para as atividades artísticas e demonstramos que a integração entre as pessoas se complementa através da produção artística”, destacou o coordenador do festival, Eduardo Toni Raele.

A interação com o público infantil é especialmente importante. O seu suporte principal são as oficinas de música e o oferecimento de aulas de musicalização infanto-juvenil por meio de teatro musical. “No último dia do evento, realizamos a apresentação teatral, com as crianças cantando e atuando juntamente com a orquestra, no Teatro Municipal de Prados”, destaca Raele.

O Festival de Música foi patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, Lei Federal de Incentivo à Cultura e Prefeitura Municipal de Prados.  

Fontes: 

Pr@dos Online 

Festival de Música de Prados 

 

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