Defrontamo-nos com aspectos desafiadores, ameaçadores e com os quais convivemos, com temor, já há algum tempo. Para começar, o mecanismo desumano e impessoal da busca obsessiva por patrimônio, resultados econômicos e corporativos, menosprezando interesses humanos e ambientais.
Há ainda o fundamentalismo político-religioso com adulteração e manipulação da fé por grupos radicais que nos conduzem ao embotamento ideológico, à robotização, ao fanatismo.
O que dizer, então, do chauvinismo ou patriotismo deturpado com políticas governamentais de protecionismo exacerbado com menosprezo e relativização da vida, da dignidade dos menos favorecidos.
Em todas essas pautas reina a deturpação da verdade. Somos envoltos por interesses imediatistas, materialistas. Daí as Fake News, a publicidade enganosa, as ilegalidades “legais”, as fraudes cometidas tanto por autoridades quanto por cidadãos comuns. Como antídotos, temos que reafirmar nossa espiritualidade, nossa consciência, nossos princípios e propósitos de solidariedade, renúncia, cooperação, tolerância. O humanismo apurado e concretizado no dia a dia.
“Não somos números, somos gente. O importante não é só manter-se vivo, mas manter-se humano”.
(George Orwell)
*presidente do Conselho de Administração