Secretário de Saúde de Resende Costa espera concluir vacinação antes da média nacional


Entrevistas

José Venâncio de Resende0

fotoJosé Luiz de Resende, secretário municipal de Saúde de Resende Costa (foto Cássio Almeida - Prefeitura Municipal))

O vacinômetro, plataforma criada pela Universidade Federal de Alagoas e pela USP, a partir de dados do Ministério da Saúde, estima que, ao ritmo atual, Resende Costa terminará a vacinação em setembro de 2022, pouco antes da média nacional. “A expectativa é a de que terminemos a vacinação dos acima de 18 anos de idade antes da média nacional”, diz o secretário municipal de Saúde, José Luiz de Resende. A seguir, a íntegra da entrevista.

 

Diante do cenário de 17 óbitos no município pela Covid-19 e da lentidão na vacinação, como o senhor interpreta o espírito do decreto 175 (que dispõe sobre ações e medidas de controle do contágio)? Desde o início da pandemia, em março de 2020, diversas medidas foram tomadas para o controle do avanço no número de casos. Durante todo esse tempo, as restrições sofreram alterações devido ao cenário do momento.

 

O senhor tem informações sobre a identificação de novas variantes (mutações) mais contagiosas do vírus no município e na região, que expliquem o salto no número de óbitos de janeiro até agora, como, por exemplo, as variantes de Manaus ou a britânica? A variante indiana está ainda concentrada no Reino Unido e em Portugal, devendo espalhar-se pelo mundo em breve? A respeito da variante indiana e se ela será disseminada não temos como fazer uma previsão, somente o tempo trará essa resposta. Em Resende Costa, não temos presença de variantes confirmadas, tendo em vista que essa afirmação só pode acontecer mediante análise por laboratório.

 

Como o sr. avalia o ritmo da vacinação no município? Está dentro do padrão nacional? O sr. tem informações sobre aumento da oferta de vacinas que poderia acelerar esse processo de vacinação? Há especialistas por aqui dizendo que a primeira dose não é suficiente para conter a propagação das variantes. Como está a aplicação da segunda dose no município? Há estoque suficiente para os que já receberam a primeira? A vacinação não está atrasada nem adiantada, está apenas seguindo o fluxo conforme vamos recebendo doses. As doses estão sendo distribuídas de acordo com o recebimento da Regional de Saúde. Entendo que às vezes não é como a população espera, mas o ritmo da campanha vai de acordo com as doses recebidas. É comprovado cientificamente que com a primeira dose nenhum indivíduo pode ser considerado totalmente imunizado, sendo necessárias as duas doses da vacina. Com relação à aplicação da segunda dose, até o momento não temos faltosos. Os que não puderam tomar por algum motivo na data agendada, irão receber a dose no tempo oportuno. O estoque referente às segundas doses fica centralizado na Regional de Saúde, sendo esta responsável pela distribuição aos municípios.

 

Em Resende Costa, com o a avanço da vacinação, o senhor tem ideia de quais as faixas de idade estão sendo mais afetadas pelo coronavírus, em termos de contágio e de mortes? Com a vacinação dos mais idosos, por exemplo, já dá para se perceber alguma mudança no perfil das pessoas infectadas? A contaminação, bem como as mortes pela Covid-19, continuam presentes entre as mais diversas faixas etárias. Levando em consideração os dados das últimas duas semanas (junho), nota-se que o perfil dos infectados é menor na população idosa.

 

O vacinômetro, plataforma criada pela Universidade Federal de Alagoas e pela USP, a partir de dados do Ministério da Saúde, estima que, ao ritmo atual, Resende Costa terminará a vacinação em setembro de 2022, pouco antes da média nacional. O senhor concorda? Vê alguma possibilidade de se acelerar esse processo? A expectativa é a de que terminemos a vacinação dos acima de 18 anos de idade antes da média nacional. Porém, tudo depende do quantitativo de doses recebidas. Seria um tanto arriscado prever essa data, uma vez que as vacinas independem do planejamento do município.

 

Com a chegada do inverno, o senhor já constatou mudanças nos atendimentos nas unidades de saúde do município, relacionados com a gripe (problemas respiratórios, pneumonia etc.)? É comum na época do inverno o aumento do atendimento às patologias relacionadas a doenças respiratórias. Essas patologias têm em destaque os idosos e as crianças. Ressalto que, com as campanhas das vacinas de Influenza, essas síndromes gripais têm ocorrido com menor incidência.

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário