Uma “expedição fotográfica” foi realizada, entre 10 e 27 de outubro no Caminho de Santiago, pelo músico e empresário brasileiro Mauro Martins, acompanhado do fotógrafo Marcelo Macauê e do seu mentor Acacio Augusto Castro da Paz, do Refúgio Acacio & Orietta em Viloria de Rioja (norte de Espanha). Foram mais de dois mil quilômetros percorridos, com o objetivo de produzir o documentário “Caminhos Místicos”.
A ideia do documentário é mostrar que (1) se pode fazer o Caminho sem sofrimento – “sem o peso da culpa” -, mesmo com o esforço físico (dores no corpo, bolhas no pé etc.), (2) mesmo caminhando, se pode desfrutar dos atrativos do Caminho (cidades, monumentos, vida noturna etc.); e (3) não se pode perder de vista que o ser humano é movido pelo desejo de ser feliz.
Para Mauro, em síntese, o documentário busca retratar o Caminho “de uma maneira nunca vista antes: pessoas, lugares e suas histórias”. A ideia é apresentar o Caminho como um instrumento para mostrar que é possível realizar o próprio sonho. Para isso, foram produzidas muitas fotos e vídeos com vários depoimentos.
O trabalho começou no “ponto inicial comercial” do Caminho Francês, que é San Jean Pied de Port, próximo aos Pirineus. De lá, a equipe deslocou-se até o Caminho Aragonês (cidade de Jaca) distante 147 km, “para conhecer o outro lado que energeticamente seria o Caminho”, explica Mauro. É um caminho pouco conhecido especialmente dos brasileiros.
Então, a equipe retomou o Caminho Francês, conhecido como rota jabobeia, relata Mauro. “Fomos visitando cidades, entrevistando pessoas locais e peregrinos, conhecendo a gastronomia, tendo contato com a natureza. Isto proporciona o estar consigo mesmo e a reflexão.”
A equipe foi até Finisterra – do latim “finis terrae”, a cerca de 100 km de Santiago de Compostela e considerado o verdadeiro Caminho de Santiago -, “para se auto-colocar a medalha no peito”, diz Mauro Martins que é empresário nas áreas de importação de instrumentos musicais e incorporação de imóveis no Brasil.
O trabalho foi concluído em Santiago de Compostela, com a coleta de depoimentos de peregrinos recém-chegados à cidade. A ideia foi mostrar as sensações desta chegada, conclui Mauro que se diz feliz com o resultado.
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