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O adolescente/adulto de Resende Costa

15 de Maio de 2018, por João Magalhães

Na condição de decano do nosso Jornal das Lajes, por idade, pois o decano por atuação é o André, nosso editor-chefe e presidente, não poderia omitir-me no seu aniversário de 15 anos que se deu agora com o número 180, abril de 2018.

Quando saiu o humilde número 1, abril de 2003, encontrando-me com o fundador, Denilson Daher, pediu-me ele se poderia revisar o Português do próximo número. Tinha eu, então, após 35 anos, recentemente, deixado de atuar no ensino da Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Aceitei com alegria e incorporei-me à turma desde o 2º número, cujo editorial escrevi, a pedido do Denilson.

Em analogia com o biológico, nosso jornal é adolescente por idade, mas adulto e saudavelmente amadurecido por conteúdo, participação social, pontos de vista e crescimento.  Formou uma família de excelente qualidade humana. De uma formação que o conduziu ao prestígio e valorização de que goza atualmente.

Desculpe pela presunção. Sei que, conforme o ditado: “Louvor em boca própria é vitupério”, mas o contato com quem o acompanha e lê e sua intensa procura não só aqui, mas também na região, o testemunham. Até as críticas que recebe. Afinal, “ninguém chuta cachorro morto”.

Escrevi no editorial do 2º número: “Lembrando a nossos leitores o que dizíamos em nosso primeiro editorial, o jornal nascia, empunhando duas bandeiras muito importantes: a bandeira da imparcialidade e a bandeira da cidadania atuante. Chegamos ao 2º mês de vida com a mesma proposta, com idêntico entusiasmo: noticiar, comentar, elogiar, incentivar, sugerir, promover os bons eventos e as coisas positivas de nosso município, mas igualmente alertar, apontar, denunciar, cobrar dos responsáveis falhas que sempre acontecem na sociedade dos homens”.

É a crença nesta proposta e a fidelidade a ela que mantêm a higidez robusta do nosso jornal até hoje e, praza a Deus, há de continuar.

O jornal, desde seu nascimento, tornou-se o cronista do nosso município. Graças a ele, o Tijuco, antigamente quase que um arraial separado da “Vila”; os  Povoados de nosso município (Campos Gerais, Ribeirão, Pintos, Tabuado, Curralinhos, Cajuru etc,); as famílias de migrantes libanesas que muito contribuíram e contribuem (Daher, El-Corab, Hannas, Roman, Salomão), os benzedores e curadores (Emydio, Antônio Purcino, Moretshon, Jesus Barbeiro) que cuidaram dos males de tantas pessoas; e pessoas, quase personagens  como foram - só para citar alguns  - o Zé Padeiro, Barbosinha, Zé Procópio, dona Dulce Mendes...e tantos outros.

E muito mais: fazendas históricas, eventos políticos, festividades religiosas, igrejas, crônicas do cotidiano antigo da cidade, a biblioteca, profissões e profissionais do nosso passado, lendas e “causos”, cinema, teatro... e assim vai.

A melhor amostra, é o livro da Coleção Lageana: “Um Olhar Sobre Resende Costa”, 608 páginas – Coletânea de textos do Jornal das Lajes. Sucesso de vendas.

 Por isso, afirmo: tudo que aconteceu de importante, de significativo, de bom ou de condenável de 2003 até o presente, procure e você encontrará em nossas páginas

 Nos anos de militância no clero católico, promovi e/ou trabalhei com muitos grupos voluntários. Nunca vi um trabalho voluntário, onde quem atua não ganha nada, a não ser a gratificação íntima de participar, durar e crescer tanto!

Escreve o Denilson: “Era muito divertido fotografar com uma câmera amadora, emprestada por uma das integrantes do jornal na época; andar a pé pela cidade com uma mala para a distribuição do jornal: nos dias do fechamento da edição, ir para o ponto de carona, esperar pela boa vontade de um motorista para chegar a São João del-Rei a fim de levar o material para diagramação e impressão e aproveitar para procurar novos anunciantes...”.

Hoje nosso jornal é o que é! Que o digam, seus leitores.

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