28ª Mostra de Cinema de Tiradentes: “Cultura é o que a gente é”


Cultura

Da redação0

fotoPerformance audiovisual de abertura.(Foto: Isabela Barbosa).

Até 1º de fevereiro, a charmosa cidade de Tiradentes, em Minas Gerais, será palco da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Consolidada como uma vitrine da diversidade e inovação do cinema nacional, a mostra reúne cineastas, críticos e amantes da sétima arte em uma celebração marcada pela reflexão, experimentação e diálogo entre tradição e novos formatos narrativos.

O tema deste ano, Que cinema é esse?, convida o público a explorar os caminhos e desafios do cinema contemporâneo, questionando suas linguagens e possibilidades. A homenageada do evento é a atriz Bruna Linzmeyer, considerada uma das grandes atrizes de sua geração. Catarinense de 32 anos, é conhecida por suas personagens provocantes e potentes nas telas e seu posicionamento emblemático no cotidiano.

No domingo (26/01), aconteceu, na Praça, a pré-estreia do documentário Milton Bituca Nascimento, que ilustra a turnê de despedida do compositor e cantor. Com altíssima demanda e direito a sessão extra no dia 27 no Cine Petrobras. O Documentário visa entender a complexidade de sua obra, e os mistérios que ela carrega que nos fazem refletir sobre a alma brasileira. O filme mostra a dimensão mundial de artista, capta a comoção que ele provoca nos fãs, explora a forte carga espiritual de sua obra e investiga as origens de sua musicalidade nas entranhas do Brasil profundo.

Programação

A programação, inteiramente gratuita, oferece uma rica experiência para todos os públicos. Ao todo, serão exibidos 140 filmes em pré-estreias e mostras temáticas, incluindo a Mostrinha de Cinema, que desperta o interesse infantil pela arte cinematográfica. Além disso, a Mostra conta com seminários, debates e encontros entre realizadores e espectadores, promovendo o intercâmbio direto de ideias e reflexões.

Também acontecerão oficinas e masterclasses, destinadas à formação de profissionais e iniciantes, enquanto o Fórum de Tiradentes e o Conexão Brasil CineMundi ampliam o alcance do cinema brasileiro ao conectá-lo com mercados internacionais. Para completar a experiência, a programação inclui atrações culturais e shows.

Abertura

A abertura, no dia 24, explorou o tema principal Que cinema é esse?, com uma performance audiovisual. A cerimônia, focada na ancestralidade, apresentou alguns paralelos com o escritor mineiro Guimarães-Rosa, estando entre eles a importância de fazer a travessia e a necessidade de vislumbrar o sertão – ou o cinema.

No clima da indicação de Ainda estou aqui ao Oscar, o público foi indagado sobre o cinema, instigado a refletir sobre quais filmes – nacionais ou internacionais – são consumidos e se cada um se enxerga nas telas dos conteúdos assistidos. Afinal, “cultura não é apenas o que a gente faz, cultura é o que a gente é”, como foi mencionado na noite inicial.

A ancestralidade foi fortemente exaltada. Em um discurso de protesto, a performance dirigida por Chico de Paula ressaltou que o futuro é ancestral, pois antes do “Brasil da Coroa”, existe o “Brasil do Cocar”. A temática do evento vem este ano para questionar e valorizar o cinema nacional, além de resgatar as raízes e incitar a representação de brasileiros de verdade nas telas.

A cerimônia contou ainda com a pré-estreia do filme Girassol Vermelho, dirigido por Eder Santos. A exibição de 97 curtas e 43 longas ocorre no Cine-Tenda, no Cine Petrobras e no Centro Cultural Yves Alves.

A cobertura foi feita por Danielly Faustino e Isabela Barbosa.

Fonte: VAN UFSJ 

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