Cereja de Resende (Portugal), este ano, foi castigada pela chuva

José Venâncio de Resende 0

O XV Festival da Cereja de Resende (norte de Portugal), nos dias 28 e 29 de maio, foi marcado pelas intermitências da chuva, parafraseando o escritor José Saramago. Ano bissexto e semana santa em março, dizem os locais, afetam a cereja de Resende, o maior produtor nacional da fruta, com média anual de 3 mil a 4 mil toneladas.

Ainda assim as vendas nos estandes do Largo da Feira, e mesmo nas ruas e estradas de acesso à cidade, foram um sucesso. No final do domingo, já não se encontrava cereja pra comprar; os produtores voltaram para suas quintas com os veículos vazios.

Foi o caso de Manuel da Silva, que tem uma quinta de cinco hectares em Massorra, cerca de quatro quilômetros da cidade, onde produz cereja e uva. Mas ele também foi vítima, este ano, do excesso de chuvas, que impediu a frutificação das frutas e reduziu sua colheita em cerca de 80%.

“A chuva é o nosso maior inimigo, na frutificação e na apanha”, resume Rogério da Silva, presidente da Associação de Produtores de Cereja de Resende (Ceresende). “E esse ano este inimigo veio com força.”

Segundo Rogério, essa maior perda ocorreu na parte ribeirinha. Mas, se for incluída a produção da parte serrana (a ser colhida entre junho e meados de julho), a perda média pode ficar em torno de 55 a 60% . A menos que as chuvas continuem no ritmo atual.

Resende tem uma vantagem que favorece os preços ao produtor: é o primeiro município a colocar cereja no mercado nacional (média de 15 dias antes das outras regiões).

 

Coleção Lageana. Na ocasião, este repórter entregou os livros “Retratos da Centenária Resende Costa” e "A política em municípios dos Campos das Vertentes", da Coleção Lageana, ao padre Joaquim Correia Duarte, maior especialista na família Resende.   

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