“Casa”. Palavra simples, talvez uma das mais pronunciadas ao longo de nossas vidas. Desde um simples barracão até a mais sofisticada mansão. Faz parte de nossa vida, pois sem ela não podemos viver. Tal como nós, nossas casas nascem, vivem, tornam-se adultas, cumprem sua missão e morrem. Mesmo quem mora em um alto apartamento diz: “Vou pra minha casa”. Por vezes, as casas embelezam a cidade, por outras, as enfeiam.
Vamos dar um passeio pelas casas de Resende Costa, tomando, por ora, a rua Gonçalves Pinto, uma das mais antigas e mais importantes da cidade. Vamos mostrar os atuais moradores e, se possível, nos lembrar de alguns antigos. Começamos pela primeira casa da rua, à esquerda de quem está entrando para o centro e depois voltaremos à primeira casa à direita. A avenida engloba a praça Doutor Costa Pinto.
Casas à esquerda - A primeira, onde moravam o Álvaro de Melo e a Zita, já não existe mais. Segue-se a casa do Adenor Coelho ● Sá Inacinha/Zé Ezequiel ● Os irmãos Ézio, Geraldo Reinaldo, Jesus Hilton e Pedro Hildeu (antes, do Antônio Damasceno) ● Herdeiros do Neném do Chico Augusto (antes, Ziquinha de Lourdes) ● Saturnino Chaves, depois Chico Avelino, depois familiares do sô Ananias: Lico e Dinho ● Herdeiros do Adenor Coelho (antes, Tonico Chalé) ● Elza do Nonô e Chichico (Bar) (terreno originário do Tonico Chalé) ● Imóvel da família do Barbosinha ● Beco do Barbosinha ● Imóvel da família do Jesus Barbeiro (antes, Nico de Souza e posteriormente Omar Teixeira) ● Imóvel da família do Boqueirão (idem, Nico de Souza e Omar Teixeira) ● Herdeiros do José Augusto de Melo, casa construída por João Lara, pai de Abel Lara; aí moraram Agripino Silva, o dr. Costa Pinto e foi, inclusive, pensão (atual: Lúcia do Zé Augusto) ● Agenorzinho Gomes (antes, de seu avô Agenor e de seu pai, Antônio Gomes) ● Herdeira do Hugo Resende (antes, família do Agenor Gomes).
Casas à direita: O carapina Alcides Maia/Zilá ● Roberto do Sanico e família (antes, Sérgio Procópio) ● Prédio da família do Adenor Coelho (antes, família do Zé Evaristo do Curralinho) ● Colório e herdeiros ● Zito Coelho (antes, Cadico) ● Geraldo Melo (do Zé Augusto (antes, João Tatá) ● Loja do Miguel Sapateiro e vizinha (antigo terreno do João Tatá) ● Bar do Miguel do Duque (antes, antiga Coletoria Estadual, propriedade do Nito do Saturnino) ● Imóvel do Boanerges / Bar da Maura (antes, José Procópio e Iraci) ● Imóvel do Quinca do Cici Delegado (antes, professora Nininha e Aurélio e sua padaria e depois, Antônio Resende) ● Prédio dos herdeiros do Vicente do Açougue (idem, dona Nininha e Aurélio e Antônio Resende) ● Casa da Sá Pumbica e João Fernandes (português), depois Nico Barbeiro (atual parte dos herdeiros do Vicente do Açougue e os irmãos acima citados) ● Herdeiros do Antônio Góes (antes, Rosa Belo) ● Esquina do antigo “Beco”, atual rua Pedro Alves ● Herdeiros do José Lara e Helena Lara (antes, donas Maroca e Aurora, filhas da Sá Custódia, cujo terreno chegava até as Lajes de baixo e os terrenos onde hoje estão a prefeitura e o Bairro das Flores) ● Roberto Coelho e Lilia Lara (antes, família do Alcides Lara) ● Herdeiros do Antônio Porcino (antes, propriedade do Chico da Costa).
Essas são as casas da avenida Gonçalves Pinto. Talvez seja a rua cujas casas foram mais sofridas. Veja-se a lista das casas que mantêm total ou parcial as características mais antigas: Adenor Coelho - Alcides Carapina - Sá Inacinha – Sérgio Procópio – Neném do Chico Augusto – Bar do Miguel do Duque – imóvel do Boanerges – Imóvel do Barbosinha – Imóvel do Boqueirão – Lúcia do José Augusto – Família do Zé Lara – Roberto e Lilia.
Infelizmente, os governantes da nossa cidade não souberam (ou não quiseram) preservar, através de leis (Código de Postura), a rua das mais antigas e, até hoje, a mais movimentada, “onde tudo acontece”... Já começam a aparecer os prédios de muitos andares. Daqui a algum tempo isso vai debandar. Esperamos que os poderes executivo e legislativo acordem (nos dois sentidos...) para criar um Código de Postura. Nos países mais desenvolvidos essas coisas não acontecem. No Brasil...