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Desordem e Atraso...

12 de Fevereiro de 2019, por Rosalvo Pinto

... assim deveria ser o lema da bandeira que portugueses e brasileiros inventaram desde quando aportaram nesta gigante, rica e belíssima terra... Basta olhar para todos os lados hoje. Melhor, basta ver o que acontece nestes momentos em que seres humanos mais pobres são engolidos pela ganância dos ricos, na pequena cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, sob o peso da barragem de água, barro e lama, a 15 metros de fundura. Tragédia que custou 121 mortos, 226 desaparecidos e 395 localizados (até o dia 3 de fevereiro...). Faz-nos lembrar, com tristeza, do incêndio na boate da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no dia 27 de Janeiro de 2013, quando morreram 242 pessoas e 680 feridos.

O Brasil sofreu mais um revés em avaliações internacionais com a divulgação, pela “Transparência Internacional” (movimento global que acompanha a evolução da corrupção mundial) do “Índice de Percepção da Corrupção (IPC)”, o principal indicador do mundo relativo a malfeitos perpetrados no setor público. “O país teve a pior colocação nos últimos sete anos, passando a ocupar a 105ª. Posição (35 pontos num total de 100) entre 180 nações avaliadas”. Que vergonha! Ficou no mesmo patamar de Costa do Marfim, Argélia, Armênia, El Salvador, Peru, Timor Leste e Zâmbia.

“Dizia-se que era preferível ser roubado por um pirata em alto-mar do que aportar no Brasil. A elite colonial que está hoje no poder, com mentalidade de estar numa terra em que se pode enriquecer sem qualquer escrúpulo”. (Adrian Romeiro – doutora em história pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora da Universidade Federal de Minas Gerais).

Bem, vamos, com o tempo, devagar, descobrindo o valor da “DESORDEM e do ATRASO”. Não sei quem, tenho lá as minhas dúvidas... A criação da bandeira nacional aconteceu em 19 de novembro de 1889, substituindo a bandeira do império do Brasil. O conceito foi criado por Raimundo Teixeira Mendes, com a ajuda de Miguel Lemos, Manoel Pereira Reis e Décio Villares. O lema é inspirado pelo positivismo de Auguste Comte. “O ­­­AMOR, por principio, e a ORDEM por base; o PROGRESSO por fim será. Outros símbolos compõem a estrutura da Bandeira Nacional”. Será que isso vai dar certo? Sei lá...

Vejam a MOEDA: a partir de 1695, herdado da Coroa Portuguesa, foi o Real. Passando pela Independência e chegando a 1942, quando foi substituído pelo Cruzeiro. Daí, foram o Cruzeiro Novo (1967); em 1970, voltou o Cruzeiro; em 1986, veio o Cruzado; em 1989, veio o Cruzado Novo; em 1990, Cruzeiro; 1993, Cruzeiro Real. Até que enfim, 1994... Ufa, Qual será o próximo?

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Para os interessados: informo duas excelentes obras sobre a Históriado Brasil, lançadas recentemente.

Uma Breve História do Brasil. Mary Del Priore &Renato Venancio.  São Paulo. Editora Planeta do Brasil, 2010.

Brasil: Uma Biografia. Lilia M. Schwarcz& Heloisa M. Starling. Companhia Das Letras. Brasil: uma biografia / Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa MurgelStarling- ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

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