A guerra contra o Covid-19, o novo vírus mortal que ataca a humanidade


Especiais

José Venâncio de Resende0

fotoItália: situação dramática.

Os brasileiros precisam preparar-se para o pior, principalmente se acontecer por aqui o que vem ocorrendo em outras partes do mundo como na Europa. Estamos em estado de guerra. Declaração de estado de emergência, fechamento de fronteiras entre estados e países, suspensão de voos, isolamento, quarentena, fechamento de escolas, empresas e comércio, entre outras medidas de exceção. Esta é uma das faces da moeda.

A face mais dramática pode ser vista nos números de milhares de mortos e nas imagens chocantes de cidades vazias, hospitais superlotados, funerais improvisados e profissionais da saúde desesperados.

Em meados de março, o vírus Covid-19 foi declarado pandemia (epidemia global) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos últimos 200 anos, algumas situações foram consideradas pandemias pela OMS, por haver “transmissões de humano a humano em múltiplos países de múltiplas regiões”. Foram os casos da Cólera, em 1817, a primeira “epidemia global”; da Varíola (1824-1840); da Peste Negra (1855); da Gripe Espanhola (1918-1919); Gripe Asiática (1957-1958); Gripe de Hong Kong (1968-1969); e a Aids (1982).

Números assustadores

Às 15h15 deste sábado, 21, havia no mundo 297.090 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) e 12.755 mortes decorrentes da infecção. Se consultarmos novavemente as estatísticas, é muito provável que os números já sejam diferentes, para mais.

Do total de infectados, 49,55% (147.211) concentravam-se na Europa e 9,05% (26.889) nas Américas, com o agravante de que estão em expansão acelerada. Os restantes 122.990 foram confirmados na China, mas segundo as informações oficiais o quadro está estabilizado.

Em relação ao número de mortes, 57,01% (7.272) ocorreram na Europa. As Américas responderam por 2,54% (324) do total (267 apenas nos Estados Unidos). Na China, o número de mortos (3.234) está estabilizado, sempre de acordo com as informações do governo.

Entre os países europeus, o caso mais dramático é o da Itália com 53.578 infectados e 4.825 mortes, mas os números continuam a subir. A Espanha passou para o segundo lugar entre os casos confirmados (25.374), seguida de Alemanha (21.828) e França (12.485). Entre as mortes, a Espanha aparece com 1.375 e França, com 450. Já Portugal estava com 1.280 casos e 12 mortos.

Nas Américas, os Estados Unidos computaram 22.177 casos confirmados, ocupando a quarta posição mundial depois de China, Itália e Espanha. Em termos de mortes, os EUA, com 324 mortes, estão bem à frente dos demais países do continente. O Brasil somava 1.021 infectados e 15 mortos.

Quando o leitor consultar as estatísticas, provavelmente estes números já serão outros. Mas o importante é perceber que, enquanto houve uma estabilização na China tanto em casos quanto em mortes, na Europa, nas Américas e em outras partes do mundo o coronavírus continua se espalhando. A questão é saber em que velocidade isto ocorrerá daqui pra frente.

Os governos e os países estão envolvidos numa guerra contra o coronavírus, que vai exigir todas as armas disponíveis: firmeza na tomada de decisões, transparência nas informações, apoio aos mais vulneráveis, determinação na busca de objetivos, criatividade na busca de alternativas, mutirão de cientistas em busca de medicamentos e da vacina, união acima de ideologias e preferências políticas... A primeira condição para vencê-la é reconhecer a força do inimigo. Não se trata de alarmismo, mas de informar para melhor se tomar consciência do problema.

LINK RELACIONADO

As estatísticas:
https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html?fbclid=IwAR19s_XJ_pY8akbUJ8qHtjloOJl4x7lfyNaVtw0EVJrMsuOdV3W4hmp8n4w#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6

 

 

 

Deixe um comentário

Faça o login e deixe seu comentário